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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cão ajuda no desenvolvimento de bebê com Down



Fábio de Oliveira*
Do UOL, em São Paulo
Pedro, de um ano e três meses que tem síndrome de down, com o golden retriever. Foto: Ricardo Lima/UOL
Pedro, de um ano e três meses que tem síndrome de down, com o golden retriever. Foto: Ricardo Lima/UOL
Ter um animal de estimação traz um lista infindável de benefícios. É o que garante Hannelore Fuchs, veterinária e psicóloga de São Paulo, especializada em comportamento animal. “Tudo começa pelo lado fisiológico”, descreve ela. “O toque, a percepção da pele do animal, faz nosso organismo liberar endorfinas, as substâncias por trás da sensação de bem-estar”. O olhar também entra nesse somatório.
De acordo com um estudo realizado pela American Heart Association, criar um animal reduz fatores de risco para doenças cardíacas, como a pressão alta, colesterol ruim elevado, estresse, obesidade e ajudam, ainda, na recuperação de pacientes infartados.
Um estudo coordenado pela especialista no Itaci (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil), em São Paulo, mostrou que a visita dos bichos suspendia provisoriamente a dor nas crianças doentes.
Por falar em crianças, a garotada que é criada ao lado desses companheiros tem mais facilidade de se tornar responsável. Sem contar que o animal é uma presença constante que preenche carências psicossociais, afastando a solidão do idoso, divorciado, solteirão ou dos pais que veem as crias saírem de casa. E ainda não critica o dono.
“Ele assume o papel de filho, amigo, de quem quer que seja do sistema familiar. Isso é atribuído de acordo com sua necessidade”, explica Hannelore Fuchs. Não é de estranhar ver alguém se referir como o papai ou a mamãe de um cão ou gato.
Há, também, os animais que são usados como intermediários para pessoas com problemas específicos, como os cães que auxiliam pessoas com deficiência visual ou física. “É algo de valor inestimável, pois tira a dependência desse indivíduo em relação a outro ser humano”, diz Hannelore. “Faz com que ele se sinta mais inteiro e no controle da situação”.
É claro que existem histórias de sucesso e fracasso quando o assunto é animal de estimação. A compraou adoção de um gato ou cachorro não é necessariamente sinônimo de que tudo vai melhorar no dia a dia. “Daí um dos motivos para o alto índice de abandono”, aponta Mauro Lantzman, que é veterinário e especialista em comportamento animal em São Paulo. Muitos adquirem um animal por impulso. Por isso, alguns fatores devem ser avaliados antes de decidir ter um bicho.
“Existem algumas etapas”, relata Lantzman, que também é professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Primeiro, deve-se optar pelo animal mais adequado: no seu caso, é melhor ter um cachorro ou um gato? Qual é a melhor raça?
Até dentro da ninhada, dá para ver como o animal responde aos estímulos e se comporta em relação aos outros cães ou pessoas no dia a dia: tem tendência a ser dominante, hiperativo, dócil ou medroso –e o medroso, muita vezes, se revela bastante bravo.
Outras questões que o especialista faz: é para uma casa ou um apartamento? Como é a rotina da família? Já teve um cachorro ou não? Se for um animal de maior porte, é preciso checar se o futuro dono vai ter disponibilidade para passear com ele.
Hannelore Fuchs diz que um cão grande e sossegado como um Golden Retriever pode ser bacana para uma criança, mas com ele vem o ônus de ter mais cuidados, por se tratar de um animal maior e peludo. “Na hora de escolher, pensamos mais na gente, mas também é preciso levar em conta o bem-estar do animal”, afirma Lantzman. Portanto, ao pensar em ter um bicho, lembre-se que ele viverá muitos anos e que a vida e a saúde dele dependerão de você.
*Com colaboração de Andrezza Czech

