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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cadeirantes: atividades físicas e emagrecimento!


O texto abaixo foi escrito pelo prof. Wagner Silva Dantas* e foi  extraído do site Idmed.
Sim, os indivíduos cadeirantes estão mais propensos ao desenvolvimento da obesidade. A obesidade é uma doença complexa e multifatorial que envolve vários outros fatores, como problemas endocrinológicos, distúrbios genéticos, fatores ambientais (ex.: sedentarismo) e comportamentais. Um equívoco frequente é a justificativa de que a principal causa da obesidade é a ingestão alimentar em excesso. Na verdade, a maioria das evidências sugere que o desequilíbrio energético decorrente do consumo excessivo de calorias (especialmente uma dieta rica em gordura e açúcar refinado), um estilo de vida sedentário ou a combinação dos dois fatores mencionados contribuiriam enfaticamente para o desenvolvimento da obesidade. Entretanto, a principal diferença entre a identificação, definição e classificação da obesidade e do excesso de peso é a avaliação da gordura corporal. Além da porcentagem de gordura corporal, fatores a considerar na determinação do grau em que a obesidade prejudica a saúde são a localização e distribuição dos depósitos de gordura corporal.

Partindo do princípio de que o indivíduo acometido por uma lesão medular está mais propício ao sedentarismo, haveria uma contribuição potencial ao desenvolvimento da obesidade. Somado a esse fator, a distribuição da gordura corporal no indivíduo acometido pela lesão medular é caracterizada pela localização centralizada da gordura, que está altamente correlacionada com o risco cardiovascular.
Cadeirantes têm maior risco de ficarem obesos?Outros fatores ligados à característica da lesão medular contribuirão para um maior risco de obesidade nessa população. A disfunção autonômica e somática encontrada na lesão medular pode também afetar a função metabólica e hormonal, incluindo uma resposta do sistema nervoso simpático e do eixo glândula adrenal-glândula hipófise, resultando em ritmos circadianos prejudicados e uma má resposta na regulação dos hormônios glicocorticoides. Intolerância à glicose é um achado frequente nos pacientes cadeirantes e é muitas vezes acompanhada por hiperinsulinemia compensatória. Alguns autores colocam que alterações na função da insulina podem ser um mecanismo fundamental na etiologia e manutenção da obesidade. Embora a função tireoidiana possa estar agudamente alterada na lesão medular, testes da função tireoidiana são geralmente normais em adultos cadeirantes. Inversamente, os níveis de testosterona total e testosterona livre em homens com lesão medular são muitas vezes reduzidos, enquanto a liberação do hormônio de crescimento está atenuada e cronicamente deprimida.
Cadeirantes que conseguem andar, mas que não têm tantas forças nas pernas: como eles podem emagrecer?
A questão do emagrecimento não parece ter correlação com o ergômetro a ser escolhido, muito embora haja uma tendência maior a um gasto calórico significativo quanto maior o número de grupos musculares envolvidos durante o exercício físico. Entretanto, a relação gasto calórico e exercício físico depende de outras variáveis, como dieta, volume corporal, gênero e condição clínica, para que possa ser bem instruída e individualizada. Um recurso muito utilizado para esses pacientes que conseguem andar, mas não têm força suficiente para a manutenção do ortostatismo, é um aparelho chamado Unweighting System (recurso que permite a redução da descarga do peso corporal durante a marcha), que traz bons resultados em termos de perda de peso para os pacientes que utilizam essa tecnologia. Aliado a isso, a utilização do cicloergômetro de braço, somada a exercícios de força para os membros superiores, tende a gerar um gasto calórico significativo nos pacientes que querem emagrecer.
E quanto a paraplégicos? Como emagrecer?
Para esses pacientes, a dieta alimentar associada a um volume de exercícios físicos adequados e suficientes para o desequilíbrio da balança energética pode apresentar resultados positivos em termos de redução do peso corporal. Entretanto, é fundamental que o paciente paraplégico que apresenta o objetivo de perda de peso procure um nutricionista e um médico para uma orientação adequada e individualizada, a fim de maximizarem-se os objetivos e minimizarem-se os riscos clínicos envolvidos em uma restrição calórica sem orientação de um profissional especializado.
Fisioterapia ajuda a emagrecer?
Qualquer situação que tire o indivíduo da inércia pode resultar em um gasto calórico. A fisioterapia é altamente indicada para os pacientes acometidos por lesão medular em qualquer nível de comprometimento clínico. Entretanto, creio que a intensidade e o volume de exercícios físicos utilizados durante a sessão fisioterápica não são suficientes para gerar-se um desequilíbrio energético negativo para a promoção do emagrecimento. Cabe ressaltar que creio nem ser esse o objetivo primário do trabalho fisioterápico nos pacientes com lesão medular.
E tetraplégicos, para os quais o exercício ativo é impossível? Como é possível perder peso?
A dieta alimentar é o recurso mais indicado nesses pacientes. O exercício passivo não gerará um gasto calórico significativo para um desequilíbrio da balança energética pela ausência de contração muscular voluntária.
Cadeirantes podem ter algum risco de saúde por não se movimentarem com mais frequência? Há alguma alternativa que substitui o exercício ativo?
O sedentarismo é um fator independente para o risco cardiovascular para ambos os sexos e qualquer situação clínica vigente. A literatura médica não relata nenhuma outra forma de obtenção dos benefícios gerados pelo exercício físico através de alternativas terapêuticas. Entretanto, é altamente indicada a procura de um médico para uma avaliação criteriosa pré-exercício.
Que atividades físicas são recomendadas para cadeirantes?
O treinamento físico pode proporcionar uma variedade de benefícios relacionados à saúde de um indivíduo com lesão medular. As seguintes recomendações devem ser consideradas no desenvolvimento de um programa de treinamento cardiopulmonar, que podem incluir o cicloergômetro de braço, propulsão de cadeira de rodas em esteira ou roletes. Natação, esportes vigorosos, como basquete de cadeira de rodas, corridas, ciclismo com os braços, podem ser associados ao FES (estimulação elétrica funcional) e cicloergômetro de pernas ou cicloergômetro de braços.
Para prevenir a síndrome do “overuse” deve-se variar a estruturação, o grupo muscular e a intensidade dos exercícios para os membros superiores, lembrando da importância do fortalecimento dos músculos da parte superior das costas e posterior do ombro, especialmente rotadores externos dos ombros e alongamentos para os músculos anteriores do ombro e peitoral maior.
Além disso, é fundamental a escolha do local adequado para a prática de exercícios físicos pelo profissional de Educação Física, visto a necessidade do controle da temperatura e umidade para os indivíduos com lesão medular.
Por não ter sensibilidade em determinadas partes do corpo, como o cadeirante vai conhecer seu limite para atividades físicas? É perigoso o cadeirante sofrer luxações e torções sem que perceba?
Luxações e torções não são lesões musculoesqueléticas características nesse tipo de situação clínica nos indivíduos engajados em programas de exercícios físicos. Para os atletas cadeirantes de esportes de contato físico, há uma possibilidade maior desse tipo de lesão mencionada (luxação e torção) pela ocorrência frequente do trauma esportivo.
Relacionado aos reconhecimentos dos limites para o exercício físico, variáveis como pressão arterial, frequência cardíaca, duplo produto (medição estimativa de esforço cardíaco e de consumo de oxigênio pelo miocárdio), temperatura e percepção subjetiva do esforço são utilizadas para a identificação da sobrecarga fisiológica durante o exercício físico. Entretanto, é papel do profissional de Educação Física identificar as respostas fisiológicas e patológicas para o exercício físico nos indivíduos cadeirantes, bem como assegurar a relação custo-benefício, a especificidade, sobrecarga, progressão e regularidade para o exercício físico eficaz a essa população.
*Prof. Wagner Silva Dantas possui larga experiência em reabilitação cardiovascular e fisiologia do exercício clínico, é Coordenador do Programa FITCOR® de Exercício Físico aplicado à Reabilitação Cardiovascular e Grupos Especiais no Centro de Reabilitação do Hospital Sírio Libanês e Coordenador Técnico da Certificação Mais Vida ®. Graduado em Educação Física pela UNIFMU, Aperfeiçoamento em Exercício Físico aplicado à Reabilitação Cardiovascular pela USP e Aperfeiçoamento em Clinical Exercise Physiology pela Bond University – Austrália. CREF 041542-G/SP.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Especialista da Page PCD diz como se preparar e agir em uma entrevista de emprego



Page PCD
É muito comum que os profissionais, principalmente em início de carreira, tenham dúvidas sobre como se comportar em uma entrevista de emprego. Saiba que você pode se preparar para esse momento, que é uma prova de fogo para qualquer profissional.

