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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Procuradoria quer transporte gratuito de cadeiras de rodas na cabine dos aviões.


aviãoO Ministério Público Federal em São Paulo protocolou na segunda-feira (22/10) uma ação civil pública contra a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), com pedido de liminar, para garantir o transporte gratuito de cadeiras de rodas por todas as companhias aéreas que atuam no Brasil.
Atualmente, a resolução 9/2007 da Anac, determina que as cadeiras de rodas sejam transportadas gratuitamente no interior da aeronave junto aos passageiros “quando houver espaço disponível ou serão consideradas como bagagens prioritárias”.
“Basta às empresas aéreas dizer que inexiste espaço no interior da cabine [o que é evidente] para poderem transportar as cadeiras de rodas no compartimento de bagagens e, com isso, cobrarem valores até mesmo superiores aos das passagens aéreas por tal transporte”, diz na ação o procurador Jefferson Aparecido Dias.
Na ação, Dias pede que a Anac seja obrigada a mudar a regulamentação para garantir o transporte gratuito e incondicional de cadeiras de rodas, “independente de seu peso e local”. A Promotoria solicita ainda que a agência fiscalize e puna as companhias aéreas que continuarem cobrando pelo transporte.
“Ao negar o transporte da cadeira de rodas de forma gratuita, sob o argumento falacioso de que ‘inexiste espaço no interior da cabine’, as empresas aéreas, com anuência da Anac, violam de forma clara os direitos fundamentais das pessoas com deficiência”, diz o procurador na ação.
A ação também pede que seja aplicada uma multa diária, não inferior a R$ 1.000 caso a agência descumpra a decisão judicial.
OUTRO LADO
Em nota, a Anac disse que só se manifestará após ser notificada. A TAM e a Gol informaram que não cobram pelo serviço e que também não irão comentar a ação do Ministério Público Federal.
Fonte: Folha de S. Paulo

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Otto Bock lança a cadeira de rodas Ventus para melhor atender o consumir brasileiro!



Renato Laurenti, da empresa COMO IR e Julie Nakayama estiveram no lançamento da Ventus
Tecnologia
Em evento realizado em São Paulo no dia 24/10, que reuniu profissionais da área da saúde, representantes de instituições ligadas as pessoas com deficiência, a Ottobock lançou a cadeira de rodas Ventus - um produto criado pela empresa para atender especialmente as necessidades do consumidor brasileiro.

O principal negócio da Ottobock, tanto no Brasil como na América Latina, é o desenvolvimento de próteses e de componentes relativos. Mas, há três anos, a companhia iniciou projetos no segmento de cadeira de rodas e de lá para cá vem se aperfeiçoando no setor.

"Percebemos a oportunidade de trazer um produto de qualidade para o usuário de cadeira de rodas aqui no Brasil. Para tanto, avaliamos o mercado e que tipo de produtos e conceitos poderíamos trazer. A Ventus é o primeiro produto desenvolvido na matriz da Ottobock ( na Alemanha)de acordo com as especificações do mercado brasileiro. Nós discutimos com terapeutas, com profissionais envolvidos nesse segmento e com usuários para saber qual era a demanda, o que já existia e o que estava faltando para atender melhor o consumidor brasileiro", diz o Diretor da Ottobock para América Latina, Wilson Zampini
Ventus:uma nova dimensão de qualidade e
funcionamento para cadeirantes ativos

A cadeira foi desenvolvida para atender, de forma mais adequada, o usuário ativo, que busca uma cadeira que proporciona mais agilidade para ele no dia-a-dia. "A partir daí surgiu a Ventus que esta chegando no mercado para ser uma solução que se adequa a realidade brasileira também em termos de custo e ao mesmo tempo é uma cadeira com a mesma qualidade e durabilidade de um produto internacional. Com isso, temos a certeza de que a Ventus será uma alternativa para o usuário de cadeira de rodas e ao mesmo tempo irá contribuir com o mercado em geral, pois fará com que outros fabricantes de movimentem nessa direção."

A cadeira de rodas Ventus é totalmente configurável, com peso estrutural abaixo de 8 Kg e um peso total de cerca de 11 Kg, para um tamanho 40x40cm. Além disso, 14 opções de cores estão disponíveis para a escolha do usuário. "As principais características dessa cadeira são funcionalidade, qualidade, opções e acessórios são divisores de água em seu segmento. Com a Ventus foi desenvolvida uma cadeira de rodas ativa, moderna, com equipamentos de qualidade máxima e com design atraente", conclui o gerente comercial da Ottobock do Brasil, Ricardo Oliveira.

Acesse o site www.ottobock.com.br/ventus e saiba mais sobre a cadeira.

Livros inclusivos Fisioterapeuta adapta contos para trabalhar diferenças em sala de aula!




