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terça-feira, 30 de abril de 2013

A 12ª edição da Reatech realizada em SP recebeu um público de 50 mil pessoas.



Reatech 2013
De 18 a 21 de abril de 2013, foi realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, a 12ª edição da Reatech| Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade. O evento, promovido pelo Grupo Cipa Fiera Milano, é considerado a maior manifestação do segmento na América Latina. Em quatro dias, a feira recebeu um público de 50 mil pessoas, entre visitantes e profissionais da área de saúde e educação.

A Reatech 2013 contou com 300 expositores em uma área de 35 mil m2 e reuniu agências de emprego (com mais de sete mil vagas voltadas às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida), instituições financeiras, fabricantes de cadeiras de rodas, departamentos de recursos humanos, aparelhos auditivos, equipamentos de tecnologia assistiva, materiais hospitalares e de higiene pessoal, próteses e órteses, terapias alternativas, turismo e lazer e ONGs.

Durante a cerimônia de abertura do evento, a diretora de Marketing do Grupo Cipa Fiera Milano, Malu Sevieri, disse que a feira ganha cada vez mais força e influência na vida das pessoas com deficiência. Também, falou sobre a expansão da feira em territórios estrangeiros. "Este ano o projeto da Reatech aconteceu em Cingapura, em outubro acontecerá em Milão, na Itália e em novembro, em Istambul, na Turquia. Em 2014, a Reatech estará em mais dois países, Joanesburgo, na África do Sul e Guadalajara, no México. É a primeira vez que uma feira coordenada pelo Brasil é exportada", orgulha-se.

As inovações de tecnologia assistiva foram uma das grandes atrações da feira: produtos de comunicação alternativa para computador acionado pelos olhos; soluções para tablets e smartphones que possibilita a comunicação com pessoas com deficiência; campainha inteligente para surdos; aparelhos auditivos de última geração; aplicativo móvel que traduz fala para Libras - Língua Brasileira de Sinais, entre outros.

Outro forte atrativo foi a vasta programação cultural, com o Cinema Inclusão que disponibilizou menu acessível, janela de LIBRAS, subtitulação e audiodescrição; Túnel Sensorial, onde os participantes, com vendas nos olhos, entravam num túnel inflável que dispunha de diversos recursos sensoriais, além das atividades como teatro, dança e música. Também, o projeto Musicais Diferenças, dedicado à inclusão através da música, mostrou clipes gravados por alunos com deficiência, que fazem música com instrumentos e tecnologia assistiva.

A arena esportiva, com espaço de 2.000 m2, apresentou campeonatos e exibições de jogos adaptados para pessoa com deficiência. Além das modalidades clássicas, como basquete em cadeira de rodas e atletismo, bocha paralímpica, tiro com arco e atividades paradesportivas. Para completar a programação, os visitantes também puderam se divertir com pista de test drive de veículos adaptados, área para equoterapia/ pet terapia e palco com show e desfiles.

Simultâneo a feira ocorreram seminários, workshops e oficinas com profissionais especializados e renomados, com diversas palestras e atividades voltadas para a temática da inclusão social e cultural das pessoas com deficiência.

A próxima edição da Reatech já tem data marcada: de 10 a 13 de abril de 2014.

Fonte: RM Press | Comunicação Estratégica

Solução inovadora Empresa israelense lança celular para pessoas com deficiência auditiva.


Solução inovadora
"Lighton" é uma solução inovadora desenvolvida pela empresa israelense DreamZon especificamente para pessoas com deficiência de audição. O celular avisa aos usuários quando uma ligação ou um SMS é recebido por meio de uma luz de LED brilhante, que continua piscando até que o usuário perceba a ligação e pegue o aparelho. O dispositivo se baseia em sensores especiais que captam unicamente as vibrações produzidas pelos celulares, ignorando as demais perturbações procedentes de fontes externas.

A base do dispositivo de apoio foi projetada especialmente para facilitar o uso da Língua de Sinais através de telefones móveis de vídeo. Não é necessário instalar o dispositivo: ele se alimenta apenas de pilhas, é portátil e fácil de operar. Os usuários podem levá-lo consigo a qualquer lugar, ou colocá-los em diferentes cômodos da casa ou do escritório. É extremamente seguro, fácil de usar e compatível com todos os telefones móveis que têm modo de vibração. Projetado para funcionar como um dispositivo independente, também pode ser conectado aos sistemas de sinalização de disparo externo e "wireless", o que permite uma melhor comunicação e qualidade de vida.

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada

Acesso à informação Biblioteca da UNESP de Marília inaugura serviço de inclusão e acessibilidade.


Acesso à informação
A Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Unesp, Câmpus de Marília, inaugurou dia 14 de março o Serviço de Inclusão e Acessibilidade à Informação (SIAI), projeto da Coordenadoria Geral de Bibliotecas da Unesp que possibilita o atendimento e o acesso às informações para pessoas com deficiência.

