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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Acompanhante de deficiente terá desconto em passagem aérea.


Acompanhante de deficiente terá desconto em passagem aérea

Anac determinou que empresas ofereçam redução de pelos menos 80% no valor.
Outras medidas devem mellhorar condição dos viajantes com necessidades especiais.

Uma norma publicada no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) restringe o preço que as companhias aéreas podem cobrar dos acompanhantes de passageiros com necessidades especiais. Segundo informações da Agência Brasil, as empresas que exigirem a presença de um acompanhante devem oferecer um desconto de pelo menos 80% do valor da passagem.

Além da resolução sobre os acompanhantes, a Anac publicou outras normas que estabelecem assistência diferenciada por parte das companhias aéreas e da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) nesta quinta-feira (14). Os passageiros com necessidades especiais deverão ter auxílio durante todo o trajeto da viagem, desde o momento da reserva até o destino final.

As pessoas que necessitam de assistência especial deverão informar a empresa quando fizerem a reserva ou com antecedência mínima de 48 horas. Equipamento de oxigênio deverá ser solicitado no mínimo 72 horas antes do vôo.

Os passageiros que utilizam cadeira de rodas ficarão acomodados em assentos especiais, junto aos corredores, localizados nas três primeiras fileiras. Além disso, a primeira fileira deverá ser utilizada prioritariamente por crianças desacompanhadas e passageiros com cão-guia que tenha vacinação comprovada.

A Infraero e as empresas aéreas deverão criar programas de treinamento para os funcionários de terra e de bordo. Os aeroportos deverão ter balcões de atendimento adaptados com móveis compatíveis à altura e à condição física de pessoas em cadeiras de rodas e as informações devem ser fornecidas em braile para os portadores de deficiência visual e na língua brasileira de sinas (Libras) em caso de deficiência auditiva.

As medidas impostas pela Anac devem ser implementadas até dezembro deste ano. O prazo vale também para que a Infraero disponibilize, nas áreas comuns dos aeroportos, telefones adaptados a deficientes auditivos, e para que as companhias façam o mesmo nas centrais de atendimento. Os cartões de informações de emergência em braile devem ser disponibilizados em um prazo mais curto, de quatro meses.

TSE aprova resolução que institui Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral.



Eleições
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na sessão administrativa na terça-feira (19/06), resolução que institui o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral, destinado ao eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida.

"Pretendemos, tanto quanto possível, dar atendimento a todos que precisarem. Já nestas eleições estamos trabalhando com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que vão tentar seguir exatamente o que determina essa resolução", afirmou a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, durante a sessão.

De acordo com a resolução, o Programa de Acessibilidade tem como meta a implantação gradual de medidas para remover barreiras físicas, arquitetônicas, de comunicação e de atitudes, sempre com objetivo de promover o acesso, amplo e irrestrito, com segurança e autonomia, de pessoas com deficiência ou mobilidade diminuída no processo eleitoral.

A resolução determina que os TREs e as zonas eleitorais organizem um plano de ação destinado a garantir a plena acessibilidade desses cidadãos aos locais de votação. Uma das finalidades é eliminar obstáculos dentro das seções eleitorais que impeçam ou dificultem que eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida votem. Além disso, o acesso desse eleitor aos estacionamentos nos locais de votação deverá ser liberado, sendo que as vagas próximas ao prédio em que ocorrer a votação deverão ser reservadas aos deficientes.

A resolução também prevê a celebração de convênios de cooperação técnica com entidades públicas e privadas responsáveis pela administração dos prédios onde funcionem seções eleitorais. Convênios também deverão ser firmados com entidades representativas de pessoas com deficiência, que poderão auxiliar no planejamento e no aperfeiçoamento da acessibilidade na Justiça Eleitoral.

O artigo 4º da resolução determina que as urnas eletrônicas, que já contam com teclas em Braille, terão de ser habilitadas com um sistema de áudio, e que os TREs terão de fornecer fones de ouvido nas seções eleitorais especiais e naquelas em que houver solicitação específica do eleitor cego ou com deficiência visual.

Já o artigo 5º do documento determina que os mesários deverão ser orientados pelo TSE e pelos TREs no sentido de auxiliar e facilitar o voto dos eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida. Deverão, inclusive, ser firmadas parcerias para incentivar o cadastramento de mesários e colaboradores com conhecimento em Libras.

