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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Entenda os critérios de classificação funcional nas Paralimpíadas londrinas.


Saiba como é feita a avaliação dos atletas e os significados das nomenclaturas


Nas Paralimpíadas, cada esporte tem um próprio sistema de classificação funcional do atleta, realizado através de três avaliações. Primeiro é feito um exame físico para verificar exatamente de qual patologia o competidor sofre. Depois, na avaliação funcional, são realizados testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição de membros e coordenação motora. A última etapa é o exame técnico, que consiste na demonstração da prova em si, com o atleta usando as adaptações necessárias. São observadas a realização do movimento, a técnica utilizada, assim como as próteses e órteses.
Atletas que praticam mais de um esporte recebem uma classificação para cada atividade, e os avaliadores podem rever o parecer dado durante as competições. As siglas oficializadas pelo Comitê Paralímpico Internacional fazem sempre referência ao nome da modalidade ou da deficiência em inglês, e os números indicam o grau de comprometimento de acordo com a lesão.
ATLETISMO
Terezinha Guilhermina atleta paraolímpica  (Foto: Fernando Maia / Fotocom.net)Terezinha Guilhermina compete na T11 nos 100m e
200m (Foto: Fernando Maia / Fotocom.net)
A letra “F” (de field, em inglês) é utilizada para provas de campo, como arremesso, lançamentos e saltos. A letra “T” (de track, em inglês) é utilizada para corridas de velocidade e fundo. Entenda a numeração.
· 11 a 13: deficientes visuais
· 20: deficientes mentais
· 31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes)
· 40: anões
· 41 a 46: amputados e outros
· 51 a 58: competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação)

BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS
Os atletas recebem uma classificação funcional que varia de 1 a 4,5 pontos, de acordo com o comprometimento motor: quanto menor o comprometimento do atleta, maior a pontuação. Durante o jogo, a soma total dos cinco jogadores não pode ultrapassar os 14 pontos.
BOCHA
· BC1: atletas com paralisia cerebral que conseguem arremessar a bola. Podem ter auxílio para estabilizar a cadeira e receber a bola.
· BC2: atletas com paralisia cerebral com mais facilidade para arremessar a bola do que os da classe BC1. Não há assistência.
· BC3: atletas com paralisia cerebral que não conseguem arremessar sozinhos e utilizam uma rampa para isso.
· BC4: atletas com outras deficiências severas com dificuldade para arremessar.

CICLISMO DE ESTRADA E PISTA
Denise Schindlet, Alemanha, Ciclismo, Paralimpíadas (Foto: Agência Reuters)Denise Schindlet, da Alemanha, compete com ajuda
de prótese no ciclismo (Foto: Agência Reuters)
Quanto menor o número, maior a limitação do competidor.
· B: atletas com deficiência visual que competem no tandem (bicicleta com dois assentos) com um ciclista sem deficiência no banco da frente.
· H1–H4: atletas paraplégicos que utilizam a handbike (bicicleta especial em que o impulso é dado com as mãos).
·T1–T2: atletas com deficiência que tenham o equilíbrio afetado e precisem competir usando um triciclo.
· C1–C5: atletas com deficiência que afeta pernas, braços e/ou tronco, mas que competem usando uma bicicleta padrão.
ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS
São elegíveis atletas com deficiência física que afeta o movimento de pelo menos uma perna ou pé. Há duas classes nas Paralimpíadas.

· Categoria A: atletas com bom controle do tronco, em que o braço que porta a arma não é afetado pela deficiência.
· Categoria B: atletas com deficiência que afeta o controle do tronco ou do braço que porta a arma.
Foto Futebol de Cinco para home (Foto: Divulgação / CPB)Apenas cegos totais são elegíveis nos Jogos
Paralímpicos (Foto: Divulgação / CPB)
FUTEBOL DE CINCO
Nas Paralimpíadas são elegíveis apenas os cegos totais (B1). Se encaixam neste quesito atletas sem qualquer percepção luminosa ou com alguma percepção luminosa, mas incapazes de reconhecer formas a qualquer distância ou em qualquer direção.
FUTEBOL DE SETE
Cada time tem sete titulares, distribuídos em classes de 5 a 8. Durante a partida, o time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos).
· C5: atletas cuja deficiência causa a maior desvantagem na locomoção no campo (geralmente jogam como goleiros).
· C6: atletas cuja deficiência tem impacto no controle e coordenação dos braços, especialmente durante a corrida.
· C7: atletas cuja deficiência afeta um braço e uma perna do mesmo lado do corpo.
· C8: atletas cuja deficiência causa danos menores, como contrações musculares involuntárias.

GOALBALL

Todos os atletas usam vendas para que haja igualdade de condições.

· B1 – cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou em qualquer direção.
· B2 – atletas com percepção de vultos.
· B3 – atletas que conseguem definir imagens.
Diego Romario na partida de goalball do Brasil nas paralimpíadas (Foto: EFE)Seleção brasileira masculina de goalball: atletas usam vendas para que haja igualdade (Foto: EFE)


HALTEROFILISMO
A classificação para a modalidade é feita unicamente através do peso. Portanto, atletas com diferentes deficiências competem juntos pela mesma medalha. São elegíveis atletas com deficiências que afetem o movimento das pernas e quadris, assim como anões.
HIPISMO
Quanto menor o número, maior o comprometimento físico do atleta.
· Classe I (dividida em Ia e Ib): competem predominantemente cadeirantes com pouco equilíbrio do tronco e/ou debilitação de funções em todos os quatro membros ou nenhum equilíbrio do tronco e bom funcionamento dos membros superiores.
· Classe II: cadeirantes, pessoas com severa debilitação envolvendo o tronco ou com severa debilitação unilateral.
· Classe III: atletas capazes de caminhar sem suporte, com moderada debilitação unilateral, além de atletas que com total perda de visão em ambos olhos.
· Classe IV: debilitação de um ou mais membros ou algum grau de deficiência visual.

JUDÔ
paralimpíadas judô Karla Ferreira e  Xiaoli Huang (Foto: Getty Images)Brasileira Karla Ferreira em luta contra Xiaoli Huang
nas Paralimpíadas (Foto: Getty Images)
Competem apenas deficientes visuais. Cegos totais têm um círculo vermelho costurado na manga do quimono. Atletas que também são surdos têm um círculo azul costurado nas costas do quimono.

· B1 – cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou direção.
· B2 – atletas com percepção de vultos.
· B3 – atletas que conseguem definir imagens.

NATAÇÃO
A letra “S” antes da classe representa provas de estilo livre, costas e borboleta. As letras “SB” refere-se ao nado peito, enquanto “SM” indica eventos medley individuais. Como o nado peito exige maior impulsão com a perna, é comum que o atleta esteja em uma classe diferente neste estilo em relação aos outros. O mesmo acontecer com as provas medley. Quanto menor o número, maior a deficiência.
· 1–10: atletas com deficiências físicas.
· 11–13: atletas com deficiências visuais. Os da classe 11 tem pouca ou nenhuma visão.
· 14: atletas com deficiências intelectuais
Daniel Dias natação paralimpíadas (Foto: AP)Daniel Dias compete na classe S5 na maioria das provas. No peito, nada na classe SB4 (Foto: AP)

REMO
· AS: atletas que podem usar apenas braços e ombros para impulsionar o barco, que tenham paralisia cerebral, prejuízo neurológico e/ou perda de função motora.
· TA: atletas que podem usar braços, ombros e tronco para impulsionar o barco. Podem ter amputações nos membros inferiores que impossibilitem a utilização do acento deslizante, paralisia cerebral ou prejuízo neurológico. Nesta categoria, o barco deve ser misto, com um homem e uma mulher formando o time.
· LTA: atletas com alguma deficiência para remar, mas que possam utilizar pernas, tronco e braços para impulsionar o barco. São elegíveis atletas com cegueira (10% de visão) utilizando venda, amputação, paralisia cerebral, prejuízo neurológico ou intelectual. O barco deve ser composto por quatro tripulantes, com no máximo dois deficientes visuais.