Os serviços oferecidos pelo projeto foram possíveis pelos esforços do Grupo de Acessibilidade da Rede de Bibliotecas da Unesp (GARBU) em parceria com o Laboratório de Acessibilidade e Desenvolvimento (LAD) de Araraquara. O acesso a toda informação presente na Biblioteca será possível por meio de "scanners de voz", softwares leitores de tela e outros equipamentos, bem como o treinamento adequado da equipe, que recebeu capacitação voltada para o atendimento prioritário. Na Unesp de Marília, essa capacitação foi realizada em parceira com o Departamento de Educação Especial da Unidade.

Na cerimônia de inauguração realizada na manhã do dia 14 de março, a diretora técnica de serviço de biblioteca e documentação, Vania Maria Silveira Reis Fantin, afirmou o empenho da Biblioteca em atender as diversas necessidades no acesso à informação. "A Biblioteca da FFC encontra-se empenhada em buscar sempre soluções que possam contribuir para o atendimento aos usuários especiais e com os quais esta Universidade tem compromissos de ensino, pesquisa e extensão e prestação de serviços", garantiu Vânia.

O diretor da Faculdade, professor José Carlos Miguel, também explicou a disposição da Unidade em cuidar das condições de atendimento a todos, preocupação inerente a qualquer instituição responsável. "Serviços como esses devem ser prestados em toda e qualquer instituição responsável e a Unesp deve sim trabalhar para resolver as demandas de acessibilidade em toda a Universidade", comentou Miguel.

O serviço é destinado às pessoas com deficiência, da comunidade interna e comunidade externa da Unesp, respeitando o regulamento de cada biblioteca. Os usuários, uma vez cadastrados no sistema da biblioteca e comprovando a deficiência, poderão utilizar os equipamentos específicos para manejo e leitura de documentos. Também poderão fazer uso de uma senha pessoal e intransferível para acessar obras em uma Biblioteca Digital Acessível (BDA) que está em fase de estudo de implantação.

A coordenadora geral de bibliotecas, Flávia Maria Bastos, também participou da cerimônia de inauguração do SIAI e explicou que na visão da CGB, todos os usuários da comunidade unespiana e da sociedade tem direito de acesso à informação. "Estamos empenhados e dispostos a aperfeiçoar esta iniciativa, e principalmente nos unir a futuros projetos relacionados a inclusão e acessibilidade no contexto da Universidade", afirmou Flávia.

A escolha das bibliotecas a serem contempladas com os primeiros equipamentos foi baseada em estudo do anuário da Unesp, acerca do tipo, quantidade e localização das deficiências. Este estudo foi iniciado em fevereiro de 2012, onde se observou uma maior demanda de usuários com deficiência visual nos campus da universidade, caracterizando-se como prioridades na implantação do SIAI.

Fonte: Unesp de Marília/Luiz Gustavo Leme

Superação Programa de capacitação aposta na inclusão de pessoas com deficiência.


Superação
O Programa de Inserção Profissional (PIP), do Grupo BB e MAPFRE, inicia suas atividades de 2013, desta vez com foco nas pessoas com deficiência. Este é o sétimo ano de existência do programa. Por meio de uma parceria com a Associação de Pais e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (Apabb), o programa, que tem por objetivo oferecer capacitação profissional gratuita para jovens e adultos de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade, levará às pessoas com deficiência cursos de formação profissional e cidadania para inseri-las no mercado de trabalho.

Denominado "Superação", o projeto é dividido em módulos e tem duração de 2 meses. Todo o curso é ministrado por uma equipe de professores contratada para atuar exclusivamente no projeto e por colaboradores do GRUPO, voluntários no projeto, que participam das aulas contribuindo com o seu conhecimento e ministrando palestras sobre os desafios e oportunidades do mercado de trabalho.

"O objetivo é simular, da forma mais real possível, a vida coorporativa e a diversidade do ambiente de trabalho", explica Fátima Lima, executiva de Sustentabilidade do GRUPO BB e MAPFRE.

Dinâmicas, leitura de material, debates, trabalhos em grupos e visitas a empresas e locais para fixação do conteúdo de cada módulo são algumas das técnicas aplicadas durante o programa de capacitação. Após a finalização do curso, os candidatos são avaliados e encaminhados para o RH do BB e MAPFRE e para bancos de emprego como a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, do Governo do Estado de São Paulo que também é parceira do programa.

Seja para uma vaga efetiva, estágio ou aprendiz nas empresas, bem como atividades de geração de renda, todo o processo terá acompanhamento efetivo do Assistente Social do Núcleo Regional da Apabb. Fica a cargo da Apabb, ainda, o trabalho de sensibilização dos novos profissionais com os colaboradores da empresa, facilitando a inclusão da PCD no ambiente de trabalho.

"O Programa de Inserção Profissional é uma iniciativa que busca despertar o talento de jovens, reciclar o conhecimento de adultos que já conhecem o mercado de trabalho e atuar de forma responsável com a inclusão social e profissional de pessoas com deficiências. A mistura de gerações agrega ainda mais valor à experiência", afirma Fátima Lima, diretora de sustentabilidade do Grupo BB MAPFRE.

Os interessados em participar do programa devem ter Ensino Médio completo e enviar um e-mail para pip@bbmapfre.com.br com o seu currículo atualizado e uma redação com o tema "Quem sou eu".