Foto: Leandro Selister/Divulgação
Livros inclusivos
Alice no País da Inclusão, Aladown e a Lâmpada Maravilhosa, Branca Cega de Neve. Sim, você conhece essas histórias, mas com títulos diferentes. Inspirado em famosas fábulas infantis e na experiência de 13 anos trabalhando com crianças com deficiência, o fisioterapeuta Cristiano Refosco decidiu criar a própria coleção. No dia 23 de outubro ele lançou em Porto Alegre a coletânea Era uma Vez um Conto de Fadas Inclusivo, com 11 livros infantis dedicados ao tema.

"Meu objetivo foi criar uma ferramenta que pudesse aproximar o universo das crianças com deficiência ao daquelas sem deficiência, adaptando os contos para essa realidade. Não sou ilustrador, mas foi sugerido que eu ilustrasse os livros para ter a visão de alguém que trabalha diretamente com essas crianças", relata o fisioterapeuta, que acabou fazendo os desenhos.

Cada livro tem, em média, 20 páginas. Os volumes contaram com o aval do Ministério da Cultura para a captação de patrocínio. Segundo Refosco, apesar de retratarem situações fortes relacionadas aos tipos de deficiência, a inspiração para os contos saiu de histórias com personagens humanos, e tratam essas adversidades de forma leve, com naturalidade. "Elegi os contos mais populares, como Alice no País das Maravilhas e Branca de Neve, para fazer as adaptações. Os personagens que são obrigados a lidar com a deficiência, mas de uma forma natural, foram inspirados em pacientes meus", destaca.

Na versão Chapeuzinho da Cadeirinha de Rodas Vermelha, as dificuldades da protagonista em seu percurso pela floresta fazem com que uma figura inesperada ajude-a, e em Branca Cega de Neve, o olfato superdesenvolvido da personagem altera o desfecho da trama.

Conflitos psicológicos também são explorados nos contos. Em O Segredo de Rapunzel, a jovem das longas tranças "tem medo de que, quando o príncipe encontrá-la pessoalmente, não a queira, em função de sua deficiência", explica o autor.

Com o projeto aprovado junto à Lei de Incentivo à Cultura, Refosco e seus colaboradores foram atrás de patrocinadores que pudessem ajudá-los a captar os R$ 218 mil necessários para lançar a coleção, que também conta com um CD com a audiodescrição das histórias. Com o valor angariado em parceria com as empresas Savar (revendedora de automóveis), AGCO (de equipamentos agrícolas) e Banrisul Serviços (do banco estadual gaúcho), o fisioterapeuta lança a coleção com a intenção de transformá-la em material didático.

"Não temos nada fechado ainda, mas minha intenção é fazer acordos com as escolas para que os professores apresentem essas histórias aos seus alunos. Mesmo com as crianças sendo o público-alvo, a coleção também faz os alunos pensarem, pois as histórias mexem com questões presentes no imaginário de todos nós", destaca.

Fonte: Terra

Sabesp Pessoas com deficiência visual poderão receber conta de água em braile!



Sabesp
A partir de dezembro, deficientes visuais poderão receber uma versão da conta de água em braile. O benefício é gratuito, vale para todas as 363 cidades atendidas pela Sabesp e pode ser solicitado pela central telefônica ou na agência de atendimento mais próxima. Mas é necessário que o titular da conta seja cego.

A Sabesp desenvolveu o trabalho para a confecção da conta em braile em parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Foram entrevistados 400 cegos para que eles apontassem suas necessidades em relação às informações que constam da fatura.

Para solicitar a conta em braile, o cliente pode entrar em contato pelo telefone             0800-055-0195      , no interior e no litoral, ou             0800-011-9911      , na Região Metropolitana de São Paulo. A ligação é gratuita. Se preferir, pode ir a uma agência de atendimento. A unidade mais próxima aparece impressa na fatura e os endereços de todas agências de atendimento estão disponíveis na Agência Virtual, no site da Sabesp (www.sabesp.com.br).

Para o cadastro, o cliente deve ter em mãos um documento pessoal e o número do Registro Geral do Imóvel (RGI), que vem impresso na conta.

Vídeo - A Sabesp produziu um vídeo de dois minutos com orientações sobre a conta em braile. O material informa como o cliente pode se cadastrar e traz entrevista com um cego que já realizou a inscrição. Ele explica quais os benefícios da novidade para simplificar seu dia a dia.

O vídeo está disponível no site da Sabesp (www.sabesp.com.br) e nas redes sociais. Também será enviado às associações de deficientes visuais.

Confira o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=XUIcm6B15Ew&feature=youtu.be.

Fonte: Assessoria de imprensa da Sabesp

Prêmio Nobel Células IPS, grande esperança da medicina por seus potenciais terapêuticos.


Prêmio Nobel
Paris - As células IPS, que são células adultas reprogramadas para rejuvenescer e recuperar as propriedades das células-tronco embrionárias (ES) são uma esperança da medicina por seus potenciais terapêuticos.