Pai acompanha filha cadeirante desde o 1º dia de aula em faculdade



Naliny é cadeirante há cinco anos e cursa jornalismo na Ufac. ‘Um pai, um amigo, um enviado de Deus’, diz estudante.
Bezerra espera filha sair da aula para levá-la para casa.(Foto: Eduardo Duarte)
Bezerra espera filha sair da aula para levá-la para casa.(Foto: Eduardo Duarte)
Olhar cansado, uma fala mansa e uma postura que passa tranquilidade. José Alcione Bezerra, mais conhecido como ‘Seu Bezerra’, é figura de destaque no curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Acre (Ufac). Há quatro anos, ele acompanha sua filha, Naliny Arantes, na vida acadêmica. É comum passar pelos corredores do curso e vê-lo sentado sempre envolvido em uma boa conversa, seja com alunos ou com os funcionários da faculdade.
Desde criança, Naliny diz que se sentia muito mal. “Minha mãe contava que eu chorava muito, me levaram ao médico, mas nunca conseguiram diagnosticar o que eu tinha”. Aos 17 anos, o problema se agravou e ela teve uma forte crise de vômitos que durou 7 dias. Após o ocorrido, a estudante foi encaminhada para Brasília e lá diagnosticaram refluxo. Receitaram alguns remédios que não faziam o efeito esperado e, somente em Manaus, Naliny conseguiu o tratamento adequado para o problema.
Porém, a demora no tratamento e as constantes naúseas que a impediam de se alimentar acabaram fazendo com que ela fosse perdendo as forças nos membros inferiores, causando um problema chamado atrofia espinhal 3 e aos 20 anos, Naliny parou de andar. “Parei de andar por causa dos quatro anos internada. Eu ficava deitada tomando remédio e sem comer nada, eu sentia muitas náuseas por conta do refluxo. Cheguei a ter uma parada cardiorespiratória, me colocaram às pressas em um avião para Manaus e lá me passaram uma medicação e nunca mais senti nada”, lembra.
Bezerra faz questão de acompanhar todos os passos da filha.(Foto: Arquivo pessoal)
Bezerra faz questão de acompanhar todos os
passos da filha.(Foto: Arquivo pessoal)
Com a mobilidade reduzida, Naliny conta que entrou em depressão e buscou maneiras de se manter motivada. “Pensei que fosse morrer de desgosto. Procurei apoio em aulas de pintura e depois que melhorei, juntei meu material do ensino médio e comecei a estudar sozinha no meu quarto. Meu pai comprou um bom notebook e estudei pela internet em um curso pré-vestibular online à distância”, conta emocionada.
Bezerra trabalhou por 26 anos no Exército em Rio Branco e ele faz questão de lembrar o suporte que o Exército deu para o tratamento de sua filha. “O Exército sempre deu apoio nas viagens que tivemos que fazer com ela por conta da doença”. Aposentado em 2011, ele ressalta que somente com o apoio do Exército conseguiu as viagens para o tratamento de Naliny.
O recomeço e o apoio do pai
“Meu pai foi o maior presente que Deus me deu”. Assim Naliny começa falando sobre o seu recomeço. “Quando vi meu nome na lista de aprovados da Ufac, chorei, liguei para o meu pai e ele também se emocionou”. Naquele dia, tanto a estudante, quanto o pai começavam a escrever uma nova história.
Bezerra passou a acompanhar a filha desde o primeiro dia de aula. Ele a leva e fica esperando a aula terminar, sempre sentado próximo à sala de aula. “Ela tem vontade de ser alguém na vida, de ser uma profissional. Para mim, a deficiência não é barreira para que ela cresça na vida e seja feliz”, explica.
Os primeiros períodos na universidade não foram fáceis, por necessidade, Bezerra levava Naliny de moto. “Eu tinha muito medo, porque sei que não é o certo. Porém, não era escolha, era necessidade mesmo. Hoje, conquistamos nosso carro, mas foram coisas que adquirimos aos poucos”, lembra.
Naliny termina a faculdade no fim deste ano, o diploma não cria expectativas somente na estudante, mas também em seu pai. Ao falar sobre o dia que sua filha terminará o curso, ele conserva um riso discreto e um ar de satisfação e orgulho. “Vai ser uma grande alegria para mim, para ela e para as pessoas que, por alguma dificuldade, pensam em desistir do que querem. A gente tem que encarar a dificuldade como um problema que pode ser resolvido “, diz.