O que todo candidato suspeita é a mais pura verdade. Por mais que a entrevista seja direta, sem nenhum jogo ou pegadinha, tudo o que você faz ou deixa de fazer é analisado e avaliado pelo entrevistador. Por isso, preparar-se para uma entrevista de emprego é fundamental. Não apenas para você criar uma imagem positiva para a empresa, mas principalmente para que ela o veja como você realmente é.

A primeira medida que um candidato deve tomar quando é chamado para uma entrevista é a de obter o máximo de informações sobre a empresa. Não basta apenas visitar o site da companhia, mas buscar as notícias mais recentes, ver quais são os principais concorrentes e quaisquer informações que possam ser úteis para entender o funcionamento da empresa. Saber mais sobre o cargo almejado é também importante, para demonstrar ao entrevistador que você está verdadeiramente interessado pela empresa.

Alguns candidatos podem ficar ansiosos e nervosos antes de uma entrevista. Para amenizar esse problema, tente dormir bem na noite anterior. Relaxado, o candidato pensa muito melhor e sua concentração e capacidade de entendimento melhoram e podem ser o diferencial para que ele se destaque em possíveis testes.

Procure conhecer bem o endereço de onde será realizada a entrevista e chegue por volta de 15 minutos antes do horário marcado. Pontualidade é uma qualidade muito valorizada e, além disso, com esse tempo é possível observar melhor o ambiente da empresa. E não esqueça que, vestir-se adequadamente, com roupas neutras e de acordo com o que se espera do profissional, é fundamental. Evite também acessórios chamativos.

Na entrevista, procure ser franco e firme. Cumprimente o entrevistador e se apresente de forma direta. Procure mostrar confiança e interesse pela entrevista. Busque sintonia, mantenha a atenção e evite distrações. Desligue o celular!

Não se esqueça de tirar as dúvidas sobre a vaga. Perguntas objetivas sobre a função pretendida podem surpreender o entrevistador.

Por fim, lembre-se de que o mais importante é agir com naturalidade. Tenha pensamento positivo e calmo.

Boa sorte!

Mariangela Cifelli é Gerente Executiva da Page PCD - unidade de negócio da Page Personnel especializada em recrutamento e seleção de pessoas com deficiência. 

Para conhecer mais sobre a empresa e inscrever-se nos processos acesse: www.pagepcd.com.br

Prêmio Pipiri 2012 Aluno ganha Prêmio de Conselho Municipal e dá exemplo de superação


Prêmio Pipiri 2012
O aluno Leôni Victor Cruz Santos, do Colégio Estadual Joaquim Vieira Sobral, deu um grande exemplo de superação. Ele foi um dos ganhadores do Prêmio Pipiri 2012, entregue no último dia 19, no Hotel Quality, em Aracaju. O prêmio é oferecido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e fez parte da programação da 6ª Semana da Acessibilidade.

De acordo com a professora da sala de recursos, Leila Santos Barreto Cardoso, o prêmio é dado às pessoas que se superam na própria deficiência. Com paralisia cerebral, o aluno Leôni Victor mal conseguia caminhar devido à deficiência motora. No ano passado ele fez uma cirurgia no joelho, que ajudou bastante em sua locomoção.

"O médico disse que ele se recuperaria em seis meses, mas em dois meses ele já estava bom. Leôni pediu até para praticar natação e dança", contou a professora. O aluno já está participando de dança, apresentando "O Fantasma da Ópera", disse a professora. Segundo ela, foi esse espetáculo que abriu caminho para que ele ganhasse o Prêmio Pipiri.

Superação
Bastante feliz com a premiação, Leôni Victor, de 14 anos, falou da sua emoção em ter se superado. "Achei muito legal; foi a primeira vez que ganhei esse prêmio. Antes eu tinha as pernas atrofiadas, mas depois da cirurgia, entrei na dança e melhorei bastante. Tudo depende da força de vontade", afirmou.

Uma das suas professoras, Fabrícia dos Reis Guimarães, não poupou elogios ao aluno. "Leôni é sempre muito atento. Durante as aulas, ele responde a todas as perguntas. Ele é um aluno que me surpreende a cada dia", disse.

Além da dança, Leôni Victor foi convidado pela atleta paraolímpica Natália Leão, para começar a praticar a natação. Ele também já cantou no Coral Canarinhos de Aracaju, se superando novamente, desta vez na arte.

Um trabalho dele, com o relato de sua experiência, escrito com a ajuda da professora Leila Barreto, será apresentado no VI Congresso Internacional das Pessoas com Deficiência.

Trabalho
A professora da sala de recursos, Leila Cardoso, explicou que a escola faz um trabalho específico com alunos especiais. "Esse prêmio que Leôni ganhou nos traz o reconhecimento do trabalho que está sendo feito, fazendo ver que o aluno com deficiência é uma pessoa capaz. E isso faz com que os professores tenham um outro olhar sobre esses alunos", disse.

Pipiri
Pipiri foi um funcionário público que fazia poesias. Ele virou alcoólatra e era visto pela sociedade como um louco e sofria preconceitos. O nome vem em homenagem a ele.

Fonte: Plenário - a notícia agora

Informativo Manual interativo para portadores de ELA concorre a Prêmio Abril de Saúde 2012


Informativo
As terapeutas ocupacionais Adriana Klein e Silvia Nakazune, colaboradoras do Instituto Paulo Gontijo (IPG), estão entre as três finalistas do Prêmio Abril de Saúde 2012 na categoria Saúde e Prevenção. Elas idealizaram o Manual Interativo Brasileiro de Orientação a Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (Mibrela), que faz parte do programa Todos Por ELA, idealizado e mantido pelo IPG. O site consiste em uma revista digital exclusiva voltada para pacientes e para quem lida com a doença, fornecendo, além de notícias e artigos, serviços e informações úteis como o contato com associações do mundo todo que trabalham com a doença e acesso aos mais conceituados neurologistas da área.

O Mibrela surgiu em 2007, a partir de uma monografia de Adriana para a Escola Paulista de Medicina, como um modelo de software para facilitar as orientações direcionadas aos pacientes portadores da ELA. "É um manual interativo, que serve tanto para os pacientes quanto para profissionais da área da saúde, familiares ou cuidadores", explica a terapeuta. O objetivo do Mibrela é potencializar a eficiência das orientações profissionais em relação à patologia e às tecnologias assistivas, apresentando equipamentos e soluções que podem melhorar a qualidade de vida do indivíduo portador. O site sugere, por exemplo, recursos para dificuldades normalmente encontradas no dia-a-dia dos pacientes, para regiões específicas do corpo humano e para melhorar a acessibilidade em casa e locais públicos.

Como uma doença neurodegenerativa, a ELA bloqueia, progressivamente, os impulsos nervosos que permitem aos músculos a execução de movimentos voluntários. Os membros atrofiam, e, num estágio mais avançado, há dificuldade para falar, engolir e respirar; porém, a patologia não afeta as faculdades mentais e psíquicas, tampouco os sentidos e funções sexual, vesical e intestinal. Como o indivíduo diagnosticado com ELA, normalmente, falece em um período relativamente curto, que varia de dois a cinco anos, Adriana alerta para a necessidade de que o auxílio seja prestado pontual e rapidamente. "O software otimiza a divulgação das orientações. A demora para que as informações sejam passadas, muitas vezes, significa a perda de certas capacidades funcionais do paciente, mas com os equipamentos e soluções mostrados no Mibrela, pode-se prolongar as habilidades por mais tempo", ressalta.2

A primeira versão da ferramenta concorreu ao primeiro prêmio do IPG, que é atualmente um dos apoiadores da iniciativa. O instituto é uma organização não governamental de caráter filantrópico, sem fins lucrativos, que, além de conceder prêmios de incentivo a projetos nas áreas de física, bioquímica, matemática e medicina, visa estimular as pesquisas em busca do tratamento e cura da ELA. Hoje concorrendo ao Prêmio Abril de Saúde, Adriana se diz satisfeita de estar entre os três finalistas, selecionados entre centenas de projetos inscritos, e salienta a importância da iniciativa do Mibrela para a área da saúde como um todo. "É essencial que incentivemos essa tendência de prestar informações direcionadas, especializadas, monitoradas por profissionais, tudo de forma não comercial. Devemos pensar em mais estratégias de educação na área da saúde. Nosso próximo passo é oferecer o Mibrela como aplicativo para tablets e smartphones", antecipa.