No centro de pesquisas coroados pelo Prêmio Nobel de Medicina 2012, as "células-tronco pluripotentes induzidas" ou "células IPS" têm sua origem em uma célula adulta diferenciada, que retorna ao estado de célula embrionária pluripotente, graças ao trabalho de engenharia genética.

Na natureza, após a fecundação, o óvulo se divide e rapidamente aparecem as células que dão origem a todos os tecidos do corpo. São as células-tronco embrionárias pluripotentes que têm a capacidade para gerar todos os tipos de células.

Porém, com o desenvolvimento do embrião, as células se especializam e perdem a capacidade de se transformar em células com diferentes funções (células nervosas, cardíacas, etc).

O britânico John Gurdon, um dos premiados com o Nobel em 2012, descobriu, em 1962, que a especialização das células era reversível, ao contrário do que se pensava antes, enquanto o outro vencedor, Shinya Yamanaka, ainda não era nascido.

A equipe do japonês Yamanaka demonstrou em células de camundongo em 2006 e, em seguida, em células humanas em 2007, que podemos reprogramar uma célula adulta para fazê-la recuperar as características de uma célula-tronco embrionária.

As pesquisas de Yamanaka constituíram "uma descoberta revolucionária real", entusiasmou-se Jean-Marc Lemaitre, do Instituto de Genômica Funcional (Inserm).

Com estas novas células IPS, "você pode obter praticamente qualquer tipo de célula do corpo", explica o pesquisador francês que tem usado esta técnica para rejuvenescer células centenárias, e mostra que o processo de envelhecimento é reversível.

Fonte: Exame

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Eleições 2012 e a conversão inclusiva


Acessibilidade: direito de todosCaro leitor,
O artigo abaixo foi extraído do site Inclusive e escrito por Lúcio Carvalho*.
A julgar pela campanha eleitoral que terminou sua primeira fase no último fim de semana, com o fim do primeiro turno, nunca houve tanta preocupação com a inclusão social em solo pátrio como antes. A migração dos discursos, à direita e à esquerda, para o tema da “inclusão social”, longe de representar compromissos imediatos e efetivos de redução das condições desiguais de acesso à cidadania, significa que o termo popularizou-se definitivamente. Se, por um lado, trata-se de um fato positivo, tendo em vista que ajuda a evidenciar as necessidades concretas de muitos setores da população, por outro, se corre o risco de que o termo reste apenas como mais um entre os tantos argumentos da demagogia eleitoral, esvaziando-se de significado e de resultados efetivos.
A “inclusão social” não é, de forma alguma, a primeira vítima da demagogia política. Antes dela, o conceito da “sustentabilidade” fora sucateado em discursos que na prática se mostraram muito pouco sustentáveis e o próprio conceito de “desenvolvimento” usado como forma de justificar políticas e decisões arbitrárias dos governos. Agora parece que chegou a vez da “inclusão social” assumir o papel mágico de conversão de eleitores.
É pouco provável que através de uma agenda feita de compromissos vazios chegue-se a algum lugar, entretanto a realidade social exige pensar os termos da “inclusão social” para além de meros ajustes a um modelo social que a todo o momento gera novas exclusões. O que a “inclusão social” quer e necessita são de políticas públicas e iniciativas capazes de fomentar a emancipação social das pessoas, como investimentos em educação e no acesso ao trabalho, por exemplo. O fato é que a “inclusão social” não merece mais ser encarada como uma fórmula mágica e simplificadora, mas como uma necessidade expressa para todos aqueles que vêm sendo marginalizados nos já tradicionais e nos novíssimos processos de desenvolvimento.
A comemorar-se há o fato de que muitos candidatos identificados como minorias sociais foram eleitos em vários lugares do país, das mais diferentes legendas partidárias. Mesmo que isso não signifique necessariamente mandatos representativos ou compromissos tácitos com a “inclusão social”, não deixa de ser um sinal de que a sociedade passa a considerar como dignos de representação política pessoas identificadas com setores socialmente marginalizados. Se a “inclusão social” lograr, ao fim dos próximos quatro anos, escapar do mero discurso de ocasião, pode ser então que mais pessoas passem a reconhecer que os direitos de todos devam ser garantidos e promovidos e também a exigir que, nas urnas, a “inclusão social” abandone o campo retórico para entrar de vez na vida real das pess
*Coordenador-Geral da Inclusive – revista digital de diritos humanos, cidadania e inclusão social.

“Amigos” do Facebook invadem casa de rapaz com paralisia cerebral e roubam mais de R$ 38 mil.