RÚGBI EM CADEIRA DE RODAS
Todos os atletas são tetraplégicos. Cada um recebe uma pontuação de acordo com sua habilidade funcional, de 0.5 a 3.5, aumentando 0.5 a cada classe. Quanto maior o número, menor o comprometimento pela deficiência. Os quatro titulares não podem somar juntos mais do que oito pontos. A cada mulher em quadra, o limite de pontuação é ampliado em 0.5 pontos.

TÊNIS DE MESA
paralimpíadas tênis de mesa Natalia Partyka (Foto: Reuters)Natalia Partyka compete na TT10 (Foto: Reuters)
Há 11 classes no tênis de mesa. Quanto maior o número, menor o comprometimento físico-motor.

· TT1, TT2, TT3, TT4 e TT5 – atletas cadeirantes
· TT6, TT7, TT8, TT9, TT10 – atletas andantes
· TT11 - atletas andantes com deficiência intelectual

 
TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS
· Classe aberta: atletas com deficiência para se locomover (medula ou amputação), mas sem comprometimento de braços e mãos.
· Classe “quad”: atletas com deficiências que afetem, além das pernas, o movimento dos braços, dificultando o domínio da raquete e da movimentação da cadeira de rodas. Nesta classe, homens e mulheres podem competir juntos.
TIRO
· SH1: atletas que conseguem suportar o peso da arma. Podem usar rifle ou pistola.
· SH2: atletas que necessitam de suporte para apoiar a arma. Podem usar apenas o rifle.
TIRO COM ARCO
· ST: arqueiros sem deficiência nos braços, com algum grau de comprometimento da força muscular, coordenação ou mobilidade das pernas. Podem competir de pé ou sentados em cadeira normal.
· W1: atletas que possuem tetraplegia, com deficiência nos braços e pernas e alcance limitado dos movimentos. Competem em cadeira de rodas.
· W2: arqueiros com paraplegia e mobilidade articular limitada nos membros inferiores. Competem em cadeira de rodas.
tiro com arco chuva Paralimpíadas (Foto: Getty Images)Atletas competem nas cadeiras de roda debaixo de chuva (Foto: Getty Images)
VELA
· Barco da classe Sonar - três pessoas: atletas recebem pontos de 1 a 7 de acordo com o impacto da deficiência nas funções no barco. Quanto menor o número, maior o impacto na habilidade de condução. O total dos três atletas não pode ultrapassar os 14 pontos.
· Barco da classe SKUD-18 - duas pessoas: para dois tripulantes paraplégicos, sendo obrigatoriamente um tripulante feminino. Os dois devem ter diferentes graus de deficiência.
· Barco da classe 2.4mR – uma pessoa: velejadores com deficiência mínima, equivalente a sete pontos da classe Sonar.
VÔLEI SENTADO
Podem participar amputados, atletas com paralisia cerebral, lesão na coluna vertebral e alguma deficiência locomotora. Entre estes, há divisão apenas entre atletas deficientes (D) e minimamente deficientes (MD), que são, em geral ex-jogadores do vôlei convencional que sofreram lesões sérias nos joelhos e/ou tornozelos. Cada equipe pode contar com no máximo um atleta MD em quadra por vez.
 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Vila Paralímpica abre as portas e atletas brasileiros chegam a Londres.



Símbolo paraolímpico já pode ser visto na Tower Bridge
Foto: Getty Images
Paralimpíadas
Delegações de 165 países ingressaram na Vila Paralímpica na quinta-feira (23). Até a cerimônia de abertura, no dia 29, as instalações no bairro de Stratford, que também serviram aos Jogos Olímpicos, receberão 4.280 atletas, 4.725 atletas-guia e membros de comissões técnicas. Os competidores disputarão medalhas em 20 esportes até o dia 7 de setembro.

O Brasil terá 182 atletas (115 homens e 67 mulheres) na briga por medalhas em 18 modalidades, além de 136 profissionais - entre técnicos, atletas-guia e membros da delegação. Mais de 250 integrantes da equipe brasileira estavam desde o dia 14 em Manchester, no noroeste da Inglaterra, para a aclimatação.

Os atletas chegaram antes ao país para se habituar ao fuso horário e ao clima britânico. Os representantes do Hipismo estavam treinando na França e foram diretamente para Londres. Os competidores da Vela e Tiro Esportivo, que estavam no Brasil, embarcaram rumo à capital britânica na última terça-feira, 21.

Clodoaldo Silva, maior medalhista paralímpico do Brasil, estava entre os brasileiros que saíram de Manchester nesta quarta-feira, 22, em direção à Vila Paralímpica. O nadador competirá nas provas de 50m, 100m e 200m livre e 50m borboleta, na categoria S5. Além disso, participará do revezamento da tocha paralímpica ao lado da velocista Ádria Santos.

"Não competirei sozinho, levarei comigo os mais de 25 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Quero levantar a bandeira dessas pessoas e chamar atenção do mundo para o potencial delas, além de servir de exemplo para as pessoas, com ou sem deficiências, para que vejam que tudo é possível com determinação", disse Clodoaldo, vencedor de seis medalhas de ouro em Atenas 2004.

Apesar de já terem sido projetadas para servir também aos Jogos Paralímpicos, as acomodações da Vila Paralímpica e as instalações dos locais de competição dos Jogos Olímpicos passaram por alguns ajustes. Segundo o Comitê Organizador (Locog), dois novos locais foram adicionados: a arena Eton Manor, que será palco para o Tênis em Cadeira de Rodas, e o circuito Brands Hatch, onde serão disputadas as provas de Ciclismo.

Fonte: CPB

Acesso Acompanhantes de pessoas com deficiência passam a ter os mesmo direitos.


Acesso
Espaços culturais terão que assegurar o acesso e a acomodação de acompanhantes de pessoas com necessidades especiais a partir de dezembro. A medida se estende a lugares como teatros e cinemas.

A lei foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal na quinta-feira (23/8) depois de ser sancionada pelo governador em exercício, Tadeu Filippelli, e passa a valer em 90 dias. Ela também garante que, havendo preço promocional de entrada para pessoa com deficiência, o acompanhante pode usar esse benefício.

Os lugares reservados para o deficiente físico e o acompanhante precisam garantir uma boa visão do palco. A lei é considerada um avanço. "Ela assegura os direitos do cidadão, mas ainda não é a resolução dos problemas", diz o subsecretário de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, César Pessoa de Melo.