Para participar da votação, acesse:
http://saude.abril.com.br/premiosaude/2012/finalistas/saude-e-prevencao/

Políticas públicas Trabalhadores com deficiência reivindicam acessibilidade e inclusão


Políticas públicas
Os governos estadual e municipal precisam sair da propaganda e colocar em prática, efetivamente, as políticas públicas de inclusão e acessibilidade para as pessoas com deficiência. Com este alerta, militantes do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT Brasil, da CUT-SP e de diversos sindicatos como Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Metalúrgicos do ABC e SindSaúde-SP, deram seu recado em ato público realizado na Praça do Patriarca, região central paulistana, na tarde de sexta-feira (21).

No evento organizado pela CUT-SP para o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o vento frio e a garoa fina que baixaram a temperatura da Capital paulista não foram empecilhos à manifestação daqueles/as que batalham no dia a dia para enfrentar os tantos obstáculos existentes na cidade.

As calçadas esburacadas se multiplicam. Há poucas rampas e as existentes normalmente não têm a inclinação adequada ou são construídas junto aos ralos de escoamento de água, o que impossibilita o uso pelos cadeirantes. O mesmo acontece no metrô por conta do vão entre o trem e a plataforma. Estes são apenas alguns dos impedimentos à acessibilidade dos cadeirantes, como apontam o bancário Isaías Dias, do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT Brasil e da CUT-SP, e Marly dos Santos, conselheira municipal da Pessoa com Deficiência.

"A acessibilidade pressupõe que a pessoa com deficiência possa se deslocar sem ajuda de outras pessoas, e isso não acontece. Por isso, a questão da deficiência se sobressai mais quando a cidade coloca mais obstáculos. Se eu estiver num lugar acessível, as pessoas vão notar menos a minha presença porque vou poder me locomover com autonomia", explica o bancário.

E os problemas e denúncias não param por aí. Na cidade de São Paulo, o programa Atende, que segundo a SPTrans transportou em 388 vans adaptadas mais de 25 mil pessoas no primeiro semestre, é insuficiente para dar conta da demanda e é classificado pelas pessoas com deficiência como paliativo diante da falta de transporte coletivo acessível. Além da falta de ônibus adaptados em toda a frota, que exclui principalmente quem mora nas regiões periféricas, as pessoas com deficiência reclamam que há muitos veículos onde o equipamento para acesso por cadeira de rodas está quebrado.

Mercado de trabalho- O artigo 93 da Lei 8.213/91 determina que, nas empresas com 100 funcionários ou mais, é obrigatória a contratação de 2% a 5% de pessoas com deficiência, índice que varia de acordo com o quadro geral de funcionários. Apesar da obrigatoriedade, os membros do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT reclamam que a legislação não é cumprida e que, ao contrário, existe uma movimentação do empresariado no Congresso Nacional para tentar reduzir o índice de contratações.

Isaías Dias rebate o argumento das empresas que alegam que as pessoas com deficiência não têm capacitação para assumir as vagas existentes. "Isso é mentira porque para muitos postos de trabalho não é preciso ter doutorado para assumir cargos. O que vemos é má vontade do empresariado", denuncia o bancário.

Mesmo com tantos entraves em seus caminhos, muitas pessoas com deficiência mantêm sua batalha cotidiana pelo direito ao trabalho, à educação e ao lazer.

Com bom humor, Elisete Aparecida A. Vieira, do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), questiona: "Não enxergar é deficiência? Deficiente não é quem está numa cadeira de rodas, mas é aquele que não caminha para fazer projeto a nosso favor. Deficiente visual é nosso governo que não enxerga que nós não temos acessibilidade, nem semáforos sonoros na cidade. Quem é deficiente? Nós ou o governo?".

Elisete completa: "Tem gente que olha e diz 'olha, coitadinha, ela não tem um braço', mas o que eu faço com um só braço é muito mais do que o governo municipal faz porque ele [o prefeito Gilberto Kassab], com dois braços, não tem coragem de assinar projetos que fortaleçam nossa situação", afirmou.

Organizar e cobrar para conquistar- João Batista Gomes, secretário de Políticas Sociais da CUT-SP, ressaltou que a organização dos trabalhadores/as é um dos caminhos no embate por políticas públicas no governo e por conquista de direitos nas empresas.

"A Secretaria de Políticas Sociais busca dar impulso ao coletivo e incentiva os sindicatos a tratar o tema porque ainda é uma dificuldade fazer com que incorporem a pauta de reivindicações dos trabalhadores com deficiência e, a partir daí, na campanha salarial, nos acordos coletivos, cláusulas sindicais, na exigência do cumprimento da lei de cotas", apontou o dirigente.

Adriana Magalhães, secretária de Imprensa e Comunicação da CUT-SP, frisou que os movimentos sociais e a Central têm a obrigação de cobrar dos governantes que a cidade tenha acessibilidade para todas as pessoas, principalmente no transporte coletivo e nas vias públicas. E alertou: "Nesse momento de eleições, é importante observar os candidatos e candidatas que tenham em seus programas de governo políticas de inclusão para todos os segmentos, mas principalmente para as pessoas com deficiência", afirmou.

Sobre o Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência- Com a participação das diversas categorias que compõem a CUT/SP, o coletivo nasceu em 2007 e é resultado do 1º Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência no Estado de São Paulo. Além de denunciar casos de discriminação dos trabalhadores/as com deficiência, o coletivo exige o cumprimento de leis, reivindica direitos básicos, acompanha as políticas sociais específicas no Estado e atua, ainda, na formulação de propostas junto ao poder público.

Fonte: Site CUT BRASIL - Flaviana Serafim/CUT-SP

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Superação Rio de volta à Copacabana em 2012. Participe você também!.



SuperAção 2012
O Instituto Novo Ser - INS e o Movimento SuperAção apresentam a 5 ª edição do Superação Rio, evento a ser realizado no dia 23 de setembro em plena orla de Copacabana, em prol do movimento socioinclusivo da pessoa com deficiência.

A passeata vem mais uma vez com o espírito de celebrar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência - 21 de setembro, com o objetivo de enfatizar junto aos setores da sociedade a importância de se respeitar e garantir o direito de todas as pessoas, independentemente de cor da pele, de gênero, idade, ideologia politica ou religiosa, orientação sexual, condição física, intelectual, sensorial ou social.

A edição de 2011 se diferenciou dos anos anteriores (em Copacabana) apenas na mudança do cenário, optando por uma das principais avenidas no Centro do Rio de Janeiro - Av. Rio Branco - onde numa bela manhã de sol de 4ª feira, se comprou o que anos a fio se vem denunciando quanto à falta de acessibilidade urbana nas edificações públicas e provadas.

Usuário de cadeira de rodas ao utilizar as estações do Metrô Rio são conduzidos por escada-rolante ou carregados por escadas em estações como Estácio, Uruguaiana e Cinelândia. Relatos de ônibus com elevadores de acesso enguiçados ou motoristas desabilitados na operação do equipamento, assim como calçadas sem qualquer condição, para um usuário de cadeira de rodas ou mobilidade reduzida se deslocar, com independência e autonomia, gerando contratempos, constrangimentos e acidentes. Essas situações não podem mais se repetir numa cidade que se intitula "Olímpica".

De posse de uma Carta Manifesto, para ser entregue aos setores e órgãos de governos, bem como aos Conselhos e Comissões de Defesa de Direitos, tendo como meta o cumprimento de 12 reivindicações elencadas no documento, aproximadamente 1.200 pessoas, saindo da Candelária, atravessaram a Av. Rio Branco de maneira animada e descontraída, fazendo um apitaço, reivindicando o direito der ir (estar) e vir de maneira plena, culminando com uma chegada emocionante na Cinelândia, ao se juntar aos poucos mais de 400 pessoas que estavam a espera de Apresentações Artísticas, promovidas pelas instituições parceiras que atuam com o segmento, em prol da inclusão.