Bezerra da apoio à filha durante as aulas na Ufac. (Foto: Nathacha Albuquerque)
Bezerra da apoio à filha durante as aulas na Ufac. (Foto: Nathacha Albuquerque)
Sobre a responsabilidade de pai, ele é enfático ao afirmar que tanto o pai como a mãe devem se responsabilizar por seus filhos. “Os pais têm que dar apoio aos seus filhos. Se Deus colocou ela na minha vida, eu tenho que cuidar dela e nunca fugir ou me deixar abater por qualquer problema que seja”, diz.
Bezerra ressalta que tudo que Naliny conquistou até agora é mérito da própria estudante. Sobre o preconceito em relação às pessoas com deficiência física, ele garante que é um pensamento arcaico. “Ela estuda e trabalha. Se chegou até aqui é porque tem capacidade, como qualquer pessoa e ela vai se tornar uma ótima profissional. Deus está do nosso lado e nunca vai nos abandonar”.
Para ele, sua recompensa é ver a filha feliz e realizada. “Eu agradeço a Deus por ter colocado ela naminha vida, é uma pessoal especial pra mim. Vou estar sempre ao lado dela, orando e pedindo a Deus e, assim, sei que tudo vai dar certo e ela vai ser feliz”, finaliza.
Para Maria das Graças, mulher de Bezerra, a postura do marido é um verdadeiro exemplo de luta, amor e dedicação. “Ela nunca deixou de fazer nada, ele sempre está com ela. Nunca ouvi ele reclamando de cansaço ou doença. Sempre ao lado dela”, diz.
Sobre as dificuldades da família, Maria das Graças é otimista e também deixa transparecer um sentimento de dever cumprido. “Não tem vitória sem luta. Nossa recompensa é vê-la conquistando o que sempre quis, estudando e sendo uma boa profissional. Tudo é mérito dela, nós oferecemos o apoio e o suporte e ela conquistou tudo que possui pelo seu próprio esforço”.
Naliny se forma em jornalismo no fim deste ano (Foto: Arquivo pessoal)
Naliny se forma em jornalismo no fim deste ano (Foto: Arquivo pessoal)
Naliny se emociona ao falar do pai e o define como um companheiro que está ao seu lado em todos os momentos. “Um pai, um amigo, um enviado de Deus para cuidar de mim nesse mundo tão cheio de preconceito e pessoas egoístas. Ele nem imagina o quanto é importante pra mim”, comenta sobre o seu pai.
Fama
Enquanto dá entrevista no corredor da faculdade, é comum os alunos passarem e cumprimentarem Bezerra. Ele se tornou uma figura constante e famosa no curso. Sobre o reconhecimento, ele brinca. “Já me acostumei, acho muito bom. Como dizem, quem não é visto, não é lembrado”.
Os alunos definem a garra de Bezerra. Para Bruno Rocha, estudante de jornalismo, ele “é um exemplo não somente de pai, mas de cidadão, pois sua força de vontade em apoiar a filha é notável. Durante quatro anos acompanhando a rotina da Naliny, é inspirador e motivou muitos a não desistirem de seguir o curso”, garante.
“Poucos têm a oportunidade de acompanhar tão de perto os filhos como ele acompanha a Naliny. Para ela, ter ele por perto influencia positivamente a vida dela, tanto pessoal como profissionalmente”, comenta Stael Maia, estudante do curso de jornalismo.
Para Taiane Lima, ele é um super pai que abdicou da sua vida para acompanhar de perto sua filha. “Ele é um exemplo de amor e superação”, diz.
A dedicação de Bezerra já inspira outros alunos que querem se espelhar em seu exemplo. Joabes Guedes, prestes a ser pai, declara: “Acho que ser pai não é somente colocar no mundo. É estar presente participar da vida do filho mesmo que isso signifique abrir mão de sossego, tempo, dinheiro. Desde que o conheci vejo a dedicação dele pela filha. Acompanha todos os passos dela. É o espelho do pai que eu quero ser um dia”.
Já para Hellen Diane ele lembra amor. “É um amor tão grande que não precisa nem ser dito, só de olhar para ele percebe-se o quanto ele a ama. Um exemplo de pai e de pessoa. Um ser humano exemplar”, disse.
O estudante e jornalista Wesley Moraes resume a admiração por pai e filha. “Admiro a força de vontade da filha e a determinação do pai em estar presente ali todos os dias. Se depender dele, ela não falta jamais. Ele é o típico paizão coruja e exemplo para muitos estudantes do curso”, finaliza.
Fonte: Tácita Muniz, G1