 Paul MillerUm rapaz, de 28 anos, com paralisia cerebral e cadeirante, foi vítima de bandidos que o conheceram no Facebook. Paul Miller, morador da região de Lancashire, na Inglaterra, adicionou os homens na rede social por viver em uma cidade pequena e gostar de fazer novas amizades. No entanto, cientes da deficiência do garoto, os dois, não identificados, foram para a casa dele com o intuito de dar um golpe.
Um dos bandidos trancou Paul em um quarto enquanto o outro roubou, no dia 20 de setembro, em torno de US$ 19 mil (R$ 38 mil) em bens da família, como joias, dinheiro, iPad e iPod. A mãe e o padrasto do rapaz haviam saído para fazer compras e, quando voltaram, o encontraram assustado em casa e o levaram para o hospital algumas horas depois. Lorraine Miller explicou que o jovem conheceu os criminosos na rede social e os convidou para jogar videogame.
“Ele estava falando com os rapazes de Kirkby e, enquanto estávamos na rua, ele chamou os dois para jogarem PlayStation com ele”, comentou.
O que ele não imaginava é que as consequências de fazer novas amizades pelo Facebook seriam tão graves. Quando a dupla chegou à casa, um dos bandidos pediu para usar o banheiro, tentando enganar Paul. No entanto, o rapaz, que usa uma cadeira de rodas e tem paralisia cerebral, percebeu que o homem havia ido para o andar de cima da casa, onde eram os quartos, e reclamou.
“Quando Paul perguntou ao outro rapaz o que eles estavam fazendo, ele foi trancado no quarto para facilitar o crime”, completou Lorraine, em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”.
Todo o crime durou cerca de 10 minutos. Os bandidos chamaram um táxi e saíram facilmente da casa, levando os pertences da família. De acordo com a mãe de Paul, os homens sabiam da deficiência de seu filho e foram para o local já de caso pensado. Desde então, os pais do rapaz garantem que a personalidade dele mudou completamente.
Fonte: Tech Tudo

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Diversidade e respeito: caminho para uma sociedade melhor!