Com o lema "Pelo Respeito à Diversidade", a Passeata Superação Rio 2012 retorna ao cenário de Copacabana, sendo o início da concentração às 08 horas em frente ao Hotel Othon, saída às 10 horas rumo a Praça do Lido, com previsão de término às 12 horas, mostrando a cara, reivindicando direitos, manifestando desejos e anseios por uma cidade mais inclusiva.

Fonte: Instituto Novo Ser

Expocietec Empresa que criou projeto para pessoas com deficiência visual estará no evento.


Expocietec
A inovação e o empreendedorismo estão em alta no Brasil. Parte da sociedade começou a perceber que a consolidação do crescimento do País está atrelada ao desenvolvimento de produtos e serviços com valor agregado, com marcas, patentes, tecnologias e processos nacionais. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), realizam nos dias 15 e 16 de outubro a Expocietec 2012, na sede da FecomercioSP.

O objetivo do encontro é desenvolver o ambiente de negócios para Micro e Pequenas Empresas de base tecnológica e ressaltar a importância dessas iniciativas inovadoras. Para isso, o evento vai contar com a participação de empresas ligadas aos setores de meio ambiente, medicina e saúde, eletroeletrônicos, química, tecnologia da informação e biotecnologia, além de incubadoras e parques tecnológicos de São Paulo e do Brasil.

Bonavision
Formada pela Universidade de São Paulo (USP) e com 20 anos de profissão, a otorrinolaringologista Fernanda Bonatti passou a sentir falta de um toque mais criativo no exercício da medicina. Decidiu, então, unir seu gosto por arquitetura com o desejo de agregar um teor projetual ao caráter de assistência do ofício médico e começou outra graduação, em arquitetura, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Na fase de escolha do tema para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), Fernanda optou por combinar suas duas formações, projetando um equipamento para deficientes visuais. A motivação para que ela se voltasse a esse nicho específico veio da convivência com o marido, que é oftalmologista, e com o avô, deficiente visual. "Percebia que os produtos destinados a esse público eram sempre os mesmos, isto é, havia espaço para invenções, para o desenvolvimento de materiais que atendessem melhor as necessidades dessas pessoas", explica.

A Bonavision, fundada em 2006, começou a ser idealizada quando Fernanda e o marido decidiram tirar o projeto do TCC do papel e transformá-lo em produto para ser posto no mercado. O contato com o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) veio por meio de um incubado, o Professor Doutor Spero Penha Morato, sócio da empresa Lasertools, que já era incubada no Cietec, que indicou Fernanda. A médica entrou no processo de seleção e, a partir disso, fez projetos para o programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (PIPE-FAPESP), recebendo o apoio da instituição para levar o protótipo do equipamento para o mercado.

Hoje, já graduada do seu período de incubação, mais ainda associada ao Cietec, a Bonavision desenvolve equipamentos inovadores para ampliação de imagem, centrados nos conceitos de alta qualidade técnica, facilidade e praticidade de uso e design arrojado. Como os produtos da empresa possibilitam e melhoram a leitura, que, para Fernanda, está diretamente ligada à educação, ao trabalho e ao lazer, a médica acredita que a Bonavision desempenha um papel de inclusão social dos deficientes visuais. "Inúmeras vezes recebemos queixas de pessoas sobre a ausência de uma solução médica para seus casos. Diante da impossibilidade de resolver o problema com medicação, óculos comuns ou cirurgia, deve-se procurar melhorar a qualidade de vida. Isso proporciona a tão citada inclusão social, mas há ainda um longo caminho a percorrer", projeta. Além disso, ela explica que, em geral, a participação do deficiente visual no mercado de trabalho fica restrita a atividades que exigem menor especialização e que são, portanto, mais marginalizadas. "A redução na taxa de alfabetização e escolarização se traduz em uma queda das oportunidades de trabalho que essas pessoas irão encontrar em suas vidas".

Para a Expocietec, Fernanda espera, além de divulgar o nome da Bonavision, difundir o a importância do desenvolvimento de equipamentos brasileiros na área da saúde, impulsionando e aquecendo a indústria nacional. "É preciso incentivar a formação de empresas científicas brasileiras. As pesquisas não podem ficar só no papel, devendo se reverter em benefícios concretos para toda a sociedade", conclui.

Expocietec em outubro
A programação do evento contará com uma Rodada de Negócios, onde os empreendedores participantes da Expocietec 2012 apresentarão seus produtos e serviços para potenciais clientes, em SeedForum, com foco em investidores e a Conferência, cujo tema central é "O Mapa da Inovação na Micro e Pequena Empresa".
Mais informações, acesse: www.expocietec.com.br.

Serviço
Expocietec 2012
Data: 15 e 16 de outubro de 2012
Horário: das 12h às 20h
Local: FecomercioSP
Endereço: Rua Doutor Plínio Barreto, 285, 3º andar, Bela Vista - São Paulo

Fonte: Assessoria FecomercioSP

Apoio Surdos poderão fazer uso da internet com maior facilidade.



Soluções para o pouco domínio do português escrito por surdos também foram pensadas
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Apoio
Uma ferramenta de apoio ao uso da internet, para surdos, foi desenvolvida na Escola Politécnica (Poli) da USP pelo engenheiro Stefan José Oliveira Martins. O instrumento visa principalmente aumentar a autonomia na utilização de informação virtual. O plugin reúne avatar em 3D, imagens, vídeos, legendas, dicionário e outros recursos para beneficiar surdos.

A dissertação de mestrado CLAWS: uma ferramenta colaborativa para apoio à interação de surdos com páginas da WEB teve a orientação da professora Lucia Vilela Leite Filgueiras. A pesquisa já recebeu alguns prêmios com artigos acadêmicos e de terceiro lugar em uma das categorias do Prêmio Nacional de Acessibilidade Web de 2012.

O que foi desenvolvido é um protótipo de alta fidelidade que está sendo aperfeiçoado. Ainda não há previsão de quando estará disponível aos usuários. A sigla CLAWS, apesar de formar uma palavra em inglês, significa ferramenta Colaborativa de Leitura e Ajuda a Web para Surdos."Escolhemos o nome CLAWS para fazer uma referência ao leitor de tela JAWS utilizado pelos cegos. Esperamos que nossa ferramenta faça bastante sucesso também", explica Martins.

A ferramenta
CLAWS é um plugin que pode ser utilizado no navegador da internet, não dependendo da ferramenta ou funcionalidade do site para prover conteúdo acessível. Em essência, ele é colaborativo, ou seja, depende da contribuição de seus usuários para funcionar. Essa característica foi pensada a partir de observações com um grupo de jovens surdos, o qual apresentou uma notável capacidade de colaboração.

A questão da dificuldade em ler e interpretar a língua portuguesa é resolvida pela utilização de um dicionário de palavras e uma galeria de imagens. Posteriormente, os usuários da ferramenta poderão acrescentar seus comentários nos significados do dicionário. É possível optar pela interpretação da linguagem de sinais realizada por um avatar em 3D, que permite a troca de personagens. Presença de legendas sincronizadas em vídeos e no avatar, controle de velocidade do avatar e a possibilidade aos usuários de anexar vídeos, também são características que, por enquanto, compõem a CLAWS.

Método de pesquisa
As singularidades da comunidade surda exigiu que Martins aprofundasse seu conhecimento sobre ela antes que o instrumento virtual pudesse ser elaborado. Para isso, houve inicialmente um estudo bibliográfico sobre os dispositivos móveis, não-móveis e da vida diária para os surdos, apreensibilidade de informação, entre outros.

A segunda parte da pesquisa consistiu em analisar outras interfaces existentes para surdos. Foram selecionadas 14 delas para buscar diversidade de soluções. A partir disso, Martins elaborou um benchmarketing que permitiu ver os padrões de interação nas interfaces para surdos. Benchmarking é, resumidamente, a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior.