O artigo 6º da resolução, por sua vez, prevê que os sites dos TREs sejam adaptados para garantir o pleno acesso das pessoas com deficiência visual e que o TSE firme parcerias para disponibilizar a legislação eleitoral em áudio.


Fonte: TSE

Em quadrinhos Mãe pede à editora Marvel a criação de um super-herói com deficiência auditiva.


Em quadrinhos
Nos Estados Unidos, para ajudar seu filho a compreender e convencê-lo a usar seu aparelho auditivo, Christina D'Alessandro, mãe do pequeno Anthony, pediu auxílio à editora Marvel para que criasse um super-herói com deficiência auditiva. O menino, de apenas quatro anos, se recusava a ir à escola com o dispositivo, pois alegava não existir nenhum personagem que o usasse. O editor Bill Rosemann respondeu prontamente ao pedido da mãe e criou o personagem Blue Ear.

Como os adultos, as crianças também podem apresentar problemas auditivos. Em alguns casos, a criança nasce com deficiência auditiva por intercorrências na gravidez da mãe, no parto, por herança genética e por consanguinidade. A perda auditiva também pode surgir durante o desenvolvimento do pequeno e ter sido provocada por infecções, como meningite, sarampo, caxumba e sífilis adquirida, por medicamentos tóxicos ao ouvido, pela exposição excessiva a sons fortes ou por traumatismo craniano.

"A questão nas crianças é mais complicada, pois elas não identificam suas dificuldades. É comum que, depois da descoberta da perda auditiva, a criança tenha resistência ao uso do aparelho já que seus colegas de escola não usam e não compreendem essa questão. Além da orientação e apoio junto aos pais e professores por profissionais da audição, aparelhos pequenos e com aspecto descontraído podem ajudar ou ser determinante no uso efetivo da prótese pelo pequeno", comenta a fonoaudióloga do Grupo Microsom, Maria do Carmo Branco.

Pensando no bem-estar, conforto e desenvolvimento da criança com perda auditiva, o Grupo trouxe recentemente ao Brasil o aparelho auditivo Moxi 3G, que mede apenas 2,3 centímetros. O produto possui diversas tecnologias, como a conectividade wireless, que possibilitam uma série de benefícios, entre eles escutar músicas de um tocador de MP3 e falar ao celular sem precisar estar com o telefone móvel próximo da orelha. A interação entre os aparelhos é possível porque o som que sai do equipamento portátil é enviado via Bluetooth para um acessório utilizado no pescoço do usuário (espécie de colar) e convertido para uma tecnologia que transmite as informações e pode ser usado por crianças maiores, principalmente para aquelas que gostam de ouvir música. Já o sistema SmartFocusT reduz o ruído e melhora a compreensão na fala no ambiente social.

O Grupo Microsom é uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas e a única em tecnologia para tratamento da gagueira. A companhia foi fundada em 1991 e oferece soluções de bem estar para pacientes com problemas auditivos.

Desde 1994, o Grupo Microsom é o distribuidor exclusivo da empresa canadense de aparelhos auditivos Unitron Hearing. Com o intuito de oferecer novas e melhores soluções para o bem-estar, desde 2008, a companhia comercializa o SpeechEasy, aparelho para tratamento da gagueira. O SpeechEasy é um discreto aparelho que promove a fluência em pessoas que gaguejam e que é adaptado a partir da necessidade individual de cada paciente.

Com a intenção de proporcionar um atendimento personalizado, o Grupo Microsom conta com profissionais altamente capacitados e oferece serviços diferenciados e especializados, em uma estrutura de primeira linha, com laboratórios equipados com os mais modernos recursos e ferramentas para confecção de moldes auriculares e aparelhos auditivos intra-aurais, além de uma ampla sala de assistência técnica, com equipamentos de última geração para avaliação, revisão e limpeza de circuitos digitais. [www.microsom.com.br].

Fonte: Revista Fator

Morosidade Burocracia emperra aquisição e troca de cadeira de rodas via SUS.


Morosidade
Duas famílias de São Bernardo vivem dificuldades que outras centenas da região passam neste momento: a burocracia na aquisição e troca de cadeira de rodas via SUS (Sistema Único de Saúde).