Tetraplégica aguarda há mais de dois anos por cadeira de rodas no Acre

MP instaurou procedimento preparatório para investigar o caso. Maria Silene ficou tetraplégica após um acidente de carro em 2004.
Maria Silene ficou paraplégica após um acidente de carro em 2004 (Foto: Tácita Muniz/G1)
Maria Silene ficou paraplégica após um acidente de carro em 2004 (Foto: Tácita Muniz/G1)
Maria Silene Ferreira Menezes, de 28 anos, tem tetraplegia espástica há nove anos e tenta ganhar o direito de receber os medicamentos e uma cadeira de rodas da Secretaria Estadual de Saúde do Acre. A cadeirante afirma que deu entrada no processo em 2011 e até agora nada foi solucionado. O Ministério Público do Acre (MP-AC) publicou no Diário Oficial da última sexta-feira (13) que um procedimento preparatório foi instaurado para investigar o caso.
A cadeirante conta que procurou o MP há cerca de dois meses. A decisão foi tomada após várias tentativas de receber uma cadeira de rodas nova. “Minha cadeira está quebrada, já quebrou três vezes e eu consegui ajeitar. Em 2011, fui na secretaria de Saúde, lá me enviaram para Fundação do Bem Estar Social (Fumbesa-AC). Dei entrada no pedido, fui na secretaria novamente e me pediram para pegar os papéis da Fumbesa e levar para lá. Fiquei aguardando, liguei, fui lá e nada foi feito. Depois das tentativas resolvi procurar o MP”, disse.
Ela também luta para ganhar os medicamentos que precisa tomar por causa da doença, nesse caso ela foi encaminhada para a Defensoria Pública. De acordo com Maria, são três remédios que custam, cada um, em torno de R$ 340. “São três, um para a bexiga porque pressiona, outro para as pernas e para o controle de urina. Uma caixa é R$ 340, eu que estava comprando, mas esse mês não comprei. Moro só com a minha filha. A gente ia comer como?”.
Sobre os medicamentos, ela disse que foi informada que a medicação não está disponivel no estado e nem no Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, na segunda-feira (9) ela disse que foi realizada uma audiência e estão aguardando um novo laudo do seu médico para liberarem esses remédios.
Maria mora em uma casa com sua filha de dez anos e relata que a cada dois anos fazia cirurgia. “Eu aplicava botox na bexiga para aumentá-la. Eles descobriram que esse novo remédio pode controlar e eu não precisaria mais fazer essa cirurgia”, explicou.
O laudo necessário para receber esses medicamentos deve demorar 20 dias para ficar pronto. Mesmo com tantas dificuldades, Maria espera que tudo termine bem. “Espero que seja resolvido o mais rápido possível”, diz.
Ela conta que também não é acompanhada por nenhum médico do estado. Seu médico é de São Luís e ao procurar a Fundação Hospitalar do Acre, Maria disse que foi informada que não precisaria de acompanhameno médico. “Quando preciso de algum remédio vou aos postos de saúde e pego a receita com um clínico geral”, diz.
Maria conta que ficou tetraplégica após um acidente automobilístico em 2004. Passou um ano com depressão e é tranquila ao falar sobre as dificuldades que vem enfretando a partir de então. “É dificil, mas é assim mesmo. A realidade é essa né?”, finaliza.
MP investiga o caso
O promotor de Justiça, Rogério Voltolini Muñoz, informou que o MP solicitou informações da Secretária Estadual de Saúde (Sesacre). “Existe um prazo para atender a requisição. Estamos na fase de coleta de informações e temos que respeitar esse prazo legal para que o órgão possa se manifestar. Após esse prazo, o MP analisa o que pode ser feito extra processualmente ou processualmente’, disse.
A secretaria estadual de Saúde, através do departamento de administração, divulgou uma carta de esclarecimento na noite da última sexta-feira (13), informando que foi aberto um processo licitatório, por meio de pregão eletrônico, que se encontra em fase de conclusão.
A nota diz ainda que a aquisição de bens e serviços dos órgãos públicos só podem ser realizadas por meio de licitações públicas, ‘o que acaba por alongar a resolução de algumas solicitações’.
Fonte: Tácita Muniz, G1