Em seguida, o engenheiro elaborou algumas hipóteses que deveriam ser comprovadas, ou não, por meio de entrevistas pilotos e pesquisa de campo. Nessa fase, pessoas com deficiências e 17 alunos de um programa de aprendizagem profissional para surdos do Colégio Rio Branco, constataram, entre outras coisas, que apenas uma das hipóteses de Martins estava incorreta. O pesquisador contou com a ajuda da intérprete Andréa Venancino na comunicação com os surdos. "Fazer as entrevistas e a pesquisa de campo foi extremamente importante para entender as necessidades dessa comunidade. A concepção de uma solução só faz sentido dessa forma, pensando em quem vai usar. Seguimos o lema: nothing about us without us [nada sobre nós, sem nós]."

Considerações e expectativas
As combinações de soluções da CLAWS apresentam maior potencial de interação da pessoa surda com a internet do que ferramentas que segmentam suas funções. Martins menciona que há dez contribuições concretas da CLAWS. Entre elas, a capacidade de reunir as tecnologias que vêm sendo desenvolvidas para a comunidade surda, possibilidade de legitimar essa comunidade, estudar as barreiras encontradas pelos surdos e incentivar a produção de conteúdo para esta comunidade ao lançar uma ferramenta que inclui a participação desse grupo.

Origem
No Brasil, há, aproximadamente, mais de 9 milhões de surdos, segundo dados do Censo Demográfico de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desconhecimento da realidade dessas pessoas foram as principais motivações do engenheiro. Segundo Martins, a legislação não evidencia de forma apropriada o surdo e, mesmo na USP, há poucos estudos que contemplam essa realidade.

Poucos sabem da cultura surda, que é diversificada, possui o uso de uma linguagem de sinais, tem uma alta capacidade colaborativa dentro da comunidade surda e apresenta baixo domínio do português escrito. Além disso, as distinções presentes na própria linguagem de sinal podem ser comparadas à existência de vários dialetos. Quanto ao baixo domínio do português escrito, isso pode ser explicado pelo fato de o português ser apenas a segunda língua dos surdos, já que a forma primária de comunicação é por sinais. "Todos acham que o surdo lê o que está escrito no português, mas não. Isso é um mito. Para os surdos é como se tudo estivesse escrito em outra língua."

Mais informações: email stefanomartins@gmail.com, com o pesquisador Stefan José Oliveira Martins
Fonte: Agência USP de Notícias 

Inclusos e os Sisos 5.200 pessoas assistiram o espetáculo- na 7ª circulação do grupo.



Inclusos e os Sisos
"Essa parceria que nos trouxe aqui para esta sétima circulação é muito importante. Pois envolve o governo, Ministério da Cultura; uma empresa com uma amplitude nacional muito forte, com capilaridade, que é a Vale; e uma instituição da sociedade civil que é a Escola de Gente. Então, nós temos, de fato, uma parceria sistêmica, intersetorial, pela inclusão. Este é o segredo para que consigamos ter um Brasil inclusivo. Um Brasil, onde os Direitos Humanos sejam garantidos para todo e qualquer humano, não importa de que modo essa pessoa fale, ande, ouça, não ouça, tenha um intelecto que vá mais devagar ou mais depressa, não importa em que condição humana se apresente, ele é sujeito de todo e qualquer direito humano e fundamental".Claudia Werneck, fundadora da Escola de Gente

Com o patrocínio da mineradora Vale, via lei de incentivo fiscal do Ministério da Cultura, o grupo Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade levou o espetáculo Ninguém Mais Vai ser Bonzinho -Em Esquetes a cerca de 5.200 pessoas de quatro regiões do país (norte, nordeste sudeste e centro-oeste), sendo 272 com algum tipo de deficiência. As 24 apresentações da peça contaram com todas as medidas de acessibilidades: tradução simultânea para Libras, audiodescrição, legendas eletrônicas, visita guiada ao cenário e programas em braile, além de reserva de assentos e atendimento prioritário a pessoas com deficiência. O grupo passou por São Luís (MA), Parauapebas (PA), Belém (PA), Corumbá (MS) e encerrou a circulação em Vitória, com espetáculos para plateias desta cidade e também de Serra (ES). Além das apresentações, a Escola de Gente ofereceu quatro Oficinas de Teatro Acessível, que contaram com 89 pessoas em suas dinâmicas, que incluem a encenação de esquetes com a temática da diversidade.

Foram aproximadamente 15 mil quilômetros percorridos nesta sétima circulação do grupo. Secretarias de Educação, mais de 30 escolas, mais de 20 projetos/organizações sociais e empresas foram mobilizados/as, totalizando mais de 70 parcerias para assistir ao espetáculo e participar das Oficinas de Teatro Acessível. A circulação foi notícia por todas as regiões por onde passou e durante o mês da circulação, a Escola de Gente teve 75 inserções na mídia.

O último destino da circulação foi o estado do Espírito Santo, que recebeu oito apresentações com recorde de público - 1.650 pessoas foram mobilizadas, vindas principalmente dos municípios de Vitória e Serra. Na plateia, estudantes, jovens, representantes de instituições e governo se divertiram com esquetes que mostram situações de preconceito para sensibilizar e promover o conceito de inclusão.

Entre as esquetes apresentadas, uma ilustra a situação de preconceito praticado por diferentes membros de uma família - no caso, a fictícia família Abigovich. Para Misael Figueiredo da Rede ALSA (Associação Lar Semente do Amor), essa é uma das possíveis origens do preconceito. "Devido à educação familiar ou de exemplos de preconceito, acaba-se tendo preconceito também", explica Misael.

Para o gerente de Comunicação da mineradora Vale em Vitória (ES), Maurício Gonzales, essa forma leve se falar sobre preconceito é um ótimo meio de mobilização. Ele ressaltou que a própria empresa já busca essa inclusão no trabalho, garantindo acessibilidade a todos/as para uma participação em igualdade de condições. A coordenadora das Ações para a Pessoa com Deficiência da Secretaria de Assistência Social, órgão da Prefeitura de Vitória, Mariana Reis, também achou que a temática foi bem abordada e pretende convidar o grupo para voltar ao Espírito Santo. Ela, que é cadeirante, considera fundamental que haja medidas de acessibilidade na comunicação: "Acho que esse é o caminho para promover a acessibilidade para além de rampas e banheiros.", explica a coordenadora que tem trabalhado na Lei Rubem Braga (Lei 3730/ 1991) para incluir a contratação de audiodescritores/as e intérpretes de LIBRAS para espetáculos, tal como já é prevista a de outros profissionais, por exemplo, iluminador/a, operador/a de som, etc.

"A audiodescrição ajuda a perceber o que acontece e foi muito bem sincronizada, não atrapalha as falas.", disse a psicóloga da Estação Conhecimento, Anaíde Leal, que tem baixa visão. A psicóloga pôde, além de escutar a audiodescrição das cenas, conhecer, tatear, fazer a visita guiada ao cenário. Apesar de toda a mobilização, implementação de leis e outras campanhas em prol da diversidade, Anaíde acredita que a razão de ainda existir preconceito é porque as pessoas não sabem lidar com as outras que têm alguma deficiência.

A peça, que é voltada para o público jovem, busca informar e deixar um legado também para as próximas gerações. "O espetáculo traz a mensagem de diversidade, respeito e unir essas duas coisas (arte e conscientização) é fantástico", afirma o Procurador do Ministério Público do Trabalho, Djailson Martins Rocha, que considera fundamental uma mobilização permanente.

Fonte: Escola de Gente

Cego, brasileiro destrói limites, surfa em Pipeline e ganha telas de cinema.