duas crianças sorrindo, uma negra e outra branca
“Beleza e glória das coisas, o olho é que põe.” Inspirar-se na frase do poeta mato-grossense Manoel de Barros deveria fazer parte de um mantra a ser entoado em nossas vidas, nossos dias. Assim, nenhum preconceito sobreviveria.
A matéria abaixo foi extraída da Revista Crescer.
A todo momento, ouvimos que um olhar novo para a diversidade é o caminho para uma sociedade mais feliz. Mas de que forma a gente começa essa conversa dentro de casa?
Por Thais Lazzeri
Quando Ana Beatriz, 3 anos, entrou na escola pela primeira vez há dois meses, falava muito dos novos amigos. Em casa, enfileirou seus bonecos um ao lado do outro e formou ali uma cópia da sua nova pequena sociedade: a sala de aula. Cada um ganhou o nome de um dos colegas. A mãe, Letícia Franco, foi acompanhar mais de perto a diversão da filha e viu que um dos amigos foi excluído da representação. Perguntou para Ana por que uma das meninas não estava ali e veio a surpresa. “Ela me disse: ‘Eu não gosto dela, mãe, ela é diferente’.” A menina que Ana julgou como diferente tinha Síndrome de Down. “Foi difícil lidar com aquilo. Não imaginava que ela, tão pequena, já pudesse rejeitar alguém somente por ser diferente.”
Para a publicitária Ana Clara Oliveira a saia-justa foi ainda mais precoce. Em uma praça perto de onde mora, notou que seu filho, Murilo, ainda um bebê na época, parecia preferir brincar sempre com as mesmas crianças. “Se eu insistia para ele brincar com outras, repetia um ‘eu não quero’, bem alto, e eu morria de vergonha. Um dia me dei conta que a rejeição era somente com as crianças negras”, afirma. Ana Clara continuou levando o filho ao local, tentou horários diferentes e, com calma, conta ter virado o jogo. “Ele passou a brincar com quem aparecesse.” Hoje Murilo está com 5 anos e, pouco tempo atrás, Ana Clara quase inutilizou todo o esforço feito quando o menino era pequeno. “Tudo ia bem e eu fiz uma bobagem. Estávamos voltando para casa e um cara que eu julguei como ‘mal-encarado’ veio em nossa direção. Com medo, acelerei o passo e entrei com meu filho em uma padaria. Não contente, ainda disse para o atendente: ‘Nossa, que medo!’ Na mesma hora, Murilo olhou para mim e disse: ‘Você ficou com medo porque ele era diferente?’ Ouvir aquilo me derrubou, simplesmente porque ele poderia mesmo estar falando a verdade”.
DE OLHO NO BULLYING
Está lá bem claro nas palavras do documento chamado Carta da Terra, uma espécie de código planetário com princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global mais justa, elaborado em conjunto com mais de 100 mil pessoas no mundo todo: “Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social”. Para acontecer, é bom parar de pensar que isso é discurso de político para ganhar prestígio ou de grandes líderes que lutam pela paz. Precisa pulsar dentro da sua casa, na escola, no ônibus, na festa de aniversário, no cinema, ao utilizar um serviço público, ao comprar uma roupa no shopping.
Se a criança conta que a classe toda riu de um menino que usa óculos, ou de um outro gordo demais e que caiu da cadeira, fique alerta: é preconceito que pode culminar em bullying, humilhação transformada em agressão física ou psíquica e que somente há pouco tempo ganhou os holofotes. E sabe a sociedade que o ditador Adolf Hitler queria para a Alemanha? Uma raça única de brancos iguais e perfeitamente saudáveis que, para ser conquistada, impulsionou a morte de 6 milhões de judeus e uma das maiores vergonhas da humanidade? É bullying também no maior extremo possível.
Rejeitar essas intolerâncias que podemos julgar como “pequenas” prepara o terreno para falar com as crianças sobre diferenças religiosas, o porquê das guerras e das grandes desigualdades sociais. Só assim podemos mudar números como o apontado por uma pesquisa realizada em junho do ano passado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 501 escolas da rede pública. Dos 18.599 mil alunos, pais e funcionários, nada mais nada menos que 99,3% deles admitiram algum tipo de preconceito, como racial, socioeconômico ou com portadores de necessidades especiais. Não tem jeito: educar uma criança é escancarar seus valores como uma mala se revela em um raio X de aeroporto. “A criança envolve-se com as atitudes e não com as palavras dos pais: caso eles pratiquem algum tipo de discriminação, o filho vai ser banhado por isso”, diz Maria Teresa Egler, educadora e professora da Unicamp (SP).
EDUCAR É MOSTRAR À CRIANÇA COMO IR ALÉM DO QUE ELA VÊ
Rituais são parte da vida do ser humano. Cada povo, país, grupo religioso, comunidade social e família tem as suas formas de reverenciar a vida. Que ótimo poder experimentar, apresentar à criança novidades, conversar sobre o assunto. É uma forma de entender a diversidade e respeitá-la
Rituais são parte da vida do ser humano. Cada povo, país, grupo religioso, comunidade social e família tem as suas formas de reverenciar a vida. Que ótimo poder experimentar, apresentar à criança novidades, conversar sobre o assunto. É uma forma de entender a diversidade e respeitá-la
DIVERSIFICAR PARA MUDAR
Mas o que fazer se na classe do seu filho, por exemplo, não há muita diversidade? Se você mora na parte urbana da cidade, pode até fazer viagens para uma comunidade ribeirinha que vive no norte do país ou para uma cidade de interior no sul, visitar o trabalho de uma ONG com crianças carentes ou um templo de uma religião diferente da sua, por exemplo. São ótimas ideias, sem dúvida, mas que tal simplesmente conversar sobre a diversidade? Vá mostrando, com sutileza, que qualquer grupo é passível de variações: um tem cabelo crespo, o outro liso; uma mãe prefere usar salto alto e outra só tênis, um aluno adora matemática, o outro língua portuguesa. “Ficará claro que as diferenças não farão ninguém gostar mais ou menos de outra pessoa. Assim, você ensina seu filho a respeitar o ser humano como ele é”, afirma Luciana Zaterka, diretora da Unidade II da Escola Carlitos (SP).
Uma das primeiras variações que uma criança percebe é a tonalidade da pele. Pesquisa feita em 1997 por norte-americanos mostrou que a partir de 6 meses os bebês reconhecem faces de uma raça diferente e que, por volta dos 3 anos, tendem a se aproximar mais daquelas cujo tom de pele é parecido. Não é preconceito e há o que fazer. “Mostre as semelhanças que seu filho não conseguiu ver. Você respeita o outro quando vê um pouco de si nele. Educar é transcender a diferença”, diz a monja Coen Sensei, uma ativista pela paz no Brasil.
O tema também pode estar na sala de aula. Mas não necessariamente algo formal, cheio de conceitos e lições de moral. A literatura infantil e outras manifestações culturais, como o teatro, por exemplo, é matéria-prima para a escola abordar esses assuntos. Promover encontros para quebrar a barreira social-econômica que a escola particular impõe é outra alternativa. Se é espaço de saberes, é de reflexão também. E mais do que mostrar a diferença, explicar como reagir a ela e o que ela significa. “Não é para você dizer que todo mundo é igual, porque não é. Se o outro tem uma deficiência, por exemplo, diga que aquilo não a torna nem melhor nem pior do que quem não tem”, diz Valter Roberto Silvério, sociólogo e consultor da Unesco.
Unir as palavras respeito e diversidade do jeito que deveriam é trabalho para a vida toda. Quanto mais seu filho respeitar o próximo, mais vai respeitar você e as pessoas que o rodeiam. E vai também respeitar a si mesmo e exigir – inclusive dos pais – que suas ideias e gostos sejam levados em conta. Vai aprender também outra palavra: compaixão. E diante de uma situação injusta, possivelmente gerada por preconceito, não somente terá discernimento para entender, como argumento e coragem para intervir.
Quem vê e quem está sendo visto? Como conseguir que o respeito ao diferente seja algo tão natural? Isso se ensina, e se aprende. E precisa de persistência e oportunidade. para acontecer de verdade. E sempre
Quem vê e quem está sendo visto? Como conseguir que o respeito ao diferente seja algo tão natural? Isso se ensina, e se aprende. E precisa de persistência e oportunidade. para acontecer de verdade. E sempre
João Wainer é fotógrafo da Folha de S.Paulo e dirigiu os documentários A Ponte e Pixo. Autor dos livros Aqui Dentro – Páginas de Uma Memória – Carandiru e Últimas Praias. Suas fotos já estiveram em exposições em São Paulo e Paris.
João Wainer