A secretaria de Justiça planeja construir um espaço cultural completamente acessível para pessoas portadoras de necessidades especiais. "Temos um projeto que abriga técnicas de linguagem como libras, audiodescrição, legendas em tempo real, além dos recursos físicos", antecipa o subsecretário.

Os estabelecimentos que não cumprirem a norma estarão sujeitos a notificação, em primeira autuação, multa de R$ 3 mil caso a irregularidade não seja resolvida em até 15 dias, e interdição do local depois de 30 dias. As denúncias podem ser feitas junto aos órgãos de fiscalização, como Procon, Ministério Público, Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Agência de Fiscalização (Agefis).

Estatística
No censo realizado em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que mais de 45 milhões de brasileiros declaram ter algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população. No Distrito Federal, esse número é de 500 mil pessoas, ou seja, 22% dos brasilienses são portadores de deficiência.

Fonte: Correio Braziliense

SAÚDE



Interatividade
No dia 28 de agosto (terça-feira), às 19 horas, a reunião on-line do Programa Infantil Phonak traz "Dicas para facilitar o uso do aparelho auditivo e do implante coclear pela criança com perda auditiva". O mais novo canal de comunicação do Programa tem o intuito de reunir pais de crianças com perda auditiva, professores e profissionais desta área da saúde. Para participar, os interessados devem acessar o site www.programainfantilphonak.com.br e preencher um formulário simples com informações para acesso.
O bom desenvolvimento da fala e da linguagem é fundamental para o futuro de uma criança e a audição é muito importante para que ela desenvolva todo o seu potencial. O caminho do sucesso para uma boa audição começa com a seleção adequada dos aparelhos auditivos. Entretanto, mesmo aparelhos auditivos adaptados e programados precisamente para as necessidades de uma criança podem não garantir de imediato as respostas esperadas. Dependendo do ambiente, muitos fatores podem interferir e as dúvidas acabam sendo frequentes.

Durante a reunião, os participantes poderão debater sobre estas questões, tirar dúvidas com uma fonoaudióloga, além de trocar experiências com outras pessoas que estejam envolvidas em situação parecida. Promovidas quinzenalmente, as reuniões on-line abordam temas diversos em torno da saúde auditiva, como a rotina de uso dos aparelhos auditivos, implantes cocleares e sistemas de FM da criança, além dos cuidados a serem dispensados tanto com os pequenos quanto com os dispositivos.

Materiais para download
Na página eletrônica do Programa Infantil Phonak ainda estão disponíveis inúmeros materiais institucionais para download, que podem servir de orientação para facilitar ainda mais as discussões durante os encontros. "Todos aqueles envolvidos diretamente com crianças que possuem perda auditiva estão convidados a participar destes encontros", diz a fonoaudióloga Talita Donini, responsável pelo projeto. "Este trabalho é mais uma maneira de alertar a população de que a saúde auditiva merece uma atenção maior", conclui ela.

De acordo com o Censo 2010, divulgado recentemente pelo IBGE, existem no Brasil atualmente 79.042 crianças de 0 a 4 anos com alguma perda auditiva. Entre 5 a 9 anos, o número sobe para 233.395. As estatísticas sobem ainda mais na faixa dos 10 aos 14: 303.764. Se incluirmos os jovens de 15 a 17 anos, que representam 175.199, o total de bebês, além de crianças e jovens em idade escolar que possuem algum comprometimento na audição chega a 791.400.

Phonak
A Phonak é líder no Brasil e no mundo em inovação na área da audição. Desenvolve soluções de ponta para a perda auditiva, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de usuários de aparelho auditivo. Com empenho, a Phonak busca superar as limitações tecnológicas para auxiliar as pessoas a ouvir, entender e aproveitar melhor os sons da vida. Possui filiais em 18 países e representantes em mais de 90. A Phonak possui o maior portfólio de produtos e serviços do mundo e é a única a usar a tecnologia da Produção Digital na América Latina para fabricação de aparelhos.
www.phonakbrasil.com.br

Fonte: ADS Comunicação Corporativa

Previdência Social Governo prepara plano para reduzir aposentadorias por invalidez.


Previdência Social
O governo quer reduzir o número de aposentadorias por invalidez pagas pela Previdência Social e prepara um programa para reabilitar trabalhadores do setor privado. Com o pagamento desses benefícios, a Previdência gasta R$ 60 bilhões por ano, atualmente pagos a 3,2 milhões de pessoas. A meta é economizar R$ 25 bilhões com trabalhadores reabilitados.

As estatísticas do Ministério da Previdência mostram que atualmente 18,7% dos benefícios concedidos são referentes a aposentadorias por invalidez. Na avaliação do governo, o limite aceitável para esses casos seria de 10%. "A aposentadoria por invalidez está entre os maiores ralos da Previdência", disse à Folha o ministro da pasta, Garibaldi Alves. Um grupo interministerial trabalha na mudança do modelo de reabilitação.

REABILITAÇÃO
O objetivo é criar métodos mais modernos de reavaliação física e profissional dos trabalhadores com base em novas tecnologias. A expectativa é que isso possa ser feito sem alterações na legislação previdenciária.

O Brasil já foi considerado um país de referência internacional na recuperação de trabalhadores e chegou a exportar para a Espanha, na década de 1970, o modelo de reabilitação. Agora, há o diagnóstico de que é preciso mudar totalmente o programa, que não tem conseguido recuperar os trabalhadores para voltar ao mercado.

De acordo com o Ministério da Previdência, a atual estrutura brasileira faz com que o trabalhador, ao tentar voltar às atividades profissionais, seja recusado pela empresa em que trabalhava. Isso ocorre mesmo quando o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) atesta que o segurado está pronto para retomar o trabalho.

O plano que está sendo desenhado envolve, além da Previdência, os ministérios da Saúde, do Trabalho e do Planejamento. Técnicos envolvidos na reformulação adiantam que as mudanças podem ser estendidas ao funcionalismo público, que também apresenta elevada taxa de aposentadorias por invalidez.

Para auxiliar no planejamento do novo programa, o governo brasileiro já assinou um acordo com uma instituição alemã especializada no tema.

COMO FUNCIONA 
A aposentadoria por invalidez é um benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados incapacitados após perícia médica da Previdência. O aposentado por invalidez fica proibido de exercer qualquer outra atividade. Do contrário, perde o benefício.

Ele ainda é obrigado a renovar a avaliação médica a cada dois anos. Para ter direito, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por um prazo mínimo de um ano em caso de doença. Na hipótese de invalidez por acidente, não há carência.

Fonte: Folha

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

CONHECIMENTO BÁSICO SOBRE EQUOTERAPIA


Filme que narra as aventuras de três jovens com Down ganha o Kikito em Gramado.



Trio de atores com síndrome de Down se emocionou
Foto: Edison Vara/Pressphoto
Cinema
Estrelado por um trio de atores com síndrome de Down, "Colegas", de Marcelo Galvão, faturou o Kikito de melhor filme da 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado. A cerimônia de premiação foi realizada na noite deste sábado (18) no Palácio dos Festivais.

De maneira leve, divertida e sem autopiedade, o road movie de Marcelo Galvão é uma aula de inclusão social. A jornada dos personagens Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pokk) e Márcio (Breno Viola) arrancaram muitos risos da plateia na serra gaúcha. De longe, o filme foi o mais aplaudido durante e depois da sessão no Palácios dos Festivais.