Basquete de cadeirantes vira exemplo de amizade em comercial

Anúncio da cerveja irlandesa Guinness fala sobre amizade e companherismo

Ao longo do clipe, um narrador enuncia as palavras “dedicação” e “lealdade” (Reprodução)
O novo viral dos esportes é um comercial  de Guinness, famosa marca irlandesa de cerveja. No anúncio, pode-se ver um grupo de amigos jogando, com dificuldade, basquete em cadeiras de rodas. Ao longo do clipe, um narrador enuncia as palavras “dedicação” e “lealdade”.
De repente um dos jogadores comenta “vocês estão melhorando”, ao passo que seus companheiros se levantam de suas cadeiras. O narrador, então, enuncia “Amizade. As escolhas que fazemos revelam a verdadeira natureza de nosso caráter".
Fonte: Fox Sports

Cadeirantes elogiam espaço reservado na Cidade do Rock



Para usuários, acessibilidade melhorou desde a última edição do evento. Única falha foi a localizaçãodistante dos banheiros específicos para eles.
Eduardo Andrade, 21 anos, e a namorada Camila Marina Verdi, 20 anos, na Cidade do Rock (Foto: Glauco Araújo/G1)
Eduardo Andrade, 21 anos, e a namorada Camila Marina Verdi, 20 anos, na Cidade do Rock (Foto: Glauco Araújo/G1)
Cadeirantes aprovaram o espaço reservado exclusivamente para eles na Cidade do Rock nesta sexta-feira (13). Para eles, a visibilidade do palco melhorou desde a edição de 2011, as rampas de acesso são mais amplas, mas, segundo relatos dos usuários, ainda falta informação sobre localização de banheiros.
“É a primeira vez que eu venho aqui. Está ótimo. Só falta banheiro perto da área reservada para nós. Ainda não sei, falta informação sobre banheiro. A iniciativa do espaço é boa. Outra coisa que poderia melhorar um pouquinho é a proximidade com o palco. Podia ser mais perto”, disse Eduardo Andrade, 21 anos, estudante de medicina em Santa Maria (RS).
A namorada dele, Camila Marina Verdi, 20 anos, concorda com o companheiro. “Vim de acompanhante. Tentei achar banheiro específico para cadeirante perto da área destinada, reservada para quem tem algum tipo de dificuldade de mobilidade, mas só achei do outro lado da cidade, perto da roda gigante. Muito longe.”
A cadeirante Aline de Almeida Machado, 23 anos, comparou o espaço reservado para este ano com o de 2011. “Estive aqui na edição passada para ver o Coldplay e a Shakira. Se comparar o espaço deste ano para o da de 2011, a visibilidade melhorou. Na outra edição a mureta era fechada e neste ano é grade vazada. Ficou ótimo para quem é baixinha como eu. Quero ver David Guetta e a Beyoncé.”
Cadeirante Aline de Almeida Machado disse que visibilidade de área reservada melhorou na Cidade do Rock (Foto: Glauco Araújo/G1)
Cadeirante Aline de Almeida Machado disse que visibilidade de área reservada melhorou na Cidade do Rock (Foto: Glauco Araújo/G1)
Fonte: Glauco Araújo, G1

domingo, 15 de setembro de 2013

Discussão em torno do Estatuto da Pessoa com Deficiência movimenta a sociedade. Participe!