Dois pesquisadores de células tronco dividem o Nobel de Medicina


O japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon foram agraciados com o Nobel de Medicina 2012 por seus trabalhos que revolucionaram o entendimento de como as células se desenvolvem, anunciou a organização nesta segunda-feira (8).
O japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon foram agraciados com o Nobel de Medicina 2012 por seus trabalhos que revolucionaram o entendimento de como as células se desenvolvem, anunciou a organização nesta segunda-feira (8/10).
Os pesquisadores foram premiados por pesquisas complementares que \”descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes\”
O britânico John Gurdon, da Universidade de Cambridge, e o japonês Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, foram laureados nesta segunda-feira, 08, em Estocolmo (Suécia), com o Prêmio Nobel de Medicina. O anúncio foi feito às 12h locais (7h de Brasília) pelo Comitê Nobel.
Os pesquisadores foram premiados por pesquisas complementares que “descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes”, de acordo com Goran Hansson, secretário-geral do Comitê Nobel.
Gurdon, de 79 anos, descobriu em 1962 que a especialização das células é reversível. Numa experiência clássica, ele substituiu o núcleo celular e maduro de uma célula do ovo de uma rã pelo núcleo de uma célula intestinal madura. Esta célula do ovo modificada deu origem a um girino normal. O DNA da célula madura tinha ainda toda a informação necessária para desenvolver todas as células da rã.
Mais de 40 anos depois, em 2006, o japonês Ymanaka, de 50 anos, descobriu com as células maduras intactas em ratos podiam ser reprogramadas para se transformar em células-tronco imaturas. Surpreendentemente, ao introduzir apenas alguns genes, ele conseguiu reprogramar células maduras para que estas se transformassem em células-tronco pluripotentes — ou seja, células imaturas que conseguiram se transformar em todos os tipos de células do corpo.
“Essas descobertas revolucionárias mudaram complemente a maneira como vemos o desenvolvimento e especializacão celulares. Compreendemos agora que as células maduras não têm de estar confinadas para sempre ao seu estado especializado. Livros foram reescritos e novas áreas de pesquisas foram estabelecidas. Ao reprogramar as células humanas, os cientistas criaram novas oportunidades para estudar doenças e desenvover métodos de diagnóstico e tratamento”, disse Hansson.
*Repórter viajou a convite do governo sueco
Fonte: Estadão

As “invisibilidades” das pessoas com deficiência!