Fonte: CDN Comunicação Corporativa

Família adota crianças com deficiência e prova que o amor vence tudo.

Álbum de família
Caro (a) leitor (a),
Conheça a linda e emocionante história da família Dennehy.
A matéria abaixo foi extraída do site hypeness.
Por Vicente Carvalho
As famílias contemporâneas são quase sempre formadas por filhos únicos, ou no máximo mais um irmão. Mas a família Dennehy é constituída por crianças especiais, que têm alguma deficiência – umas mais evidentes outras não, mas todos têm em comum um grande sentimento de amor incondicional que emana deles, principalmente dos pais, que sentem-se realizados e agradecidos por terem decidido adotar essas crianças quando ninguém mais queria.
As dificuldades foram muitas. Alguns diziam que eles não conseguiriam cuidar de crianças com deficiência, pois não tinham experiência quando chegaram em casa com o primeiro filho não-biológico em meados de 1993, chamado George, (eles tem mais 3 filhos biológicos que haviam ido estudar fora de casa em faculdades). Esse menino nasceu sem as mãos e não tinha bons cuidados no país onde nasceu, Romênia. “Mas quando vi aquela criança que precisava de cuidados tão especiais eu não resisti” contou a mãe Kate. E esse menino estava destinado a uma vida realmente especial: ele aprendeu a tocar violoncelo, guitarra, baixo e piano com os pés.
Os outros também mostram excepcional habilidades que sobrepõem sua deficiência. No vídeo abaixo, vemos uma família unida, sorridente, brincalhona, e que não mede esforços para cruzar o oceano, enfrentar burocracia, arrumar recursos e adotar crianças especiais, aprendendo no dia a dia como é que seu cuida e enfrenta as situações cotidianas dos seus filhos, com uma fórmula simples: amor incondicional. E Jon (o pai) completa: “Eu levei décadas para entender que não há nada material que você possa comprar que te trará verdadeiramente paz e felicidade.” E vendo essa família Dennehy, nós temos mais certeza disso.

família Dennehy
família Dennehy
família Dennehy
família Dennehy

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Como abordar o preconceito com as crianças.


Antes de educar os filhos, pais devem rever os próprios valores e aproveitar situações cotidianas para debater o problema
Um garoto negro, de 6 anos de idade, é retirado à força de um restaurante de São Paulo após ser supostamente confundido com um menino de rua . A cena descreve uma situação recente, ainda sob investigação, e ilustra uma realidade alarmante em um país em que a diversidade – social, étnico-racial, de gêneros, territorial, entre outras – ainda não é compreendida como algo positivo para a sociedade.
Em 2009, uma pesquisa sobre preconceito e discriminação foi realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em 501 escolas públicas de 27 estados brasileiros. O estudo, que envolveu alunos, professores e pais, revelou que 99,9% dos entrevistados preferem manter distância de algum grupo social específico. 96,5% dos entrevistados expressaram preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 87,5% socioeconômico e 87,3% com relação à orientação sexual.
Para a pedagoga Lucimar Rosa Dias, doutora em diversidade étnico-racial e infância e consultora do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade, os dados são indicadores claros de que o combate a esse quadro depende também de uma ligação sadia entre escola e família. “Não dá para esperar uma sociedade sem preconceito se não há compromisso com isso”, diz. “Educar para a diversidade não tem dia, nem hora. É essencial conversar, mostrar, dizer o que está errado. E nunca subestimar a capacidade de compreensão da criança”, completa.
Abordagem clara
Em uma situação como a do garoto expulso do restaurante, silenciar ou não agir em defesa da criança é uma atitude condenável. Deparada com uma cena do tipo, a criança não é capaz de compreender que a falha não está nela, e sim no desrespeito e falta dignidade do outro.
Para entender o que aconteceu, é necessário falar claramente sobre um assunto tabu e explicar que há pessoas que são discriminadas ou sofrem violência por serem homossexuais, negros, nordestinos, deficientes, entre outros, ressaltando que todos são diferentes entre si e um indivíduo não pode ser classificado e julgado por uma única característica.
Isso é fundamental para fortalecer a auto-estima e os mecanismos de defesa da criança. “Sem apoio, a criança atribui a culpa e o desconforto a ela mesma, procurando defeitos para justificar a exclusão”, pondera Lucimar.
Revendo valores
Lidar abertamente com o preconceito sem recair sobre ele é um desafio que o mundo adulto deve encarar como um dever de extrema responsabilidade. “Valores sociais muito rígidos propiciam idéias pré-concebidas e não agem a favor da diversidade”, explica a psicóloga e terapeuta comportamental Denise Pará Diniz.
Isso quer dizer que não adianta nada proibir seu filho de brincar de casinha, ao mesmo tempo em que exige dele participação nas tarefas domésticas, nem justificar um comportamento agressivo de um colega pelo fato dele ter pais separados, nem atribuir às mulheres o título de péssimas motoristas, nem estabelecer que rosa é para meninas e azul para meninos. Os exemplos são infinitos.
“Precisamos ser críticos tanto em relação aos estereótipos que a cultura produz como em relação aos nossos próprios juízos sobre as demais pessoas. Não é um exercício fácil”, diz Ari Fernando Maia, professor de Psicologia da Unesp.
Mas esta tarefa difícil pode ser enfrentada em pequenos momentos do dia a dia. Desenhos, filmes, novelas, comerciais, vivências escolares: tudo que faz parte do cotidiano infantil é uma oportunidade para abordar o preconceito sem recorrer a situações artificiais.
“Se um negro ou deficiente passou por uma situação constrangedora na novela, por que não discutir o assunto? Ao demonstrar que determinada ação não tem cabimento, a própria criança vai construindo atitudes menos marcadas pelo preconceito”, diz a psicóloga Ângela Soligo, professora da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Fonte: Carla Hosoi, IG