Derek Rabelo, que já dividiu ondas com gente como Kelly Slater, Gabriel Medina e Mick Fanning, será o protagonista do documentário 'Além da Visão'


Bruno Lemos viu aquele menino com deficiência visual entrar em uma igreja no Havaí e lamentou. “Eu pensei: ‘Que pena um rapaz cego aqui, não vai conseguir ver e curtir a beleza local’”, relembra. Mas não demorou para que o garoto provasse que sabia aproveitar aquele pedaço de paraíso como ninguém. Apresentado ao capixaba Derek Rabelo por amigos em comum, o fotógrafo se impressionou com a história daquele jovem de 17 anos que lutou contra o preconceito para aprender a surfar. Anos mais tarde, depois de ter dividido ondas com gente como Kelly Slater, Gabriel Medina e Mick Fanning, o rapaz é o protagonista do documentário "Além da Visão", que está sendo filmado por Bruno e por Luiz Werneck, ainda sem data para estrear.
A história de Derek conquistou o mundo do surfe rapidamente. O menino, hoje com 20 anos, nasceu cego em Guarapari, filho de um casal apaixonado pelo esporte. Tanto que recebeu seu nome em homenagem ao havaiano Derek Ho, campeão mundial em 1993. E, com o tempo, foi perdendo o medo do preconceito para que pudesse realizar o sonho de aprender a surfar.
Derek Rabelo surfe (Foto: Divulgação)Derek Rabelo em uma das cenas do documentário: capixaba venceu preconceitos para surfar (Divulgação)
- Eu sempre morei perto da praia, minha família toda surfava. Chegou um momento da minha vida que eu quis surfar, quando tinha 17 anos. Eu sabia que a galera estava indo surfar e ficava na vontade. No início, foi meio complicado, estressante. Eu tentava surfar todo dia, o treinador ficava sempre à disposição. A galera me dava muita força, incentivava. E eu consegui – disse o surfista, em entrevista por telefone.
Derek Rabelo surfe frame (Foto: Reprodução)Derek: ajuda para pegar a onda (Foto: Reprodução)
Foi quando começou a nutrir sonhos maiores. Incentivado pelo amigo Magno Oliveira, um dos principais nomes do bodyboard nacional, Derek quis conhecer o Havaí. Melhor: queria surfar a Pipeline, conhecida por ser uma das maiores e mais perigosas ondas do mundo. Tirou o visto americano e embarcou. E, mesmo em um lugar por vezes avesso a surfistas estrangeiros, conquistou a confiança e a simpatia local para atingir um feito até então impensável.
- Pipeline foi a benção de Deus na minha vida, fiquei “amarradão” em fazer isso. Foi uma situação muito diferente, água quentinha, altas manobras. O pessoal do Havaí me deu muita força, gostaram da minha história e deram paz para que eu pudesse surfar a Pipeline. Foi um momento muito maneiro também - explica Derek, que precisa da ajuda de outro surfista para orientá-lo, gritar e empurrá-lo na hora exata de entrar na onda.
Derek Rebelo Bruno surfe (Foto: Divulgação)Derek e o fotógrafo Bruno (Foto: Divulgação)
Derek ganhou as páginas dos jornais e foi protagonistas de matérias na televisão havaiana. Sua história circulou o mundo e ganhou fãs de peso, como Slater e Fanning, que logo quiseram conhecer o "brasileiro cego que havia surfado a Pipeline".
Foi nessa época que Derek se encontrou com Bruno. O fotógrafo, que se mudou para o Havaí em 1991, aos 21 anos, se impressionou com a força do menino. E, já com a ideia de se arriscar pelo cinema, pensou em “adotar” o capixaba como protagonista de seu documentário. Chamou o amigo Luiz Werneck, já com experiência cinematográfica e na televisão, e começou a gravar em locações como Rio de Janeiro, Espírito Santo e, claro, Havaí, mesmo sem garantias de lançamento. Lançou um vídeo de pouco mais de três minutos no "You Tube", que, em poucas semanas, teve mais quase 500 mil visualizações. O que o motivou a dar sequência ao projeto, que já tem um trailer, com depoimentos de gente como Carlos Burle, Evandro Mesquita e Gabriel, o Pensador (clique aqui para assistir).
- Quando nós colocamos o Derek na frente da câmera e começamos a entrevistá-lo, vimos que a sua história era realmente incrível e achamos que tínhamos em mãos um grande potencial para fazer um bom documentário. Mas o filme não poderia ser somente sobre ele. Resolvemos, então, tentar mostrar um pouco de como os deficientes visuais “enxergam” o mundo e como eles vivem. Mas, ao mesmo tempo, não queríamos fazer nada muito “profundo” ou “melancólico”. Queríamos fazer algo alegre e que pudesse vir a motivar e servir de exemplo para todos – disse o diretor.
Derek Rebelo Gabriel Medina Scooby (Foto: Divulgação)Derek na água ao lado de Medina e Pedro Scooby (Foto: Divulgação)
Nos últimos dias, a equipe aproveita a etapa de Trestles do Mundial para gravar mais algumas cenas. Derek, inclusive, participou da transmissão via internet do campeonato. Conversou com o ídolo Taj Burrow e ouviu uma série de elogios do australiano.
- Ele é muito mais talentoso que eu. Está conseguindo coisas sensacionais, merece muito estar onde está e ainda mais – disse o surfista.
Derek Rabelo surfe (Foto: Divulgação)Derek Rabelo também anda de skate e de
bicicleta (Foto: Divulgação)
Derek, então, fez o pedido:
- Quero dividir uma onda com você – falou o garoto.
Bruno espera que a história de Derek possa incentivar outros meninos, com ou sem problemas a praticar esportes.
- Na verdade, no início, nós imaginamos que isso seria uma das coisas principais que iriam acontecer. Mas com o passar do tempo , percebemos que o “ efeito Derek” estava atingindo todos os tipos de pessoas, independentemente da idade, da classe social. O que mais vimos até agora foram pessoas “normais”, atletas, pessoas famosas, virem até nós para dizer que ficaram extremamente tocados e motivados a realmente tentar mudar de atitude em relação à maneira que eles vivem e da maneira que enxergam a vida.
Os diretores, no entanto, ainda esperam apoio para finalizar o projeto. Bruno tem, inclusive, a cena perfeita para encerrar o documentário.
- É o meu primeiro filme como diretor. E eu quero um final bem emocionante. Estamos tentando fazer sem orçamento até agora, só nos preocupamos em contar a história. Mas estou tentando trazer os pais dele para Pipeline. Queria que eles o vissem entrando em Pipeline. Sempre sofreram muito com discriminação. Tiveram problemas para colocá-lo na escola, em campeonatos de surfe. Foi uma vida sofrida. E os dois gostam muito de surfe. Tanto que deram o nome dele em homenagem ao Derek Ho, que participa do filme. Queria colocá-los na mesma onda em Pipeline, com os pais vendo. Seria um final legal – afirmou o diretor.
Derek Sara Bentes surfe (Foto: Divulgação)Derek ensina surfe à cantora cega Sara Bentes (Foto: Divulgação)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Leitores do site Sentidos contarão com coluna mensal escrita pela Page PCD.



Parceria
É com muito orgulho que anunciamos uma nova parceria, já para o mês de setembro, entre o site Sentidos e a Page PCD, consultoria do Grupo Michael Page com foco no Recrutamento e Seleção para pessoas com deficiência. O melhor de tudo isso é que você, leitor, é quem sairá ganhando nessa história.

A Page PCD terá uma coluna mensal no site Sentidos. O objetivo principal dessa parceria é passar dicas sobre processos seletivos, comportamento de mercado, entre outros, ou seja, tudo o que vocês, nossos leitores, precisam saber para se destacarem em um processo seletivo.

Com o intuito de deixá-los cada vez mais preparados para o mercado de trabalho, todo mês um novo tema será abordado nessa coluna, sempre baseado na expertise adquirida ao longo de anos de mercado da Page PCD e do Grupo Michael Page. Além disso, essa coluna será um canal que aproximará nossos leitores das melhores oportunidades do mercado, tendo em vista que a Page PCD possui hoje em seu portfólio de clientes grandes Players dos principais setores da economia.

Esperamos atingir as expectativas de vocês e ficaremos muito felizes em receber um feedback com opiniões e sugestões.

Boa leitura!

Bruno Aga
Marketing Analyst

Tecnologia Recursos ajudam pessoas com deficiência a entrarem no mercado de trabalho.



Tecnologia pode liberar força de trabalho, até então, subutilizada, de acordo com Hugh Herr, do MIT
Foto: BBC
Tecnologia
Enquanto o mundo celebra as extraordinárias conquistas dos atletas paraolímpicos nos jogos de Londres, pessoas com deficiência em todo o mundo enfrentam desafios cada vez mais sérios na luta por espaço no mercado de trabalho. As dificuldades físicas, aliadas ao preconceito e ignorância, ficam ainda mais difíceis de superar em tempos de recessão econômica.