Imagem de um cadeiranteCaro leitor,
O texto abaixo foi escrito pela socióloga Marta Gil*.
A “invisibilidade” na área da Deficiência já se tornou uma velha conhecida. As pessoas com deficiência a sentem na pele, nas mais diversas situações; os que estão perto delas ou trabalham na área têm muitas histórias dela para contar.
Para Harry Potter e seus amigos, a invisibilidade trazia vantagens e, portanto, era desejável. Com a capa mágica, podiam se aventurar, descobrir segredos e identificar vilões. A capa os protegia, dava acesso a informações preciosas ou mesmo favorecia escapadelas.
Não é esse o caso das pessoas com deficiência. Porém, já que repetimos tantas vezes essa afirmação e até comprovamos sua ocorrência, vale a pena refletir sobre isso.
Mas, por que usar o plural? Porque acho que há dois tipos de invisibilidade. A nossa velha conhecida é aquela que ignora as características das pessoas com deficiência, camuflando-as com frases como “Para mim, todos são iguais”; “O que me interessa são pessoas”; “Trato todos do mesmo jeito” ou variações parecidas. Essas frases, que aparentemente traduzem sentimentos louváveis, podem esconder um perigo, embora as intenções de quem fala sejam as melhores e as mais nobres possíveis.
Perigo? Como assim? Ele reside na não consideração de características que fazem parte da natureza da pessoa com deficiência. Se os traços diferenciais são “pasteurizados” em nome desta igualdade que não respeita a diversidade – ao contrário, passa um trator sobre ela -, então essas características ficam, sim, “invisíveis”. Resultado: escolas – e demais espaços sociais – não têm materiais em braile, em português simplificado ou com audiodescrição; surdos não têm intérpretes de Libras; rampas, elevadores, softwares, pisos táteis nem são contemplados em orçamentos etc. etc.
Como alerta Reinaldo Bulgarelli: As pessoas não são “alminhas vagando por aí”; têm corpos, características, desejos e necessidades, que formam sua identidade. Quando esta não é sequer considerada em nome de uma suposta “igualdade”, elas se tornam “invisíveis”, porque algumas de suas características são solenemente ignoradas. Aí, a presença nos espaços sociais se torna difícil ou até mesmo inviável, para muitas. Isso explica por que nem sempre são vistas por nós.
Esse tipo de invisibilidade deve ser combatido, sempre. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que o Brasil ratificou com equivalência constitucional, é o instrumento mais potente que dispomos para garantir a visibilidade. A Convenção traz um novo olhar, tendo como base os Direitos Humanos. Um de seus pilares é a Acessibilidade, em todos os significados do termo. A ausência de acessibilidade configura discriminação – e discriminar é crime. Simples assim.
Ana Paula Crosara, que tinha uma deficiência física, costumava dizer que esperava o dia em que entrar e sair de um carro fosse algo corriqueiro, deixando de ser “um espetáculo”, que atraía olhares curiosos. Esse outro tipo de “invisibilidade” é desejável, pois vem da naturalidade: indica que as condições para que as pessoas com deficiência possam participar da sociedade estão asseguradas. Assim, elas podem “aparecer” e todos podemos conviver com tranquilidade, segurança e respeito.
A “invisibilidade desejável” beneficia a todos, porque considera a diversidade funcional de cada um. Ela cria um círculo virtuoso: ao olhar de frente o diferente, a sociedade inventa alternativas e busca soluções; à medida que a acessibilidade aumenta, mais pessoas entram na roda e a diferença passa a ser percebida e celebrada como parte da riqueza da Vida.
Para termos direitos iguais, nossas diferenças precisam ser vistas, reconhecidas e aceitas.
* Marta Gil é socióloga, consultora na área da Deficiência, coordenadora do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas e Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais e colaboradora do Senai-SP e do portal Planeta Educação.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

“Que mão você quer perder primeiro?” A história inspiradora de Mariatu Kamara, que sobreviveu a guerra de Serra Leoa


Mariautu Kamara Mariautu Kamara nasceu e foi criada numa pequena aldeia de Magborou, no Oeste Africano de Serra Leoa.
Aos doze anos de idade durante a guerra civil em Serra Leoa, suas mãos foram cortadas por rebeldes que invadiram sua aldeia. Ela caminhou para o Hospital Connaught em Freetown (ao longo do caminho, ela foi ajudada por vários estranhos), onde a cirurgia foi realizada em seus braços para evitar a infecção. Lá, ela descobriu que estava grávida, depois de ter sido estuprada por um homem de confiança de seu pai, e deveria se casar quando completasse 16 anos. Mais tarde, ela deu à luz um filho a quem deu o nome de Abdul. A criança ficou doente e morreu 10 meses após o nascimento. Depois de ser liberada do hospital, Mariatu passou muitos anos mendigando enquanto vivia em um acampamento de amputados. Ela também se tornou parte de um grupo de teatro no acampamento, e, juntamente com muitos outros amputados de sua idade, foi capaz de aumentar a conscientização sobre os problemas de seu país através da dança.
Mariatu com seu bebê Abdul e sua "irmã" em um acampamento para amputados em Serra Leoa, em 2000. (Imagem: Daily Mail)
Mariatu com seu bebê Abdul e sua “irmã” em um acampamento para amputados em Serra Leoa, em 2000. (Imagem: Daily Mail)
Graças ao apoio da UNICEF, ela conseguiu se mudar para o Canadá, onde promoveu a igualdade de direitos, bem como de educação.
Mariatu, agora com 23 anos, fala fluentemente Inglês e está estudando para ser uma conselheira e trabalhar com mulheres e crianças maltratadas. Ela é representante da UNICEF Especial para Crianças em Conflitos Armados e fala para grupos da América do Norte sobre suas experiências. Embora esteja usando próteses, Mariatu tem mais facilidade de desenvolver suas atividades sem elas.
A guerra civil em Serra Leoa foi declarada encerrada em janeiro de 2002, depois de 11 anos.
Mariatu, 25 anos,  vive no Canadá (Imagem Daily Mail)
Mariatu, 25 anos, vive no Canadá (Imagem: Daily Mail)
Trechos chocantes do livro da história de Mariatu, escrito pela jornalista Susan Mc Clelland:
Eu me ajoelhei na frente dos meus captores, abaixei minha cabeça, e esperei. “Espere, um pouco”, disse o mais velho rebelde. Nós não queremos  você depois de tudo.” Eu não tinha certeza se tinha ouvido as palavras corretamente, então eu ficava parada.
‘“Você pode ir”, repetiu o homem, acenando com a mão desta vez. Vai, vai, vai! “
Levantei-me lentamente e fui para o campo de futebol. “Espere!”, Ele gritou. Fiquei imóvel e dois rapazes pegaram suas armas e apontaram para mim. Esperei que o mais velho rebelde fosse atirar. Em vez disso, ele entrou na minha frente.
“Você deve escolher uma punição antes de sair”, disse ele. “Como o quê?” Eu murmurei. Lágrimas que eu já não podia segurar escorriam pelo meu rosto.
  Livro que conta a história de Mariatu Kamara escrito pela jornalista Susan Mc Clelland
“Que mão você quer perder primeiro?”, Perguntou ele.
O nó em minha garganta deu lugar a um grito. “Não”, eu gritei. Eu comecei a correr, mas foi inútil. O mais velho rebelde me pegou, seu grande braço envolvia minha barriga. Ele me arrastou de volta até o rebelde mais jovem e atirou-me ao chão. Três rapazes me puxaram pelos braços. Eu estava chutando agora, gritando e tentando acertá-los. Tiros encheu a noite. “Deus, por favor, deixe uma das balas perdidas atingir meu coração para que eu possa morrer”, eu orava.
“Por favor, por favor, por favor, não faça isso comigo”, eu implorei a um dos meninos. “Eu tenho a mesma idade que você. Talvez possamos ser amigos.”
“Nós não somos amigos”, o menino fez uma careta, puxando seu facão.
“Se você vai cortar as minhas mãos, por favor, me mate”, eu implorei a eles.
“Nós não vamos matar você”, disse o menino. “Nós queremos que você vá até o presidente e mostre a ele o que fizeram com você. Você não será capaz de votar nele agora. Peça ao presidente para lhe dar novas mãos.”
Eu não senti nenhuma dor. Mas minhas pernas cederam. Eu cai no chão enquanto o rapaz limpava o sangue do facão e ia embora. Com minhas pálpebras fechadas, eu podia ouvi-los rir. Como minha mente ficou escura, eu me lembro de perguntar a mim mesma: ‘O que é um presidente? “
(…)