"Queria agradecer a essa equipe e a Rita, Ariel e Breno. A nossa projeção aqui foi maravilhosa. O filme foi aplaudido várias vezes em cena e de pé ao final. Isso para nós foi o maior prêmio", discursou Galvão após receber o Kikito das mãos do cineasta Arnaldo Jabor.

Além de melhor filme, "Colegas" levou para casa os prêmios de direção de arte e especial do júri, para os atores Ariel, Rita e Breno. No palco, os três choraram e fizeram um discurso emocionado: "Nós somos Down perante a sociedade, mas perante Deus somos normais", disse Ariel. Exatamente como faz no filme, Breno arrancou gargalhadas da plateia: Ganhar esse periquito (Kikito) aqui é muito gratificante", brincou.

Favorito dos defensores de um cinema mais autoral, "O Som ao Redor" ficou com os prêmios da crítica, do júri popular, de desenho de som e de direção, para o pernambucano Kleber Mendonça Filho. "Jorge Mautner - O Filho do Holocausto" ficou com os prêmios de roteiro - para Pedro Bial - fotografia e montagem.

Na premiação de melhor ator e atriz, nenhuma surpresa. Marat Descartes, que interpreta um ator aspirante ao sucesso em "Super Nada", era imbatível. O Kikito de melhor atriz também era certo que sairia do trio de "O que se Move", Andrea Marquee, Cida Moreira ou Fernanda Vianna. Ficou com esta última.
Na mostra competitiva de filmes estrangeiros, o uruguaio "Artigas, la Redota", de Cesar Charlone, levou o prêmio de melhor filme. O longa-metragem do diretor uruguaio radicado no Brasil, cuja trama retrata o herói nacional do país, faturou também os prêmios de melhor direção, melhor ator, do júri popular e da crítica.

A categoria curta-metragem premiou o baiano "Menino do Cinco", de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira, ganhador de cinco Kikitos, incluindo o de melhor filme. O gaúcho "Casa Afogada" também saiu de Gramado com quatro prêmios, entre eles o de melhor diretor, para Gilson Vargas.

Todos os premiados
Longas-metragens brasileiros
Melhor filme: "Colegas", de Marcelo Galvão
Melhor diretor: Kleber Mendonça Filho, por "O Som ao Redor"
Melhor ator: Marat Descartes ("Super Nada")
Melhor atriz: Fernanda Vianna ("O Que se Move")
Melhor roteiro: Pedro Bial ("Jorge Mautner - O Filho do Holocausto")
Melhor fotografia: Gustavo Hadba ("Jorge Mautner - O Filho do Holocausto")
Melhor montagem: Leyda Napoles ("Jorge Mautner - O Filho do Holocausto")
Melhor direção de arte: Zenor Ribas ("Colegas")
Melhor trilha musical: André Abujamra ("Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!")
Melhor desenho de som: Pablo Lamar e Kleber Mendonça Filho ("O Som ao Redor")
Prêmio do júri popular: "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho
Prêmio da crítica: "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho
Prêmio especial do júri: Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk ("Colegas")

Longas-metragens latino-americanos
Melhor filme: "Artigas, la Redota"(Uruguai), de Cesar Charlone
Melhor diretor: Cesar Charlone, por "Artigas, la Redota"(Uruguai)
Melhor ator: Jorge Esmoris, por "Artigas, la Redota"(Uruguai)
Melhor roteiro: Eduardo del Llano Rodríguez, por "Vinci"(Cuba)
Melhor fotografia: Boris Peters e Larry Peters, por "Leontina" (Chile)
Prêmio do júri popular: "Artigas, la Redota" (Uruguai), de Cesar Charlone
Prêmio da crítica: "Artigas, la Redota" (Uruguai), de Cesar Charlone
Menção honrosa: Daniel Fernández e Mariana Pereira, pela direção de arte de "Artigas, la Redota"(Uruguai)
Menção honrosa: Luciano Supervielle, pela trilha de "Artigas, la Redota"(Uruguai)
Menção honrosa: Osvaldo Montes, pela trilha de "Vinci"(Cuba)

Curtas-metragens nacionais
Melhor filme: "Menino do Cinco", de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
Melhor diretor: Gilson Vargas ("Casa Afogada")
Melhor ator: Thomas Vinícius de Oliveira e Emanuel de Sena ("Menino do Cinco")
Melhor atriz: Sabrina Greve ("O Duplo")
Melhor roteiro: Marcelo Matos de Oliveira ("Menino do Cinco")
Melhor fotografia: Bruno Polidoro ("Casa Afogada")
Melhor montagem: Gustavo Forte Leitão ("Di Melo - O Imorrível")
Melhor direção de arte: Iara Noemi e Gilka Vargas ("Casa Afogada")
Melhor trilha musical: Marcos Azambuja ("Funeral à Cigana")
Melhor desenho de som: Gabriela Bervian ("Casa Afogada")
Prêmio do júri popular: "Menino do Cinco", de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira Prêmio especial do júri: "A Mão que Afaga", de Gabriela Amaral Almeida
Prêmio da crítica: "Menino do Cinco", de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira.

Fonte: G1 RS/Márcio Luiz

Stock Car Pilotos com deficiência lançam equipe para disputar MINI CHALLENGE




Foto: Divulgação
Stock Car
Três pilotos paraplégicos anunciam, no próximo dia 25 de agosto, a primeira equipe de deficientes da categoria Mini Challenge, a categoria mais charmosa do automobilismo brasileiro, que faz parte do circo dos Grandes Prêmios da Stock Car.

A equipe IGT Mini Challenge vai participar das provas oficiais até o final do ano, começando pelo GP de Cascavel, dia 16 de setembro. Os pilotos paraplégicos Paulo Polido, Tales Lombardi e Thiago Cenjor foram homologados pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e vão disputar as provas de Cascavel, Tarumã, Curitiba e Brasília.

A apresentação da nova equipe da categoria Mini Challenge será dia 25 de agosto, no Kartódromo Internacional Granja Viana, durante um torneio de kart Adaptado, que reunirá 20 pilotos. Serão cinco pilotos deficientes, sendo a primeira vez que um portador de Síndrome de Down irá correr uma prova de kart adaptado Os outros convidados irão sentir as dificuldades de adaptação e compreender a superação das pessoas com algum tipo de deficiência.

Após as provas e a premiação, os pilotos paraplégicos Paulo Polido, Tales Lombardi e Thiago Cenjor vão mostrar o carro Mini Cooper (BMW) da competição da categoria Mini Challenge 2012 e comentar sobre a estratégia para as provas até final do ano.

Sobre os pilotos:
- Paulo Polido, 32 anos, paraplégico após acidente em corrida de moto, foi o primeiro piloto deficiente a participar das 500 milhas de Kart da Granja Viana, depois de ter feito o Rally dos Sertões, em 2006. É fundador da VIQUI e idealizador do Kart Adaptado.

- Tales Lombardi, 33 anos, paraplégico depois de acidente com o helicóptero que pilotava. Participa de corridas com kart adaptado desde 2008.

- Thiago Cenjor, 31 anos, paraplégico em consequência de um assalto. Campeão brasileiro de Paracanoagem em 2011 e pilota kart adaptado desde 2008.