Um assunto vem movimentando a cena política no país. É a discussão em torno da aprovação doprojeto  do Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL7699/06), que está em análise na Câmara Federal. Até o dia 1º de outubro, qualquer pessoa pode enviar sua colaboração para o texto pela internet. As sugestões serão analisadas pela relatora do projeto, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB/SP).
O texto do projeto já está adequado à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, documento aprovado em 2006 na sede da organização, em Nova York, e ratificado em 2008 pelo Brasil, por meio do Decreto Legislativo 186/08. Ou seja, aqui, o texto foi promulgado com status de emenda constitucional.
Entenda o Estatuto
A ideia do estatuto é alinhar a legislação brasileira às diretrizes da Convenção da ONU. O projeto de lei tramita desde 2006 e, levando em conta o marco regulatório já existente, o projeto de lei original do Estatuto e a Convenção, um grupo de trabalho formado por juízes, representantes do governo, do Ministério Público e da sociedade civil, propôs um texto substitutivo. O objetivo deste trabalho de adequação é por em prática no país os direitos garantidos pelo documento da ONU – mesmo com força de emenda constitucional, algumas questões de que trata a Convenção ainda requerem regulamentação para que todo seu conteúdo possa ser aplicado na prática – garantindo os direitos que defende.
Além das diretrizes indicadas pela Convenção, o texto produzido procura atender às carências identificadas na população brasileira, inclusive aquelas apontadas pela própria população. Outra preocupação importante foi não permitir que houvesse retrocesso nos direitos já conquistados. A expectativa é que, quando aprovado, o Estatuto possibilite a operacionalização de todas as determinações do documento da ONU e das outras normas inseridas para facilitar a implementação da normativa em todo o Brasil.
Como participar
Para participar, é importante fazer suas contribuições até o dia 1º de outubro de 2013 por meio do portal e-Democracia. Qualquer pessoa cadastrada no portal pode opinar sobre todos os itens do texto que será votado na Câmara.
Para saber mais
Para saber mais sobre o processo de tramitação do Estatuto, clique aqui.
Veja a reportagem do jornal Folha de S. Paulo sobre os pontos polêmicos do Estatuto. A advogada Ana Claudia Corrêa, consultora jurídica do Movimento Down, foi entrevistada sobre o casamento entre pessoas com deficiência intelectual.

A sensualidade da colombiana paraplégica Ángela Márquez

ÁNGELA MÁRQUEZCaro leitor,
A matéria abaixo foi extraída do blog Centauro Alado.
Esta jovem colombiana sofreu um acidente há alguns anos no Chile e por isso, não pode andar novamente. Seu desejo de seguir em frente é igual ao de muitas outras pessoas com deficiência. Ángela ainda é uma mulher e, portanto, posou para as lentes da revista Soho.
O acidente
Na segunda-feira 14 de setembro de 2009, Ángela Maria Márquez deixou San Pedro, no deserto do Atacama – a região mais árida do mundo – em direção a algumas ruínas de minas de enxofre, onde pretendia tirar algumas fotos para o seu trabalho de pós-graduação.
Ela estava acostumada a andar por ali. Mas estava sozinha e sem telefone. Após subir numa plataforma de cinco metros de altura, acabou caindo nas rochas.
ÁNGELA MÁRQUEZ
Quando tentou levantar-se , sentiu uma dor terrível no peito e descobriu que as pernas não se moviam. O sol estava impiedoso. Os ombros , o abdômen e as pernas foram expostos aos raios de sol e ela sofreu queimaduras que deixaram cicatrizes para sempre. Após ficar muitas horas ferida, Ángela finalmente foi resgatada pela polícia e levada para o hospital, onde permaneceu por 38 dias.
ÁNGELA MÁRQUEZ
As vértebras dorsais 7 e 8 estavam completamente comprometidas. Ali, de frente para a nova realidade e com a companhia de sua mãe e sua tia, Angela começou o processo de reabilitação. Seis meses depois do acidente ela estava de volta na Colômbia, com a firme decisão de viajar pelo mundo.
Ao ser fotografada, Ángela queria que estas imagens pudessem despertar um olhar diferente em relação às pessoas com deficiência.
ÁNGELA MÁRQUEZ
FONTE: http://www.soho.com.co