Dançarina que perdeu pé no atentado de Boston quer voltar a dançar!!


Adrianne estava a pouco mais de um metro de explosão (Foto: BBC)
Adrianne estava a pouco mais de um metro de explosão (Foto: BBC)
“Espera aí, meu pé está doendo.” Foi isso que a dançarina Adrianne Haslet, 32, disse assim que percebeu que estava ferida instantes após a explosão de uma bomba na maratona de Boston, no último dia 15.
Ela e seu marido Adam Davis, um soldado da Força Aérea dos EUA que havia acabado de voltar do Afeganistão, estavam assistindo à competição próximos à linha de chegada. O atentado deixou três pessoas mortas e cerca de 264 feridas.
Em entrevista ao canal de TV ABC, do hospital Boston Medical Center, onde está sendo tratada, Adrianne afirmou que não percebeu instantaneamente que foi ferida.
“Não senti o calor da bomba. Apenas senti o ar se deslocando e, por isso, caí no chão”, contou.
Seu ferimento foi tão grave que os médicos tiveram de amputar seu pé esquerdo, uma perda devastadora para uma professora de dança.
Mesmo com a dor e o trauma recentes, Adrianne, que estampa a capa do jornal “Boston Herald” desta terça-feira (23), dá sinais de que não vai se deixar deprimir. “Com certeza, eu quero dançar novamente”, disse, convicta.
Foi a mãe da dançarina, Chauni Haslet, que teve de dar a notícia à filha. Quando acordou da anestesia, Adrianne notou que havia algo estranho em seu corpo.
Adrianne Haslet antes do acidente
Adrianne Haslet antes do acidente
“Meu pé parece adormecido. Tenho a sensação de que ele está caindo da cama”, disse para sua mãe.
Chauni apenas aproximou-se de Adrianne e disse, baixinho: “Querida, seu pé esquerdo… se foi.”
Ao jornal “Boston Herald”, Adrianne contou que no local da explosão, mesmo ferida e com o pé praticamente descolado de sua perna, ainda conseguiu dizer para o marido que o amava.
“Disse a ele que sentia muito que tudo isso estava acontecendo e que se aquela fosse a última vez que a gente estivesse juntos, que ele soubesse o quanto eu o amo. Depois, falei que iríamos passar por cima de tudo aquilo porque eu ainda não estava pronta para deixá-lo”, contou.
Além de voltar à pista de dança, Adrianne tem mais um objetivo a partir de agora.
“Não vou deixar alguém roubar minha vida. Então vou voltar a dançar e, no ano que vem, eu, que nunca fui uma corredora, planejo correr a maratona”, disse ao “Boston Herald”.
Fonte: UOL

Cláudia Rodrigues festeja volta ao teatro: ‘Minha doença não atrapalha’.