Fonte: Racig Terra

Ciência Novo diagnóstico que detecta a síndrome de Down é lançado na Europa



Ciência
Exame de sangue para detecção de trissomia do cromossomo 21 durante a gravidez é polêmico. Defensores dizem que teste Praena protege contra intervenção arriscada na gestação. Críticos o acusam de ferir dignidade humana.

Após ampla discussão e muitas críticas, o exame de sangue para detecção da síndrome de Down no feto foi posto no mercado nesta segunda-feira (20/08), de acordo com o fabricante LifeCodexx. O teste Praena está disponível em mais de 70 consultórios e clínicas médicas na Alemanha, Áustria, Liechtenstein e Suíça e custa 1.249 euros.

O teste pode ser feito a partir da décima segunda semana de gravidez, em mulheres cujos fetos possuam grande probabilidade de apresentar o distúrbio genético da trissomia do cromossomo 21, também conhecido como síndrome de Down.

Fonte: DW Brasil

Conexão Eficiente A AACD e a Secretaria de Estado criam portal para pessoas com deficiência



Conexão Eficiente
A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD)e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência apresentaram o portal Conexão Eficiente durante o último dia do 4º Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, que ocorreu em 17/08 no palácio de convenções do Anhembi. A palestra foi realizada pelo superintendente de marketing e captação de recursos da instituição, Angelo Franzão.

"Sentimo-nos muito honrados com essa parceria, que vai ao encontro dos princípios da AACD voltados à inclusão das pessoas com deficiência na sociedade por meio da habilitação e reabilitação com responsabilidade social, respeito ao ser humano e suas diferenças, ética, qualidade, eficácia, competência e transparência", disse Angelo Franzão.

O Conexão Eficiente trata-se de uma plataforma online inclusiva, cuja missão é consolidar um espaço agregador, participativo e colaborativo, focado em processos de integração massiva de todo o ecossistema de uma pessoa com deficiência. O objetivo é elevar o patamar de compreensão e a atitude da sociedade em relação a este público, a partir da informação e da disseminação dos conceitos de mobilização e igualdade social.

Para a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, "as tecnologias da informação e comunicação, tendo como destaque a internet, representam, hoje, ferramenta fundamental para a inclusão plena da pessoa com deficiência na sociedade", resume.

No portal, que pode ser acesso pelo endereço:http://conexaoeficiente.com.br os usuários encontrarão homepages exclusivas para cada tipo de deficiência (visual, auditiva, motora e da fala) com conteúdos e serviços personalizados para facilitar a navegação, uma característica do nível 3 de acessibilidade, que contempla ainda o uso de fontes bem definidas e a aplicação de fortes contrastes de cores.

A intenção é transformar a plataforma em um ponto de encontro entre as pessoas com deficiência e suas famílias, engajando todas as partes interessadas em prol de um propósito comum: promover a melhoria da qualidade de vida para as pessoas com deficiência. Banco de currículos e ofertas de vagas de trabalho com treinamento específico concedido pela AACD para absorver esse tipo de mão de obra, por exemplo, serão algumas das ferramentas disponíveis nessa rede de conexões.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Filme protagonizado por atores com SD é aplaudido de pé em Gramado



Cena de
Foto: Divulgação
Cinema
O filme "Colegas", de Marcelo Galvão, foi o que recebeu, até agora, a recepção mais calorosa do público do Festival de Gramado. Exibido nesta segunda-feira (14), o road movie sobre três jovens com síndrome de Down é, segundo o diretor, direcionado à família e ao público infanto-juvenil, mas foi aplaudido de pé no final da exibição por uma plateia composta por uma maioria de adultos. Narrado por Lima Duarte, o filme retrata a aventura de Stalone, Aninha e Márcio que fogem do instituto onde vivem para realizar seus sonhos: ver o mar, casar e voar, respectivamente.

Em conversa com o UOL, horas antes da exibição do longa, Galvão contou que foi criado com um tio que tem síndrome de Down, mas a ideia é que a condição fosse parte e não o foco da história. "Passei minha infância com uma pessoa fantástica. Uma criança no corpo de um adulto. Não queria fazer um filme sobre o Down, mas um filme para cima, como eu via meu tio". Inspirados por "Thelma & Louise", os protagonistas fazem loucuras como roubar um carro e assaltar um posto de gasolina, mas, para eles, tudo não passa de uma brincadeira.

O filme de Ridley Scott não é o único citado no quinto filme de Galvão. "Colegas" faz citações a diversos filmes, umas bem óbvias, como "Cidade de Deus" e "MIB - Homens de Preto", e outras mais subliminares, como "Blade Runner".

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (14), o diretor disse que testou mais de 300 atores com síndrome de Down até chegar nos três principais, Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk. Após serem escolhidos, os atores ensaiaram por quatro anos até que estivessem prontos para os personagens. "Quando eu estava triste, a Aninha também estava e quando eu ficava feliz, ela também", contou Rita, emocionada, sobre a preparação para sua personagem.

Ariel e Rita, que são casados fora das telas e vieram a Gramado para ajudar da divulgação do filme, estão confiantes em relação à aceitação do público e crítica em relação ao filme. "Quando ganhar o Kikito, vou dedica-lo à minha mãe, que me ajudou a decorar as falas", disse Pokk. "Vai fazer muito sucesso", acredita Ariel. Ariel também confia que o filme possa receber uns cinco Oscars e ainda fez questão de citar sua frase preferida do filme que faz referência ao clássico "Pulp Fiction": "Everybody be cool, this is a robbery!" (Fiquem calmos, isto é um assalto).

A atriz Juliana Didone mostrou entrosamento com os protagonistas e disse que não pensou duas vezes em aceitar participar do filme. Ela vive uma jornalista sensacionalista que acompanha a fuga do trio. "Toparia fazer uma árvore. Foi uma experiência que vou levar para sempre", afirmou. "Colegas", que ainda tem Daniele Valente e Leonardo Miggiorin no elenco, tem previsão de estreia para novembro deste ano.

Audiodescrição
A exibição de "Colegas" também trouxe uma novidade a esta edição de Gramado. Os organizadores do evento ofereceram o recurso da audiodescrição, que beneficia deficientes visuais, pessoas com síndrome de Down, problemas neurológicos ou dificuldades de memorização. "Saneamento Básico", em 2007, já havia usado o recurso em Gramado. Com a iniciativa, uma fila de 25 deficientes visuais se formou no Palácio dos Festivais, na noite desta segunda (13), para acompanhar a exibição.

Fonte: UOL 

Em São Paulo Thays Martinez e o cão-guia Diesel autografam obra na 22ª Bienal do Livro



Em São Paulo
O Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS) está organizando duas sessões de autógrafos especiais na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo com a participação da advogada e escritora Thays Martinez e do cão-guia Diesel. A primeira acontece na sexta-feira (17/8), das 10 horas às 12 horas; a segunda, no domingo (19/8), das 14 horas às 17 horas, no estande da organização não governamental, localizado na Rua O, número 47. A dupla vai autografar o livro "Minha vida com Boris - A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil", lançado pela Globo Livros. Deficiente visual desde os quatro anos, Thays fará dedicatórias; Diesel, por sua vez, deixará sua marca na obra por meio de um carimbo produzido a partir de um molde da pata do cão-guia.