Muitos acreditam que a tecnologia - que auxiliou tantos atletas durante as Paraolimpíadas - tem um papel importante em permitir que o portador de necessidades especiais brilhe também fora do Parque Olímpico, realizando seu potencial nas mais diversas profissões.

A BBC ouviu alguns dos profissionais trabalhando para isso.

Revolução Biônica
Um dos líderes na batalha para que a tecnologia abra os caminhos do mundo aos portadores de deficiências está o americano Hugh Herr, professor do Media Lab do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em Massachusetts, Estados Unidos. Ele acredita que os avanços da tecnologia biônica podem liberar o potencial de uma força de trabalho que, até agora, vinha sendo subutilizada. "Eu prevejo uma revolução de biônicos", disse Herr. "Estamos entrando em uma era biônica, onde começamos a ver tecnologia que é sofisticada o suficiente para imitar funções fisiológicas importantes".

Ele fala com convicção e tem boas razões para isso. Como diretor da companhia iWalk - que fabrica próteses robóticas que imitam as funções de membros do corpo humano - Herr trabalha com biônicos diariamente.

Além disso, o professor personifica a revolução que prevê. Durante uma mal sucedida expedição de alpinismo em 1982, Herr sofreu ulcerações tão graves provocadas pelo frio que suas pernas tiveram de ser amputadas abaixo dos joelhos. Hoje, graças aos produtos que ele próprio desenvolveu, Herr continua a praticar alpinismo.

As próteses biônicas que produz são tão avançadas que não apenas imitam as funções de uma perna humana normal - elas são, em vários aspectos, superiores. E estão disponíveis comercialmente em outros 50 centros espalhados pelos Estados Unidos.

Um cliente da iWalk, um trabalhador de fábrica de Ohio, conseguiu voltar ao trabalho apenas duas semanas após ter suas novas pernas ajustadas. "Podemos colocar as pessoas de volta no trabalho, o que é (uma conquista) imensa. Só isso custaria ao estado milhões de dólares". "Além disso, podemos reduzir ou eliminar gastos".

Herr explicou que, quando uma pessoa manca, há efeitos colaterais, como dor nas costas e nas juntas. E eles tendem a aumentar com o passar dos anos. "Tivemos pacientes cuja dor foi cortada pela metade, ou em 75%, o que é bastante"

Combatendo o estigma
Para alguns, no entanto, não se trata de retornar ao antigo emprego e, sim, de conseguir um trabalho. Barbara Otto é diretora da ONG Think Beyond the Label, uma entidade que tenta auxiliar empresas que desejam contratar pessoas com necessidades especiais. A ONG criou um portal digital que funciona como uma rede social, permitindo que empregadores e força de trabalho façam contato.

A entidade organiza, por exemplo, feiras online onde empresas e candidatos a empregos podem se encontrar. Com isso, Think Beyond the Label tenta romper o estigma que tantas vezes mantém pessoas com deficiência fora do mercado de trabalho. "A grande vantagem dessas feiras profissionais online é que não há necessidade de que as empresas viajem, e não há a necessidade de que as pessoas com deficiências viajem para um determinado local". "Isso rompe quaisquer inibições que um empregador possa ter, ou que uma pessoa portadora de deficiência possa ter, ao entrar em contato".

Otto acredita que empresas têm muito a ganhar ao empregar pessoas com necessidades especiais. "Sempre digo, se você quiser contratar alguém que pense diferente, empregue uma pessoa portadora de alguma deficiência". "Suas experiências diárias fazem com que procurem inovar". "Quando buscamos inovações em design, tecnologia ou em usos de softwares, pessoas com deficiências são sempre capazes de oferecer essa inovação que faltava porque precisam inovar na sua vida diária".

Acesso ao trabalho
Outra importante frente de batalha na luta para colocar pessoas com deficiência no mercado profissional é garantir a eles o acesso ao local de trabalho. "A tecnologia terá um papel central nesse processo", disse Alan Roulstone, professor de inclusão da Northumbria University, nas imediações de Newcastle, no norte da Inglaterra. Ele acredita que a grande estrela nesse palco são as tecnologias de navegação ambiental, ou sistemas de navegação por satélite adaptados para uso em prédios de escritórios.

"Tendo em vista a maneira como a telefonia e as tecnologias de GPS (Global Positioning Systems) estão se desenvolvendo, acho que é apenas uma questão de tempo para que você tenha apps para celulares que permitam que pessoas com deficiências visuais, declínio cognitivo ou dislexia naveguem pelo ambiente".

Críticas
Alguns observam com cautela a emergência de tecnologias capazes de nos levar além das fronteiras da natureza - particularmente no caso dos biônicos, que podem ser usados para aumentar as capacidades do corpo humano.

Essas questões não preocupam Hugh Herr, do MIT Media Lab. E ele explicou por que:"Existe tanta dor e sofrimento no mundo hoje por causa de corpos que não funcionam muito bem. A narrativa dominante é construir uma sociedade onde essa dor e sofrimento sejam reduzidos". "As pessoas, em geral, não acham que isso não seja ético". E acrescentou: "Eu não consigo ver um problema em irmos além do que a natureza pretendia. Nós já fazemos isso, com celulares, bicicletas, carros e aviões".

Fonte: BBC

Mobiliário adaptado Próvisão oferece curso em PVC para as áreas da saúde e educação.


Mobiliário adaptado
O Próvisão confirmou a realização do Curso de Mobiliário Adaptado em PVC. O curso tem como objetivo a produção de mobiliário adaptado para pacientes com disfunção neuromotora.

As aulas serão ministradas entre os dias 1º e 2 de dezembro e a as inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.hospitalprovisao.org.br. O objetivo do curso é capacitar os participantes na produção dos mobiliários criados em tubos de PVC que são uma alternativa aos mobiliários adaptados tradicionais que, muitas vezes tem o custo final muito alto.

Os tubos de PVC, frequentemente utilizado para ligações hidráulicas em residências, escritórios e indústrias, são leves, resistentes à chuva e ao sol e de baixo custo, o que facilita seu manuseio para a produção de equipamentos adaptados como por exemplo, cadeira 90 graus com bandeja traçada com fio, suporte para vaso sanitário, engatinhador, andador com suporte para tronco, apoio para banho, entre outros equipamentos.

A criação dessa nova tecnologia surgiu da necessidade em oferecer as condições de posicionamento favoráveis para prevenção de possíveis deformidades, além de facilitar o desempenho funcional nas atividades escolares, lúdicas, de lazer e de vida diária permitindo, desta forma, a inclusão da pessoa com deficiência.

Sobre o Centro de Reabilitação Próvisão
Primeiro serviço criado pela entidade para atender à população, o Centro de Reabilitação Próvisão tem como objetivo inserir o deficiente visual na sociedade por intermédio de serviços de assistência a saúde focados na prevenção, habilitação, capacitação e integração social. Dentro da Integralidade à saúde destaca-se a estimulação precoce, orientação e mobilidade, atividades de vida diária, estimulação visual e comunicação alternativa.
Destacam-se também outros serviços especializados de reabilitação assim como, os serviços da gráfica Braille, empregabilidade, centro poliesportivo com destaque para o gollball (modalidade paraolímpica específica para deficientes visuais).

Atualmente 168 pessoas com deficiência visual e suas famílias são atendidas na reabilitação.

Fonte: Alameda Comunicação

Inscrições abertas Seminário Mais Sustentável 2012. Participe e pratique ideias sustentáveis!


Inscrições abertas
A sustentabilidade é um jeito de fazer as coisas e tomar decisões levando em conta as pessoas, o lucro e o planeta. As Organizações que incorporam esses princípios asseguram o sucesso de seus negócios no longo prazo e, ao mesmo tempo, contribuem para o desenvolvimento das comunidades, para a criação de ambiente saudável e de uma sociedade mais rica e estável.

Nos dias 19 e 20 de Setembro, São Paulo será palco, mais uma vez, do Seminário Mais Sustentável 2012. Participe conosco e entenda como praticar a sustentabilidade na sua Organização.

Representantes de empresas, órgãos governamentais e instituição do Terceiro Setor estarão reunidos para debater tendências e apresentar caminhos que apontem para o fortalecimento institucional, desenvolvendo a capacidade de gestão e administração, sistematizando processos com foco em resultados, parcerias, e mobilização de recursos.