Claudia posa no intervalo do ensaio da peça 'Muito Viva': 'Estou voltando aos poucos, mas com muita garra'Atriz, que convive com a esclerose múltipla desde 2000, também pode ser vista na TV no programa ‘Zorra Total’.
Conviver com a esclerose múltipla é um eterno desafio para Cláudia Rodrigues, 41 anos. Não só pelo fato de a atriz ter que aprender a lidar com a doença – diagnosticada em 2000, e agravada em 2009, quando ela teve que cancelar as gravações de “A Diarista” – , mas também por ter que provar a todo o tempo que já está bem e pronta para encarar novos desafios profissionais.
No ar em “Zorra Total”, que grava esporadicamente, ela resolveu ser colocar em teste mais uma vez com a peça “Muito Viva”, que conta a história de uma empregada doméstica que trabalha na casa defamosos e anônimos e que não deixa passar nenhuma história dos patrões. A estreia está prevista para o dia 10 de maio, no Rio, e já tem apresentação marcada para o dia 17 do mesmo mês, em Salvador.
“Eu vinha numa rotina muito intensa de gravação. Precisei de um tempo para entender o que estava acontecendo e para fazer o tratamento. Já estou com alta médica há algum tempo e muito feliz com o ‘Zorra’ e com minha peça”, diz ela que ainda inclui em sua rotina exercícios de fisioterapia e os cuidados com a filha Iza.
“A maior lição que tirei disso tudo é que saúde é fundamental para sermos felizes”, disse ela ao EGO.
Como pintou o convite para estrelar ‘Muito Viva’?
“Muito Viva” surgiu da vontade que o Ernesto Piccolo e eu tínhamos de trabalhar juntos novamente. O Neco sempre disse que queria me dirigir no teatro. Então chamamos o Rogério Blat para escrever essa deliciosa comédia sobre a vida da Litinha, e o Ítalo Guerra, que divide a cena comigo fazendo 09 personagens.
Como está sua rotina por conta dos ensaios?
Acordo cedo, pego um pouco de sol, faço alguns exercícios de fisioterapia e vou ensaiar. Tenho me dedicado e me divertido muito.
Sua personagem na peça é uma diarista. O espetáculo já foi escrito assim ou você contribuiu com essa ideia?
A Litinha já existia muito antes da Marinete. O Ernesto conhece a Litinha desde a época de “Caça Talentos”, e sempre quis trazer ela para o palco.
Falando em ‘A Diarista’, você ficou marcada por causa da Marinete. Gostaria de voltar a vivê-la na TV?
A Marinete foi um estopim em minha carreira, ela me fez ficar mais popular, mas sou atriz e posso fazer muitas “Marinetes”. Sou funcionária da TV Globo e estou disposta a fazer qualquer personagem.
Como você se organiza também para gravar o ‘Zorra Total’?
Adoro gravar o ‘Zorra’. Tenho um carinho muito especial pelo Sherman (diretor do programa). Nunca tive problemas, sempre conseguimos conciliar os ensaios com as gravações.
Sente falta de um quadro ou um programa só seu na TV?
Sou atriz e amo meu ofício. Quero estar atuando sempre, seja num quadro, programa ou no teatro. Meu projeto atual é meu espetáculo “Muito Viva!”
Você ficou distante da TV por causa da sua doença (De 2009 a 2012). Precisou mesmo de todo esse tempo para se organizar diante da nova realidade ou foi um pouco colocada de lado por causa dela?
Eu vinha numa rotina muito intensa de gravação. Precisei de um tempo para entender o que estava acontecendo e para fazer o tratamento. Já estou com alta médica há algum tempo e muito feliz com o “Zorra” e com minha peça.
O quanto, de fato, a esclerose múltipla te atrapalha?
Hoje em dia em nada, estou levando uma vida normal, ensaiando, gravando e muito feliz.
Algumas coisas têm sido divulgadas sobre seu estado de saúde. O que de fato é verdade? Interna-se uma vez por mês para algum tipo de tratamento, por exemplo?
Fico triste de ver que ainda existam jornalistas que publicam notícias mentirosas, sem ter a menor noção do que estão falando. Tenho feito exames periodicamente que mostram que meu quadro é estável.
Arrependeu-se por ter falado sobre esse assunto abertamente? Acha que se tivesse mantido em segredo não teria sido tão prejudicada no campo profissional?
Não acho que fui prejudicada profissionalmente, só precisei de um tempinho para me tratar e agora estou voltando aos poucos, mas com muita garra e determinação.
Em contrapartida, muitos artistas dizem que, quando divulgam algum problema, ajudam outras pessoas com incentivo ou a buscar informação. Viveu esse lado também?
Com certeza, inclusive dei algumas palestras sobre o assunto.
Em meio a isso tudo, você ainda teve que cuidar da sua filha. Foi complicada essa dinâmica ou seu problema não afetou a relação de vocês? Sente que Iza amadureceu mais por causa disso?
Nossa relação é maravilhosa, a Iza é uma menina muito inteligente. Ela e minha mãe me ajudaram muito.
Qual a maior lição que tirou disso tudo?
Que a saúde é fundamental para sermos felizes.
Fonte: EGO

Veja o projeto arquitetônico de uma escola inclusiva.


projeto escola inclusivaEm escolas projetadas para todos, a altura do mobiliário, o espaço entre as estantes e as mesas, a localização de bebedouros, o tipo de piso, as cores dos ambientes e outros cuidados garantem  que as pessoas, não só com deficiência, possam se locomover com segurança e autonomia
Clique aqui para baixar o arquivo em PDF (visualização do projeto)
Fonte: Revista Nova Escola

sábado, 20 de abril de 2013

Visões de um cadeirante!