As sessões de autógrafos e fotos com o cão-guia Diesel integram a programação de celebração dos 10 anos do IRIS e parte da renda arrecadada com a venda dos livros será revertida ao programa de doação de cães-guia a deficientes visuais brasileiros, desenvolvido em parceria com a norte-americana Leader Dogs for the Blind. Hoje, o Brasil possui 1,2 milhão de pessoas com deficiência visual e pouco mais que 70 cães-guia. A fila de espera por um cão-guia no IRIS é de mais de 3 mil pessoas.

O Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS), entidade sem fins lucrativos, foi fundado em 2002, em São Paulo (SP), com a missão de desenvolver atividades que acelerem o processo de inclusão social das pessoas com deficiência visual. A prioridade institucional é a difusão do cão-guia como grande facilitador do processo de inclusão. O Instituto é um dos poucos no Brasil com um instrutor reconhecido pela International Guide Dog Federation (Inglaterra), especialmente qualificado pela Royal New Zealand Foundation for the Blind - Guide Dog Services (Nova Zelândia) entre 1996 e 1999. www.iris.org.br /www.caoguia.wordpress.com

Minha vida com Boris
O relato de um triunfo da cidadania é a essência do livro e audiolivro "Minha vida com Boris - A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil", publicado pela Globo Livros e Editora Nossa Cultura, respectivamente. Thays e Boris se tornaram protagonistas de uma disputa que durou seis anos com o Metrô. A luta da dupla em defesa dos direitos das pessoas com deficiência visual inspirou leis e originou uma bela história de amizade e parceria, ricamente descrita no livro. Nos 10 anos em que estiveram juntos, a advogada Thays Martinez e o cão-guia Boris não só converteram a convivência cotidiana em amizade como foram protagonistas de um capítulo importante da defesa da cidadania e inclusão social no Brasil. Após a aposentadoria, Boris foi substituído por Diesel.

Ficha técnica
Título: Minha vida com Boris - A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil
Autora: Thays Martinez
Gênero: Biografia, memória e inspiração
Páginas: 142
Formato: 20,5 x 13,5 cm
ISBN: 978-85-250-4837-0
Preço: R$ 24, 90
INFORMAÇÕES
Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Data: de 9 a 19 de agosto de 2012
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1.209 - Santana) . www.bienaldolivrosp.com.br
Valor do ingresso: R$ 12 (inteiro) e R$ 6 (meia entrada); entrada gratuita para professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos no sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos e crianças com até 12 anos.

Fonte: Printec Comunicação

Saúde Células-tronco obtidas pelo Butantan já são testadas em humanos


Saúde
Células-tronco embrionárias obtidas a partir de uma técnica desenvolvida por pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, já estão sendo aplicadas em seres humanos. Os primeiros resultados dos testes, visando à reconstrução do tecido que reveste a córnea, deverão ser anunciados no segundo semestre de 2013.

"Fora do país, há alguns estudos avançados. Porém, eles não chegaram à quantidade de células que a gente consegue obter. O grande achado do nosso trabalho é conseguir quantidades de células suficientes para aplicação em humanos", destaca o pesquisador do Instituto Butantan Nelson Lizier.

O estudo feito pelos pesquisadores do Laboratório de Genética do instituto levou à criação de uma técnica que permite obter grandes quantidades de células-tronco - capazes de gerar qualquer tecido do corpo humano - a partir do dente de leite. "Essa nova tecnologia que nós conseguimos desenvolver permite que, de uma única polpa [de um dente de leite], a gente consiga tratar muitos pacientes, em torno de 100 por dia", destaca Lizier.

Os últimos testes feitos em animais mostraram que as células não levam a nenhum efeito colateral quando comparadas a biofármacos e a outras drogas. "As cirurgias já estão acontecendo. A gente já fez em dois pacientes, dentro do Instituto da Visão da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo], responsável por essa parte cirúrgica", ressalta o pesquisador. Os resultados só poderão ser divulgados após o encerramento dos testes.

Um grupo de pacientes com lesões na córnea está recebendo as células-tronco como parte do experimento. Além da córnea, os pesquisadores já têm pesquisas sobre a aplicação das células-tronco embrionárias em outras áreas. "A gente já tem estudos aqui dentro do grupo de pesquisa para a utilização dessas células para regeneração de retina, para arteriosclerose, doenças cardíacas, regeneração óssea, de cartilagem, e implantes dentários."

Os estudos sobre células-tronco obtidas a partir de dentes de leite começaram a ser feitos no Butantan em 2004. Com essa técnica, os embriões não são mais necessários para a criação das células-tronco. Assim, é possível produzir do próprio organismo do paciente uma célula igual à embrionária.

Fonte: Agência Brasil

Celulares Planos para pessoas com deficiência poderão ter tarifa de SMS reduzida


Celulares
A Câmara analisa o Projeto de Lei 3554/12, do ex-senador Flávio Arns, que obriga as empresas de telefonia celular a criarem planos com tarifas reduzidas para mensagens de texto, também chamadas de torpedos, para pessoas com deficiência auditiva ou da fala. A proposta, que altera a Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/97), vale tanto para plano pré-pago quanto para pós-pago.

Segundo o autor da proposta, muitas pessoas com deficiência puderam passar a se comunicar melhor usando mensagens de celulares. Mas, a ausência de tarifas mais baratas dificulta a vida de pessoas mais pobres com deficiência.

Uma resolução da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de 2007 já prevê a obrigatoriedade desses planos reduzidos, mas a norma não foi aplicada. "As pessoas com deficiência, que já conquistaram tal direito, não o veem concretizado em virtude da despreocupação das empresas responsáveis pela execução do serviço", disse.

Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridade e com análise conclusiva pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-3554/2012

Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Governo lança programa que insere pessoas com deficiência no mercado de trabalho


Foto: Divulgação/Federação Brasileira de Bancos
BPC
Pessoas com deficiência, que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e têm entre 16 e 45 anos, poderão participar do Programa BPC Trabalho, cujo objetivo é oferecer acesso ao trabalho, programas de aprendizagem e qualificação profissional.

O programa, que foi lançado na última sexta-feira (3) intermediará a oferta e demanda da mão de obra dos profissionais com deficiência, levando em conta suas habilidades e interesses, e incentivando os trabalhadores autônomos, empreendedores e cooperativas por meio do acesso ao microcrédito.

Os cursos de qualificação serão oferecidos pela rede federal de educação profissional e pelas entidades nacionais de aprendizagem, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Programa BPC Trabalho
O Programa BPC Trabalho será executado pela União, em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), da Educação (MEC), do Trabalho e Emprego (MTE), e com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). O programa integra o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, que visa promover a inclusão social e a autonomia da pessoa com deficiência. Os recursos serão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem).

Segundo a portaria, os municípios e o Distrito Federal serão os responsáveis por executar o programa e deverão buscar e orientar beneficiários potencialmente interessados em participar, designar servidores, fazer o registro de encaminhamentos no âmbito do programa e garantir o acesso às pessoas com deficiência a serviços e benefícios.

As principais ações do Programa BPC Trabalho são identificar os beneficiários do BPC com deficiência, realizar o diagnóstico social e a avaliação em relação ao interesse e possibilidade de participação no programa, fazer o acompanhamento dos beneficiários com deficiência e de suas famílias, com a finalidade de garantir oferta de serviços e serviços socioassistenciais, e encaminhá-los para o acesso às demais políticas públicas.

