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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dois pesquisadores de células tronco dividem o Nobel de Medicina


O japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon foram agraciados com o Nobel de Medicina 2012 por seus trabalhos que revolucionaram o entendimento de como as células se desenvolvem, anunciou a organização nesta segunda-feira (8).
O japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon foram agraciados com o Nobel de Medicina 2012 por seus trabalhos que revolucionaram o entendimento de como as células se desenvolvem, anunciou a organização nesta segunda-feira (8/10).
Os pesquisadores foram premiados por pesquisas complementares que \”descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes\”
O britânico John Gurdon, da Universidade de Cambridge, e o japonês Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, foram laureados nesta segunda-feira, 08, em Estocolmo (Suécia), com o Prêmio Nobel de Medicina. O anúncio foi feito às 12h locais (7h de Brasília) pelo Comitê Nobel.
Os pesquisadores foram premiados por pesquisas complementares que “descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes”, de acordo com Goran Hansson, secretário-geral do Comitê Nobel.
Gurdon, de 79 anos, descobriu em 1962 que a especialização das células é reversível. Numa experiência clássica, ele substituiu o núcleo celular e maduro de uma célula do ovo de uma rã pelo núcleo de uma célula intestinal madura. Esta célula do ovo modificada deu origem a um girino normal. O DNA da célula madura tinha ainda toda a informação necessária para desenvolver todas as células da rã.
Mais de 40 anos depois, em 2006, o japonês Ymanaka, de 50 anos, descobriu com as células maduras intactas em ratos podiam ser reprogramadas para se transformar em células-tronco imaturas. Surpreendentemente, ao introduzir apenas alguns genes, ele conseguiu reprogramar células maduras para que estas se transformassem em células-tronco pluripotentes — ou seja, células imaturas que conseguiram se transformar em todos os tipos de células do corpo.
“Essas descobertas revolucionárias mudaram complemente a maneira como vemos o desenvolvimento e especializacão celulares. Compreendemos agora que as células maduras não têm de estar confinadas para sempre ao seu estado especializado. Livros foram reescritos e novas áreas de pesquisas foram estabelecidas. Ao reprogramar as células humanas, os cientistas criaram novas oportunidades para estudar doenças e desenvover métodos de diagnóstico e tratamento”, disse Hansson.
*Repórter viajou a convite do governo sueco
Fonte: Estadão

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