Eu sou um ser planetário porque meu corpo faz parte do meio ambiente, mas não sou pensada neste meio ambiente. A cada barreira arquitetônica, a cada adaptação feita só para cumprir papéis, percebo o quanto tenho razão. Os valores  sociais de uma cidade são refletidos na sua arquitetura, portanto podemos interpretar, através dessa ideia, o total desprezo que ela nos dá.
Vejo vagas para carros de motoristas deficientes sendo ocupadas por aqueles a quem não é pertinente. Ouço os guardiões das praças, logradouros e ruas justificando a falta de fiscalização, mas ao mesmo tempo me advertindo por atrapalhar o estacionamento reservado para as motos, mas tendo motos estacionadas nas vagas destinadas a mim. Vejo as guias rebaixadas sempre longe da porta do motoristaporque quem planeja essas obras acredita que a pessoa com deficiência estará acompanhada por um motorista e não que ela própria o seja. Vejo as portas dos comércios  e departamentos públicos com degraus intransponíveis para as rodas de uma cadeira. Vejo-me passar por constantes constrangimentos quando preciso digitar a senha de acesso do cartão de crédito e não poder alcançar a máquina que está colada bem acima de minha cabeça – enquanto a fila quer andar sinto-me obrigada a burlar a segurança e passar minha senha para terceiros.
Muitas vezes não tenho o direito de usar os banheiros disponíveis nos estabelecimentos porque estes não têm acesso para cadeirantes ou quando tem, é um banheiro unisex, universalizado como se minha condição não me desse o direito de ter meu próprio sexo. Vejo-me desapropriada do direito de estudar porque as escolas não adaptam com competência suas dependências; as rampas não tem a inclinação que me permita exercitar meu direito de ir e vir sozinha. Isso é muito comum em todo órgão publico; a alma do sistema se sente lavada mesmo sem haver disponibilizado adaptações que representem seus verdadeiros objetivos.
Vejo-me invisível diante dos altos balcões de atendimento quando sequer sou enxergada e ouvida pela atendente do outro lado. Vejo-me retida no direito de ser mãe quando não posso socorrer meus filhos porque a segurança dos hospitais acredita que duas vagas apertadas ou bem longe da entrada de acesso do pronto socorro resolvem o problema de cumprir a lei de acessibilidade. Vejo o descaso de bancos que tem vagas reservadas para motorista deficientes, mas não praticam nenhum critério resguardando-as para quem realmente interessa.
Busco apoio dos que compartilham das mesmas necessidades que eu e não encontro eco. Será que sou a única cadeirante consumidora, cliente de banco, dona de casa, mãe de família, estudante, público, fã, espectadora, motorista, cristã, paciente, freguesa, eleitora? Cadê todo mundo?
Gostaria de dizer que o relevo de nossa cidade não nos impede o manifesto de nossa cidadania e de nos comportarmos como agentes políticos e planetários que somos.
Fico indignada mesmo é quando vejo sorrisos compreensivos ou palavras de pseudo-apoio nessa minha jornada insólita, quando o que realmente falta é competência, competência essa que possibilitaria a pessoa com deficiência fazer parte da paisagem de cada cidade.

Feira Reatech: Tetraplégico escreve com os olhos e deficiente ouve via bluetooth.


Empresas mostram tecnologias para melhorar a vida de deficientes. Evento traz campainha para surdos e dispositivo que ‘traduz’ para o braille.
Além de dar voz a multidões, a tecnologia também pode dar a chance de deficientes auditivos ouvirem melhor e tetraplégicos escreverem.
Algumas dessas inovações deram forma a produtos, que mostrados na Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), que começou na quinta-feira (18) e termina no domingo (21), em São Paulo.
“Em vez de usar a tecnologia para ficar falando mal dos outros no Facebook, a gente faz a vida das pessoas melhor”, disse Daniel Bronzeri, da empresa Métodos Soluções Inteligentes, um dos 300 expositores do evento. “A tecnologia tem esse poder”, afirma.
Computador desenvolvido para pessoas com deficiências motoras executa tarefas ao rastrear o olhar dos usuários (Foto: Divulgação)
Computador desenvolvido para pessoas com deficiências motoras executa tarefas ao rastrear o olhar dos usuários (Foto:Divulgação)
Audiação via bluetooth
A companhia vai apresentar em primeira mão a campainha para surdos. Chamado de Vibra Bell, o aparelho acopla uma câmera instalada ao botão da campainha, funciona em conjunto com um aplicativo e é conectado à internet. Toda a estrutura foi desenvolvida sobre o sistema operacional Android, do Google.
Quando tocado, o dispositivo dispara uma foto, que é enviada para o app do serviço instalado no smartphone do surdo. Com isso, diz Bronzeri, é possível saber não só que há alguém na porta, mas também identificar o indivíduo. Segundo ele, a empresa trabalha em uma nova função que abrirá a porta à distância. “O aplicativo tem maiores possibilidades, como para pessoas que têm mobilidade reduzida.”
Deficientes auditivos também são o foco da Oto-Sonic. A empresa é distribuidora da fabricante de aparelhos auditivos Bonafon, criadora de um dispositivo que daria inveja aos fãs dos fones mais modernos. É um aparelho auditivo que se conecta por bluetooth a aparelhos eletrônicos, como TVs, telefones fixo e móvel, tablets, computadores e GPS.
Aparelho da Linha Braille Brailliant traduz os caracteres de telas de computador, celula e tablets para o Braille. (Foto: Divulgação)
Aparelho da Linha Braille Brailliant traduz os
caracteres de telas de computador, celula e tablets
para o Braille. (Foto: Divulgação)
Mesmo usando aparelhos, os deficientes auditivos possuem dificuldade para ouvir os sons emitidos pela televisão, computadores e GPS, conta Elizabetta Radini, fonoaudióloga responsável pelo Departamento de Audição da Oto-Sonic. “O som vai se propagando no ar e perdendo energia. Dependendo do tamanho da sala, o som chega baixo ou distorcido”, explica.
Já a complicação com celulares e telefones decorre porque o captador de áudio do aparelho auditivo fica em cima da orelha. “Não dá para ouvir e falar ao mesmo tempo.”
O aparelho funciona assim: um adaptador é ligado aos eletroeletrônicos que não possuem canal direto de bluetooth para conectá-los ao aparelho auditivo –celulares e tablets não precisam de intermediação. Por meio do bluetooth, o som vai direto ao ouvido. Para controlar o som e atender ligações, o usuário carrega uma espécie de controle, que também serve como microfone.
O aparelho começou a ser importado para o Brasil no ano passado e já é utilizado, conta Randini. “Temos um paciente que não atendia ligações. Hoje, ele brinca que é o telefonista da casa.” Outra paciente, uma médica, costumava assistir cirurgias no iPad, mas sem áudio. Agora, ela já pode ouvir os comentários dos cirurgiões durante o procedimento.
Outras tecnologias
A feira também apresenta produtos tecnológicos para tetraplégicos. A Civiam leva computadores e tablets para deficientes motores, que permitem digitar com os olhos. O sistema de rastreamento ocular identifica para qual tecla o usuário está olhando e a escreve na tela.
Deficientes visuais não foram esquecidos. Há aparelhos portáteis que leem textos por eles para depois lhes narrar o conteúdo e dispositivos traduzem os caracteres exibidos em telas de computador, celular e tablets para o Braille.
Homem utiliza aparelho auditivo com conexão via bluetooth a eletrônicos como TV e celular (Foto: Divulgação)
Homem utiliza aparelho auditivo com conexão via bluetooth a eletrônicos como TV e celular (Foto: Divulgação)
Serviço
O que é: Reatech 2013| XII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Quando: 18 e 19 de abril (das 13h às 21h) e 20 e 21 de abril (10h às 19h).
Onde: Centro de Exposições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5
Entrada: Gratuita
Mais informações: www.reatech.tmp.br
Fonte: G1