Benefício de Prestação Continuada
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) faz parte da Política de Assistência Social, que integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e assegura a transferência mensal de um salário mínimo (R$ 622) aos idosos, a partir dos 65 anos, e às pessoas com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem impedir sua participação plena e efetiva na sociedade.

O benefício é individual, não vitalício e intransferível e, para acessá-lo, não é necessário ter contribuído com a Previdência Social. Nos dois casos, deve ser comprovada - mediante avaliação do serviço social e de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a incapacidade de garantir o próprio sustento. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a um quarto de salário mínimo, ou seja, cerca de R$ 155.

Viver sem Limite
Em novembro de 2011, o governo federal lançou o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, em cumprimento às prerrogativas da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, e foi ratificada pelo País com status de emenda constitucional. Atualmente, segundo dados do Censo do IBGE de 2010, existem 45,6 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência.

A proposta do plano é inserir a Convenção na vida das pessoas, por meio da articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade. A previsão é de um investimento de R$ 7,6 bilhões até 2014.

Fonte: Portal Brasil

Estimulação Aplicativos para Tablets auxiliam pessoas com síndrome de Down


Estimulação
Duas fonoaudiólogas da APAE de São Paulo, produziram um artigo para relatar suas experiências positivas com o uso de tablets como ferramenta de estimulação para pessoas com síndrome de Down. Adriana Fernandes de Souza Aquino e Priscila Gama Martins reuniram no texto informações e dicas de aplicativos para Ipad, Tablet da Apple, que estimulam o desenvolvimento cognitivo, a fala e a linguagem, a percepção auditiva e visual, a concentração, a memória e outras capacidades. Reproduzimos abaixo o artigo e disponibilizamos os links para o acesso a cada aplicativo, alguns gratuitos.

O uso do Tablet a serviço da comunicação da criança com Síndrome de Down

Relato de Experiência
Sabemos que a comunicação da pessoa com Síndrome de Down, merece especial atenção, pois é uma das áreas que geralmente está mais comprometida. As alterações de fala e linguagem são reconhecidas como sendo da clínica fonoaudiológica, tornando-se assim, um desafio para a Fonoaudiologia a busca de estratégias e de novas abordagens que estimulem, facilitem e/ou ampliem a comunicação de nossos pacientes, contribuindo em sua inclusão social e melhorando sua qualidade de vida.

Estamos na era de grandes avanços tecnológicos, sendo fundamental utilizarmos dessas ferramentas em prol da saúde da comunicação humana. É notório que a evolução dos dispositivos móveis, como o Tablet (dispositivo eletrônico pessoal em forma de prancheta), com seus vários recursos proporcionados pela tecnologia Andróid (plataforma completa ou novo sistema operacional para dispositivos móveis) e do iPad da Apple, tem promovido uma interatividade mais empolgante e atraente, devido a inúmeros fatores, como por exemplo: a exploração dos diversos canais sensoriais como o visual, auditivo, tátil além de sua praticidade e o fácil manuseio.

Em nossa experiência no Núcleo Norte do Serviço de Estimulação e Habilitação da APAE de São Paulo (Fonoaudiólogas Priscila Gama e Adriana Aquino), iniciamos o uso do Tablet de uma maneira tímida, como estratégia em terapia para estimular linguagem com aplicativos de músicas infantis, como por exemplo: "A Galinha Pintadinha".

Gradativamente fomos ampliando o uso do Tablet, e identificando diversos aplicativos com conteúdos significativos que possibilitam o trabalho com as funções básicas da linguagem, o aprendizado de diversos conceitos, a estimulação da vocalização, e o interesse pela comunicação.

Durante a utilização do Tablet verificamos que a resposta foi surpreendente, mesmo com pacientes bem pequenos (menores de 03 anos). Um dos aspectos observados foi em relação à atenção e sua manutenção, pois é sabido que as crianças com deficiência intelectual dispersam-se com facilidade, dificultando assim, o processo de memorização e de aprendizagem. Com os pacientes maiores de 3 anos que já estão inseridos em escolas e na fase de Pré-Alfabetização a utilização foi de extrema importância, pelo despertar da percepção, da concentração, aquisição de conceitos básicos (cores,animais,frutas, formas), nomeação, categorização e pelo início do aprendizado das letras do alfabeto, enfim, funções que fazem parte do desenvolvimento cognitivo. Observamos também o interesse despertado pela comunicação através da interação com os conteúdos dos aplicativos, como pela intenção comunicativa em relação ao interlocutor, no caso, nós terapeutas. Verificamos um inicio de vocalizações, em pacientes que não apresentavam nenhuma oralidade, bem como o aumento em outras que já haviam iniciado a emissão oral.

Não podemos deixar de citar o envolvimento e participação da família neste processo, possibilitando uma relação mais próxima e afetiva, lembrando que o afeto é uma questão importante no processo de ensino aprendizagem, pois aprender também é formar laços com quem ensina. O uso de reforçadores também ajudou, uma vez que a motivação para aprender está nas reações e comportamentos das pessoas ao redor, neste caso as reações da família e do terapeuta frente à observação do progresso, encorajando e estimulando o entusiasmo de nossos pacientes.

Abaixo segue a relação dos aplicativos do iPad da Apple mais usados por nós na reabilitação com os pacientes com Síndrome de Down, no Núcleo norte do Serviço de Estimulação e Habilitação da APAE de São Paulo. Vale ressaltar que todos estimulam o desenvolvimento cognitivo, nos quais estão implícitos a aquisição da fala e linguagem, a percepção auditiva e visual, atenção, concentração, categorização, memória, discriminação auditiva, formação de conceitos básicos, planejamento, pensamento, criatividade, além de promover uma experiência lúdica diferente e inovadora.

Fonte: Movimento Down

Videogame Xbox Avape utiliza terapia com games para reabilitação de pessoas com deficiência


Videogame Xbox
Aliar lazer aos procedimentos terapêuticos pode ser uma maneira de obter bons resultados no tratamento de pessoas com deficiência intelectual. Foi a partir desta premissa que a Avape - Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência desenvolveu uma atividade envolvendo games para compor a terapia dos usuários atendidos no Centro de Convivência da Avape no Riacho Grande, unidade localizada em São Bernardo do Campo.

"Assim como outros elementos lúdicos, o videogame oferece um resultado muito mais efetivo na reabilitação, pois enquanto se diverte, o usuário não impõe nenhum tipo de resistência para aquela habilidade que está sendo trabalhada", explica Simone Senna, gerente da unidade avapeana citada.

As atividades com games são realizadas com um aparelho XBox e acontecem uma vez por semana e também em eventos especiais. Seus benefícios estão ligados não somente na interação do grupo como também na atividade física. Os jogos proporcionam lazer, trabalho em grupo, estimulam todas as funções cognitivas, tais como: noção espaço temporal, coordenação motora global, a atenção e concentração, memória, percepção visual e auditiva, além de favorecer a competição e auxiliar na internalização de normas e regras.

"O XBox possui jogos que permitem que o participante interaja através de movimentos feitos com o próprio corpo e, pelo que conhecemos, já vem sendo testado com sucesso em processos de reabilitação e socialização voltados a pessoas com deficiência intelectual", completa Simone.