Com 2,8 mi de deficientes, SP tem 62% das unidades de saúde sem acessibilidade

Ministério Público investiga e cobra mudanças na rede municipal. Em algumas faltam Projeto Técnico e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
Quarenta e cinco milhões de deficientes físicos em todo o Brasil, 2,8 milhões somente na cidade de São Paulo, segundo o último Censo do IBGE. Embora o número de deficientes na capital paulista seja maior do que a população total de Salvador – a terceira maior cidade do País -, 62% dos hospitais municipais em São Paulo trabalham sem a adaptação necessária para receber esses pacientes. Para exemplificar o que médicos e enfermeiros ouvidos pela reportagem classificam de “regra”, o iG conta o que acontece em três unidades de saúde do município que passaram por investigação no Ministério Público de São Paulo.
Sob inquérito há dois anos, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) 2, em Pirituba, zona oeste, foi instalado em um imóvel que não se adequou aos deficientes. A rampa para a entrada e o caminho até a unidade não utilizam piso tátil. Nas dependências do prédio – voltado a deficientes mentais -, a passagem impede o uso adequado de cadeira de rodas, segundo relatório da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), ligada à própria prefeitura.
Além de faltar bebedouros acessíveis, não há banheiro para pessoas com deficiência. No dia 22 de fevereiro deste ano, o Ministério Púbico deu 180 dias para concluir o inquérito, prazo que terminou este mês. A partir de então, uma ação civil pública pode ser instaurada.
“A rampa não é um detalhe para quem tem dificuldade de locomoção”, afirma Robson Gonzales, diretor da Arpa Arquitetura, especializada em acessibilidade. “O mais esquecido, entretanto, é o deficiente visual, que sofre quando não tem piso tátil que o leva ao balcão, nem telefone próprio para se comunicar com a família. Normalmente, ele vai fazer uma consulta, pega uma senha sem braile e espera ser chamado por um painel sem orientação por voz.”
Irregularidade ainda maior enfrenta o Hospital Municipal Doutor Alexandre Zaio, na Vila Nhocune, na zona leste. Em vistoria de abril, o Corpo de Bombeiros denunciou a ausência de Auto de Vistoria (AVCB).
“O AVCB é a certificação dos bombeiros de que o prédio está em ordem com as medidas de segurança contra incêndio”, explica o tenente Mauro Antônio Brancalhão. “Ele é obrigatório para qualquer edificação, exceto casas com uma só família. A penalidade, no entanto, cabe à prefeitura, responsável pela fiscalização.”
Sobre a acessibilidade do prédio, foram identificadas 146 inadequações pela CPA. Até o dia 13 de agosto, o MP não recebeu nenhuma resposta da prefeitura sobre as soluções para o prédio, onde as rampas de acesso estão fora do padrão e faltam piso tátil e banheiro exclusivo para deficientes. Também não há bebedouro e telefone adaptados, enquanto os assentos fixos impedem o posicionamento de cadeira de roda na sala de espera. As calçadas ao redor do hospital também estão em mau estado.
“O entorno das unidades de saúde precisa de adaptação”, afirma Gonzales. “Desde o ponto de ônibus à calçada que leva ao hospital recomenda-se piso tátil, além da necessidade de instalar orelhão especial perto da unidade. O acesso a muitos hospitais é por uma rua inclinada com a calçada acompanhando o desnível. Quem usa cadeira de rodas tem de rezar para não rolar.”
Ao contrário do que acontece no Caps e do Alexandre Zaio, o inquérito aberto em dezembro de 2012 ajudou a solucionar problemas idênticos na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Formosa, também na zona leste. Atualmente, uma empreiteira conclui uma reforma esperada pelos usuários há anos.
O prédio não dava acesso a pessoas com deficiência, as rampas estavam fora do padrão e o único sanitário para deficientes estava com oito inadequações, como a altura incorreta nas barras de ferro utilizadas para o apoio do paciente. A investigação identificou outros problemas na UBS, como extintores com prazo de validade vencido (já resolvido) e ausência de Projeto Técnico Simplificado, obrigatório para a organizar o sistema de segurança contra incêndio.
O especialista elogia a legislação brasileira para o setor, mas diz que o problema está em sua execução. “As leis estipulam multas, mas isso raramente acontece sob a justificativa de que o Brasil ainda está na fase de esclarecimento e educação”, diz ele. “Mas isso não funciona no País. Já se foram 13 anos desde a lei 10.098 e a sociedade civil com deficiência vai continuar esperando pela boa vontade do governo e do comerciante para adaptar seus edifícios”.
Outro lado
Ao iG , a Secretaria Municipal da Saúde confirmou que “38% das unidades da rede municipal são acessíveis. Nas demais, quando o paciente não tem condições de acessar o local, um profissional o atende no andar inferior”. O município prevê R$ 14,6 milhões para obras de acessibilidade no ano que vem.