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pai de criança com Down luta por vaga em escola de Uberlândia


Caso vai para Justiça, que pede 20% de vagas para pessoas especiais. Seleção na Escola de EducaçãoBásica da UFU é feita por sorteio.
Pai luta para matricular filho com Down (Foto: Reprodução/TV Integração)
Pai luta para matricular filho com Down
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Em Uberlândia, o pai de uma criança com Síndrome de Down procurou o Ministério Público na tentativa de conseguir uma vaga na Escola de Educação Básica (Eseba) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ele questiona o processo de seleção da instituição, que é feita por meio de sorteio.
Em outubro do ano passado, o cabeleireiro Erinaldo dos Reis Ribeiro inscreveu o filho Luiz Eduardo, de 9 anos, em um processo de seleção, mas a criança não foi selecionada. “Eu faço a inscrição dele desde os 4 anos, mas ele nunca passou no sorteio”, disse.
Por causa da dificuldade, o pai decidiu procurar a Justiça, pois não concorda com legalidade do processo seleção da instituição. O caso chegou à Procuradoria da República e agora o MinistérioPúblico Federal quer a Eseba faça a matrícula de Luiz Eduardo. Quer também que, nos processos de seleção, a escola reserve pelo menos 20% das vagas às pessoas com necessidades especiais.
Porém, o juiz Bruno Vasconcelos, da 1ª vara de Uberlândia, negou a liminar e o procurador da República, Cleber Eustáquio Neves disse que vai recorrer. “Iremos ingressar com recurso perante o Tribunal Regional Federal e acreditamos que esta decisão vai ser revertida”, disse.
No processo enviado a Justiça, a escola de educação básica informa que existem oito alunos com necessidades especiais matriculados na instituição. Erinaldo disse que não vai desistir até encontrar um local de ensino onde o filho possa ter um melhor desenvolvimento dentro e fora de sala. “A luta não é só pelo Luiz Eduardo, mas para todas crianças especiais que estão precisando de ajuda”, afirmou o cabeleireiro.
Fonte: G1

Fotógrafo realiza sonho de criança que vive em cadeira de rodas.


Uma mudança de ponto de vista bastou para fazer Luka, de 12 anos, andar de skate, jogar basquete e nadar
Foto: Matej Peljhan
Foto: Matej Peljhan
O fotógrafo Matej Peljhan fez um ensaio fotográfico com o menino Luka, de 12 anos, para transformar seus sonhos em realidade. O garoto tem uma doença que não o permite realizar muitos movimentos e passou a maior parte de sua vida em uma cadeira de rodas. Como qualquer criança, ele queria brincar e fazer esportes. Uma mudança de ponto de vista resolveu o problema. Leia o relato de Matej e confira algumas fotos do ensaio, batizado de Pequeno Príncipe – em referência ao livro do francês Antoine de Saint-Exupéry.
“Essa é a história real de um garoto de 12 anos, chamado Luka, que sofre de distrofia muscular, uma doença que faz seu corpo ficar fraco e limita seus movimentos. Mesmo as atividades cotidianas como tomar banho, comer e se vestir só são possíveis com a ajuda de outras pessoas.”
Foto: Matej Peljhan
Foto: Matej Peljhan
“A única coisa que ele é fisicamente capaz de fazer são pequenos movimentos com os dedos. Eles o ajudam a pilotar o controle da sua cadeira de rodas, assim como segurar uma canetinha, com a qual ele faz desenhos em pequenos pedações de papel. São desenhos que libertam suas ideias e imaginação.”
Foto: Matej Peljhan
Foto: Matej Peljhan
“Ele tem consciência de seu destino, mas nem por isso desiste. Ele não quer que os outros tenham pena dele, quer ser positivo e se concentrar nas coisas que ele ainda consegue fazer.”
Foto: Matej Peljhan
Foto: Matej Peljhan
Há pouco tempo, durante uma de nossas conversas, ele expressou seu desejo de se ver em uma foto, andando por aí e fazendo todos os tipos de travessuras. À primeira vista, um pedido irrealizável, e o Photoshop não foi considerado uma possibilidade. No entanto, conseguimos! Só era necessário mudar nossa perspectiva. Luka sabe fazer isso. E ele nos desafiou a provar que também éramos capazes.”
Foto: Matej Peljhan
Foto: Matej Peljhan
Fonte: Revista Crescer