Urna é levada até candidato cadeirante em escola sem acessibilidade de Campo Grande


David MarquesVERGONHOSO!
David Marques é cadeirante e votava no primeiro andar de escola que não tem elevador ou rampa.
Um candidato a vereador de Campo Grande (MS), David Marques (PTB), não conseguiu votar em sua seção, na manhã deste domingo (7).
A urna precisou ser levada até o candidato, que é cadeirante, já que a escola não tem rampas ou elevador e a seção de Marques ficava no primeiro andar da Escola Municipal Professor Alcídio Pimentel.
Para conseguir votar, Marques chamou a imprensa local e, após o alarde, a urna foi levada até ele por um mesário.
Fonte: R7

Saiba da importância de gerenciar as expectativas após uma entrevista de emprego



Palavra do especialista
Lidando com a ansiedade após uma entrevista de emprego.

Saber como gerenciar as expectativas após uma entrevista de emprego é tão importante quanto se preparar bem e manter a calma na hora de responder às perguntas. É comum que o candidato fique impaciente esperando o resultado, mas é preciso controlar o nervosismo e resistir à tentação de cobrar uma resposta dos recrutadores.

Uma forma simples para contornar a situação é já perguntar na entrevista qual o prazo estimado para o resultado. Se após esse período o candidato não receber uma resposta, ele pode enviar um e-mail ou telefonar para o recrutador. É importante levar em conta que muitas vezes os processos de seleção têm seus prazos alterados sem aviso prévio pela empresa contratante, por isso o candidato precisa ter tato na hora de pedir informações sobre o andamento do processo de seleção. O feedback do recrutador é sempre um direito do candidato, mas não é interessante que a atitude do ao cobrar uma resposta pareça agressiva, pois mostrar-se ansioso demais pode prejudicar as avaliações de perfil do entrevistado.

Para evitar frustrações, o profissional deve ter sempre em mente que se sair bem na entrevista não é garantia para conseguir o posto. Caso ouça um "não", lembre-se que isso não significa necessariamente falta de aptidão para qualquer cargo. Talvez seu perfil simplesmente não seja o procurado pela empresa naquele momento e para aquela função. Caso o feedback do recrutador seja negativo, vale perguntar ao entrevistador o porquê dessa decisão, sempre alegando que você gostaria de melhorar seus pontos fracos para próximas oportunidades.

Portanto, mostrar interesse pela vaga sem ser insistente ou inconveniente é o segredo para deixar uma boa impressão após a entrevista de emprego. Serenidade, sempre.

Boa sorte!

Mariangela Cifelli é Gerente Executiva da Page PCD - unidade de negócio da Page Personnel especializada em recrutamento e seleção de pessoas com deficiência. 
Para conhecer mais sobre a empresa e inscrever-se nos processos, acesse: www.pagepcd.com.br