“Com relação ao projeto para adaptação do Caps 2 Pirituba, informamos que já foi publicada no Diário Oficial do Município a autorização para realização de serviços gerais de manutenção preventiva, corretiva, reparações, adaptações e modificações”, informou a secretaria.
Quanto à UBS Vila Formosa, “o Projeto Técnico Simplificado foi solicitado pelo Corpo de Bombeiros após vistoria realizada na Unidade. Somente após a finalização da reforma, o engenheiro poderá aprovar o Projeto Técnico Simplificado.”
Em relação ao Alexandre Zaio, “todas as respostas condizentes às adequações físicas e acessibilidades necessárias serão contempladas na proposta de reforma e ampliação, que se encontra em fase final de avaliação pelo Departamento de Edificações (Edif) e inclui o sistema de proteção e combate a incêndio.”
Fachada do hospital Doutor Alexandre Zaio: sem rampa adequada nem piso tátil, o calçamento está em mau estado para receber deficientes físicos. Foto: Wanderley Preite
Fachada do hospital Doutor Alexandre Zaio: sem rampa adequada nem piso tátil, o calçamento está em mau estado para receber deficientes físicos. Foto: Wanderley Preite
Além de não receber piso tátil, o chão do Alexandre Zaio precisa de reforma. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Além de não receber piso tátil, o chão do Alexandre Zaio precisa de reforma. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Embora a legislação obrigue a instalação de banheiro exclusivo para deficientes, no Hospital Alexandre Zaio o único instalado é livre para uso de todos. Foto: Wanderley Preite
Embora a legislação obrigue a instalação de banheiro exclusivo para deficientes, no Hospital Alexandre Zaio o único instalado é livre para uso de todos. Foto: Wanderley Preite
Fachada do Caps Pirituba 2, na zona oeste: calçada sem adaptação, entrada sem piso tátil e ausência de banheiro para deficientes. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Fachada do Caps Pirituba 2, na zona oeste: calçada sem adaptação, entrada sem piso tátil e ausência de banheiro para deficientes. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
No prédio sem reforma, faltam bebedouros acessíveis e não há banheiro para pessoas com deficiência. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
No prédio sem reforma, faltam bebedouros acessíveis e não há banheiro para pessoas com deficiência. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Entrada do Centro de Atenção Psicossocial não tem piso tátil nem rota alternativa para deficientes físicos . Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Entrada do Centro de Atenção Psicossocial não tem piso tátil nem rota alternativa para deficientes físicos . Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Empreiteira conclui reforma na UBS, que até o início do ano estava com extintores vencidos. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Empreiteira conclui reforma na UBS, que até o início do ano estava com extintores vencidos. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Fachada da UBS da Vila Matilde: reforma após denúncias de irregularidades. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Fachada da UBS da Vila Matilde: reforma após denúncias de irregularidades. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Depois da abertura de um inquérito, a prefeitura iniciou reformas na UBS da Vila Matilde. O banheiro, antes irregular, ganhou novas adaptações. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Depois da abertura de um inquérito, a prefeitura iniciou reformas na UBS da Vila Matilde. O banheiro, antes irregular, ganhou novas adaptações. Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG
Fonte: Último Segundo (IG)

Fisiculturista sem braços faz sucesso também como modelo



Barbie Thomas perdeu os braços ao cair em cima de um transformador perto de casa, em Phoenix (Arizona, EUA), quando tinha 2 anos. Aos 37, entretanto, a deficiência não impediu a americana de se transformar em fisiculturista e disputar campeonatos convencionais.
“Quando perdi os meus braços, minha mãe ficou frenética sobre o que aconteceria comigo. Mas eu a abracei com as pernas como se eu já tivesse decidido o que faria”, contou Barbie ao “Huffington Post”.
“Aconteceu quando eu era bem jovem. Então foi mais fácil para eu me adaptar”, acrescentou a americana, que é divorciada.
E foi mesmo. Na adolescência, Barbie praticou natação, jogou futebol e fez dança na equipe da escola de ensino médio. Em 2000, iniciou o treinamento para se tornar uma fisiculturista.
A agenda de Barbie está cheia. Ela disputa torneios de fisiculturismo e fitness, trabalha como modelo, participa de eventos como convidada e dá palestras motivacionais.
Veja as fotos de Barbie Thomas:
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
Foto: Fitness Unarmed
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Fonte: Blog PageNotFound, O Globo