Portugal é exemplo europeu nas acessibilidades, garante Instituto Cidades e Vilas com Mobilidade


Matéria extraída do site PÚBLICO (Portugal)
De 2003, Ano Europeu da Pessoa com Deficiência, a 2013, o tema das acessibilidades foi objecto de vários programas. Resultados só agora começam a surgir.
Acessibilidade pode ser factor de competitividade, defende instituto. Foto: Daniel Rocha
Acessibilidade pode ser factor de competitividade, defende instituto. Foto: Daniel Rocha
No espaço de dez anos, Portugal passou de local onde “o tema [das acessibilidades] começava a florir” a “bom exemplo europeu”, mas tardam em aparecer no terreno os resultados dos sucessivos programas públicos e privados com vista à melhoria da mobilidade para pessoas com deficiência. Quem o assume é Paula Teles, presidente do Instituto Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM), responsável pelo livro Acessibilidade e Mobilidade para Todos, que é lançado em Lisboa esta quinta-feira. O trabalho dos municípios portugueses neste âmbito “ainda não é visível mas está a aparecer”, garante.
Tal como o PÚBLICO noticiou no domingo, quem se desloca em cadeira de rodas ou sofre de outro tipo de deficiência física depara-se ainda com inúmeras dificuldades na sua vida diária, seja no acesso a serviços, aos transportes ou simplesmente à via pública. Isto apesar de os centros cívicos de um terço das cidades portuguesas já serem plenamente acessíveis e, de 2008 até hoje, metade dos municípios (154) ter já começado a trabalhar em prol das acessibilidades para todos, aponta o livro.
Em 2003, lê-se no prefácio, “a sociedade civil ganhava força e preparava-se para o combate da democratização dos territórios e do direito à mobilidade”. Actualmente, Portugal é apontado como um exemplo de mobilidade a nível europeu.
Apesar de os resultados práticos ainda serem poucos, de acordo com o livro as boas práticas começam a surgir por todo o país. É por isso que a publicação apresenta 50 exemplos concretos que abrangem o trabalho de câmaras municipais, entidades privadas e comunicação social. A ideia é “mostrar com alegria, numa altura de crise, que temos ainda bons trabalhos em Portugal”, diz Paula Teles.
A crise é, aliás, para a responsável, uma oportunidade. “Algumas destas boas práticas são de baixo custo. Estamos a debater onde investir o nosso pouco dinheiro, vamos aproveitar para que tudo o que fazemos seja bem feito.” E, para o ICVM, foram bem feitas as requalificações urbanas de Valença, São João da Madeira, Palmela e Vilamoura, entre outras.
À procura de mais acessibilidade
“Estamos em baixo de forma e deprimidos” com a situação actual, explica a fundadora do ICMV, e este livro vem “criar adrenalina” na sociedade e “vai ser importante na campanha para as autárquicas”. Isto porque, acredita Paula Teles, o tema das acessibilidades vai estar presente na retórica política das candidaturas ao poder local. “Os municípios são muito importantes para [o desenvolvimento] [d]esta questão”, até porque, para além de um direito humano, a acessibilidade é hoje também um factor de competitividade.
“O turismo acessível está na ordem do dia. Temos dados que evidenciam que as famílias procuram municípios mais acessíveis”, explica Paula Teles, que é ainda presidente da Comissão Técnica de Acessibilidade e Design Inclusivo do Instituto Português da Qualidade (IPQ). Uma das boas práticas divulgadas no livro no âmbito do turismo é mesmo relativa ao IPQ e ao Turismo de Portugal, que têm colaborado numa Comissão para a Normalização no Domínio do Turismo.
Os 50 exemplos de práticas acessíveis apresentados em livro serão agraciados com um diploma em Maio, numa cerimónia a realizar na Fundação Serralves, no Porto. Além disto, o livro – que é co-financiado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação – conta também com 13 entrevistas a autarcas e outros responsáveis de entidades públicas e privadas e depoimentos. A cerimónia de lançamento decorre esta quinta-feira, às 17h00, na sede do Instituto Nacional para a Reabilitação, em Lisboa.
Fonte: Site PÚBLICO (Portugal)