O Mais Sustentável 2012 construirá a ideia de Sustentabilidade com contornos de vantagem competitiva, em interação com os temas de gestão, captação e produtividade, criando uma orientação que garanta a sobrevivência e o crescimento das Organizações de médio e longo prazo.

O seminário contará com Painéis, Workshops , Conferências e Mesas Redondas com palestrante nacionais e internacionais

Inscrições Gratuitas: www.fenavape.org.br. Garanta já a sua participação! Vagas Limitadas!

Patrocínio: BID, FUMIN
Apoio: Microsoft
Realização: Fenavape

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sonnervig garante atendimento especializado com qualidade



Acesso Ford
A Sonnervig, revendedora da marca Ford, localizada na Avenida Dr. Ricardo Jafet em São Paulo, é totalmente acessível para quem se locomove de cadeira de rodas. A loja possui vagas de estacionamento reservadas, rampa de acesso e banheiro adaptado. Além do acesso garantido às instalações da concessionária, o cliente com deficiência também conta com um atendimento especializado, o Acesso Ford.

Através desse programa a pessoa interessada em comprar um veículo e tirar dúvidas sobre isenções de impostos recebe toda orientação necessária quando entra na concessionária e é atendida por uma equipe capacitada para o assunto. "Na Sonnervig começamos o trabalho de atendimento especializado no início deste ano juntamente com a auto escola Javarotti e com a Névia Isenções. Parceiros com anos de experiência no segmento da pessoa com deficiência", conta Marcello Paixão, do departamento de Vendas Corporativas da Sonnervig.

Sabe-se que para uma pessoa com deficiência adquirir um carro zero sem impostos leva-se algum tempo devido toda a burocracia com a papelada - emissão de laudo médico e a carta de isenções -, isso somado ao prazo de entrega do veículo pelas concessionarias que normalmente é de 90 dias. No entanto, o grande diferencial da Sonnervig é que a revendedora trabalha com antecipação de pedido.

"Quando o cliente chega aqui com a carta de isenções sabemos que ele já teve que esperar um bom tempo para obtê-la, então a ideia é fazer com que ele não precise esperar mais tempo ainda para sair dirigindo o seu carro após a compra do mesmo. Por isso, nós realizamos um trabalho interno junto a rede de distribuidores da marca Ford, que é um trabalho virtual. Normalmente trabalhamos com o estoque da fabrica, mas não necessariamente ela tem para pronta entrega o carro que o cliente escolheu. Então, verifico por exemplo, se a distribuidora do Amapá tem o carro que o cliente quer e vejo com ela se posso pegá-lo virtualmente para eu antecipar uma entrega. Em vez de 90, eu entrego o carro para o cliente em 45 dias", diz Marcello.

Segundo Marcello, o principal objetivo da Sonnervig é criar um diferencial com esse atendimento principalmente na qualidade de serviço oferecendo o que há de melhor no mercado automobilístico para seus clientes. "A Ford sempre teve a característica da marca que possui carros com ótimos acabamentos, silenciosos e com custo bem menor. A exemplo disso, temos o Focus que é a plataforma global da Ford, sendo o 4◦ carro mais vendido em 2011. Ele está disponível na versão Hatch e Sedan 2.0, automático, com suspensão independente, gerando estabilidade, conforto e segurança ao dirigir. Além disso, possui o Sistema de Comunicatividade (Bluethooth), ótimo preço com isenções, ficando bem abaixo da concorrência. É um carro mundial de alta confiança da Ford".

Além do Focus, Marcello adianta que a nova Eco Sport na versão automática, com lançamento previsto para novembro deste ano, também é um carro que irá superar todas as expectativas no que diz respeito a qualidade, conforto e preço.

Sonnervig
Endereço: Avenida Dr. Ricardo Jafet, 1283, São Paulo
Telefone:             (11) 2066-1070      
www.sonnervig.com.br

Genética Jovem teve três crianças com síndrome de Down.


Genética
A dona de casa paraibana Stephanie Paixão tem 26 anos e três filhos com síndrome de Down - uma situação bastante incomum, especialmente por conta de sua pouca idade. Apesar de ter tido o primeiro filho com Down aos 19 anos, Stephanie nunca recebeu aconselhamento genético para evitar que tivesse outras crianças com a síndrome.

Ela tem uma condição genética rara: possui uma translocação do cromossomo 14 com o 21, o que faz com que ela tenha 33% de risco de ter um filho com Down. Apenas de 3% a 5% de todos os casos de Down estão associados à translocação cromossômica.

O exame do cariótipo de Stephanie (que avalia o conjunto de cromossomos nas células) demonstrou que ela precisa de orientação genética caso queira ter outros filhos. O problema é que esse exame não é oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e só foi realizado após o nascimento do terceiro filho. Os custos (cerca de R$ 800) foram pagos pela Funad (Fundação de Apoio ao Deficiente), entidade vinculada ao governo da Paraíba, onde Stephanie faz o acompanhamento das crianças.

"Para prestarmos uma assistência adequada, era preciso saber por que a Stephanie teve três filhos com Down. O SUS não oferece esse exame, então a Funad resolveu oferecer. Só que essa é uma política de exceção, quando deveria ser coletiva", diz o médico Eduardo Borges da Fonseca, consultor da Funad.

Falhas
A história de Stephanie foi cercada por várias falhas. Ela engravidou aos 19 anos do primeiro marido. A gestação transcorreu normalmente, mas durante o pré-natal não foi submetida ao exame de translucência nucal - feito entre a 11ª e a 13ª semanas de gestação para descobrir se o feto possui alguma malformação ou síndrome genética.

Quando Sophia nasceu, Stephanie sequer sabia o que era síndrome de Down, por isso não se abalou quando soube que havia se tornado mãe de "uma criança especial". "Eu não tinha percebido nada. A médica me explicou o que era a síndrome, disse que ela teria de fazer fono, fisio, ir a psicólogos. Todo mundo chorou, mas eu não. Eu não entendia por que tanto desespero", conta.

A partir de então, ela passou a viajar mais de 100 quilômetros duas vezes por semana, indo até Campina Grande, onde Sophia recebia atendimento especializado. Nesse período, engravidou de novo. A notícia da segunda gravidez caiu como uma bomba - Stephanie estava se separando. Dessa vez, procurou um médico e perguntou: "Já tenho um filho com Down. Como faço para evitar que este também tenha?". E ouviu que a única possibilidade seria fazer o exame de translucência nucal e, se confirmada a síndrome, abortar. "Não abortaria de jeito nenhum. Então nem quis fazer o exame. Continuei meu pré-natal e só rezava para o bebê não ter nada mais sério."

Pietro nasceu em 2008 e, de novo, ela não recebeu orientação genética para planejar o próximo filho. Separou-se e se mudou para João Pessoa, onde deu continuidade ao tratamento dos dois filhos. Foi lá que conheceu Roberto, com quem se casou depois de seis meses de namoro. O casal queria filhos. "Sentia que nasceria com Down de novo. Ele dizia que não, porque ele tinha genética diferente do meu ex-marido."

Técnica
A essa altura, Stephanie já sabia que existia a possibilidade de fazer uma fertilização, com seleção de embrião sem a síndrome. Mas nunca cogitou a hipótese, pois não tinha dinheiro para isso. "Quando me tornei mãe de Down, passei a estudar. Nunca ninguém me explicou sobre como evitar. E o SUS não oferece o tratamento."

O casal engravidou e Stephanie comprovou seu "sexto sentido": Petrus, que hoje tem 7 meses, também nasceu com a síndrome. Após o parto, ela pediu para fazer laqueadura, mas o hospital recusou, alegando que ela ainda é "muito jovem".

Hoje Stephanie diz que lida melhor com o preconceito. "Já me perguntaram se meus filhos eram mongoloides. É muito difícil ouvir isso. Também tive dificuldades para colocá-los na escola. Fala-se muito em inclusão, mas as escolas não estão preparadas para atender essas crianças", conta a mãe.

A maior dificuldade, diz, é manter três filhos apenas com 1 salário mínimo que ela recebe de auxílio-doença do governo. Seu sonho? Que os filhos cresçam com saúde, estudem, casem e tenham filhos. "Quero a casa cheia de netos."

Fonte: UOL