A atividade com o videogame na Avape está sendo utilizada por meio do incentivo da Microsoft, fabricante do XBox. Em dezembro de 2011, a Microsoft realizou uma campanha beneficente no Twitter, a partir da qual a Avape foi beneficiada com um kit de produtos, entre os quais mouse, teclado, webcam, Office, Windows e Xbox/Kinect.

Fonte: Trama Comunicação 

Invenção Luva-robô capaz de interpretar Libras é apresentada na CP Recife



Professora Vancleide e Pedro Jorge com a luva
Foto: Luna Markman/G1
Invenção
Os campuseiros conheceram na tarde deste domingo (29/07), na Campus Party Recife, um protótipo de robô capaz de interpretar a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), auxiliando pessoas com necessidades especiais, como autistas e gente com paralisia cerebral. A tecnologia foi desenvolvida por alunos e ex-alunos do Colégio Apoio, do Recife.

O robô foi concebido para participar da First Lego League, em 2011, no Estados Unidos, cujo tema era o uso da tecnologia para melhorar o corpo. "Nossa escola é inclusiva. Temos alunos com paralisia cerebral e focamos no nosso contexto escolar, pensando em ajudar quem está ao nosso redor, para assim alcançar quem está fora também", explicou a professora Vancleide Jordão, que orienta os estudantes. O projeto foi vencedor na categoria Profissionalismo Mundial.

O grupo percebeu o potencial científico do projeto e começou a trabalhar no seu desenvolvimento. O equipamento participou da Mostra Nacional de Robótica e da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia. Dois alunos ganharam bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) para financiar os estudos em cima da luva tradutora.

Já são dois anos e meio desenvolvendo o robô, que usa a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), ou seja, substitui a fala para compensar a dificuldade de expressão oral. É simples: a criança e uma equipe formada por fonoaudiólogos, psicólogos e parentes definem gestos para cada letra. A luva tem sensores que acompanham os movimentos dos dedos, enviando os dados para o Arduíno, que é um controlador open source de robótica.

O Arduíno compara os sinais que chegam com os dados pré-programados pela equipe. A letra aparece em um monitor LCD, transmitindo a mensagem do usuário. Assim, um tal movimento pode significar que a pessoa está com fome, feliz, triste... Para montar a luva, os estudantes usaram as plataformas Arduíno e Lego Mindstorms NXT.

"A luva resolve o problema das várias linguagens voltadas para pessoas com necessidades especiais, que também estão em constante mudança. Agora estamos trabalhando para dar mais leveza ao protótipo, tirar os fios", falou o bolsista Pedro Jorge Silva. O jovem lembrou, ainda, que o robô, além de traduzir, também pode controlar por meio da tecnologia assistiva. A luva pode, por exemplo, controlar uma cadeira de rodas, usando a mesma lógica dos sensores.

Fonte: G1 Pernambuco

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Estudante cria vestido de noiva inclusivo para ser usado por cadeirantes



Drika mostra a boneca na cadeira de rodas que usa para criar o vestido inclusivo
Foto: Juliana Lobato/Agência BOM DIA
Moda inclusiva
Ao ver se aproximar a data em que teria de escolher um tema para seu projeto de final de curso, a estudante de design Drielli Valério de Oliveira, a Drika, 24, chegou a perder noites de sono de tanto pensar. Ela gostaria de desenvolver um projeto sobre moda, mas não queria nada banal ou sem utilidade social.

Numa dessas noites insones, veio a ideia. A estudante resolveu criar um vestido de noiva inclusivo. Um modelo que possa ser usado por mulheres de todos os tipos, inclusive as acima do peso ou com deficiência física. A jovem não é do tipo de estudante que entrega o trabalho de conclusão de curso apenas para conseguir nota e ser aprovada. Com jeito de empreendedora, quer fazer uma apresentação brilhante e prepara surpresas para a defesa, que será em agosto.

Drika foi à luta e estudou noções de ergonometria. Também se dedicou a entender o que é acessibilidade. Na Sorri, entidade que trabalha na inclusão de deficientes, fez um sorteio entre três cadeirantes e ganhou uma parceira, Roberta Rieni Ramos de Jesus, sua modelo para o vestido de noiva. O figurino não vai ficar apenas no papel. Com uma lista de lojas especializadas na mão, a estudante foi atrás de patrocínio e conseguiu, no primeiro lugar em que entrou, a Lauviah Noivas e Festas. Depois de pronto e apresentado, a intenção é que o vestido fique à disposição para aluguel.

Além de apresentar o vestido inclusivo na faculdade em que estuda, no Iesb (Instituto de Ensino Superior de Bauru), Drika participa do 4º Concurso Moda Inclusiva, promovido pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. Por causa das regras do concurso, não pode revelar detalhes do modelo.

Ateliê
Drika sempre gostou de moda e desenha desde criança. No quarto dos pais, uma mesa cheia de papéis e lápis coloridos é seu local de trabalho. Futuramente, ela quer construir um ateliê no quintal da casa, no Mary Dota. Na infância, a estudante gostava de ficar ao lado da tia costureira. E também criava modelos para suas bonecas.

Agora, prestes a virar profissional, comprou uma boneca vestida de noiva para fazer testes. Precisava de uma cadeira de rodas de brinquedo, não conseguiu e não teve dúvidas: criou uma com material improvisado, como pires e espetinhos de churrasco.

De uma vizinha, emprestou uma cadeira de rodas de verdade para aprimorar o estudo. Num único projeto, Drika trabalha para apresentar algo diferente e ao mesmo tempo útil para um segmento social. Tudo o que queria alcançar nas noites sem dormir.

Inclusão abrange vários segmentos
Para a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, atender as necessidades desse público não se restringe a construir rampa ou garantir uma prótese. As medidas não devem ser isoladas

Direito a ter opção é um dos objetivos
Pessoas com deficiência devem ter o direito de fazer opções de onde e quando ir aos lugares e também na hora de escolher o que vestir.

Modelo conta que é difícil encontrar roupas
Ninguém melhor para relatar as dificuldades para se vestir do que Roberta Rieni Ramos de Jesus, 23, que atua como modelo de Drika para a confecção do vestido de noiva inclusivo. Segundo ela, além da dificuldade de acesso às lojas ainda não adaptadas para receber deficientes físicos, é complicado encontrar roupas adequadas.

Calça jeans, por exemplo, é quase impossível. A localização de botões e zíper é outra dificuldade encontrada. Roberta está animada com a decisão da estudante de se dedicar à moda inclusiva. "Não sei como ninguém pensou nisso antes", diz.

Separada e mãe de dois filhos, de nove e três anos, Roberta afirma que um de seus sonhos era usar um vestido de noiva. Mesmo sem entrar na igreja, o projeto de Drika de certa forma realiza esse desejo. Ela teve um tumor na medula que a deixou paraplégica e faz tratamento para recuperar os movimentos.

Depois de apresentar o trabalho de conclusão de curso e participar do concurso, a estudante planeja desenvolver sua vida profissional como estilista de moda inclusiva. No Facebook, ela criou o grupo Projeto Vestido de Noiva Inclusivo e usa a internet para conversar com pessoas com deficiência que ajudam na criação do vestido e de outras peças. Uma das perguntas postadas, por exemplo, é sobre as dificuldades encontradas na hora de se vestir e o que pode ser feito para minimizar essa situação.

Fonte: Diário de São Paulo