No Grande ABC, de acordo com o Ministério da Saúde, a referência para o atendimento é a Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com deficiência), localizada em Ribeirão Pires.

Atualmente, cerca de 100 pessoas estão cadastradas na entidade e esperam por uma cadeira de rodas. No entanto, a estimativa está distante da realidade. Para que a organização contabilize fielmente a fila de espera regional é preciso que as prefeituras repassem suas demandas reprimidas após avaliação de médicos das redes municipais. Segundo a superintendente da entidade, é aí que está a morosidade. "Falta compromisso das administrações municipais com o cidadão portador de deficiência", apontou Lair Moura.

Desde julho do ano passado a dona de casa Valdiva Jesus dos Santos, 32 anos, de São Bernardo, aguarda pela troca da cadeira de rodas do filho de 14 anos que tem paralisia infantil. O equipamento está apertado, causa dores constantes no garoto e acentua o desvio de coluna. "O médico já disse que está inadequado. Além de pequena, a cadeira está em mau estado. Não consigo nem empurrá-la", disse.

A dona de casa reclama da burocracia no processo. Antes de julho, foi orientada a procurar a Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania) da Prefeitura, órgão que havia intermediado a aquisição de duas cadeiras anteriores. Porém, uma normatização do Conselho Nacional de Assistência Social regulamentada em dezembro de 2010 veio à tona quando a família resolveu cobrar da Sedesc agilidade na troca do equipamento.

A responsabilidade do encaminhamento passou a ser das secretarias de Saúde, por onde os pacientes precisam ser avaliados nos postos de saúde. É por lá que os usuários recebem a guia para entrar na fila de espera da Apraespi. Depois de todo esse processo, o prazo para retirada do equipamento é de cerca de dois meses, segundo a superintendente. Nesse período são feitos os moldes e medições de cada paciente.

A dona de casa Lia Mara Borges, 48, é mãe de Raquel Borges, 11, que vive situação semelhante à citada ao lado. Neste caso, a cadeira da criança está grande e desconfortável. As informações desencontradas é o que mais revolta a mãe da garota e atrasa o ajuste pedido no equipamento desde setembro. "É um desaforo. De repente, a Sedesc lavou as mãos e agora preciso recomeçar tudo na Secretaria da Saúde? Até marcar com pediatra e ortopedista levarei meses. Não consigo empurrar a cadeira na rua, é muito pesada. Além disso, está agravando a escoliose dela. Parece algo simples, é só colocar nos padrões. Não imaginei que demoraria tanto", desabafa.

Para os que passam pelo mesmo imbróglio, a orientação é procurar avaliação de médicos na rede de atenção básica e aguardar pelo encaminhamento à entidade.

Entidade aguarda verba do Ministério da Saúde
A Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com deficiência), localizada em Ribeirão Pires e responsável pela dispensação de cadeiras de rodas na região, aguarda aumento no recurso repassado anualmente do Ministério da Saúde para o Fundo Municipal de Saúde.

De acordo com a superintendente da entidade, Lair Moura, a verba anual necessária para cobrir a demanda do Grande ABC é de R$ 12 milhões. Atualmente, o repasse está em R$ 5 milhões. "A Apraespi trouxe verba de R$ 7 milhões em 2009, mas na época a Prefeitura erroneamente administrou como teto municipal e beneficiou mais os usuários de Ribeirão Pires. As outras cidades ficaram descobertas. Por isso, o Ministério tirou parte da verba. Foi uma perda lastimável, mas estamos tentando resgatar isso em Brasília", explicou Lair. A expectativa é que a manutenção do recurso seja conquistada até o fim do ano.

No caso das famílias de São Bernardo que contestam a demora na troca dos equipamentos, a secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Márcia Barral, confirmou que agora o pontapé inicial deve ser dado por meio da Secretaria de Saúde, com avaliação de um fisiatra - médico especializado em medicina física e reabilitação. Já a sequência do processo deve ser conferida com a Apraespi. "Não temos controle ou responsabilidade sobre o atendimento realizado em Ribeirão Pires", explicou.

A superintendente da Apraespi pede a colaboração dos municípios para organizar a fila dos pacientes e agilizar a entrega. "O processo está truncado. É descompromisso com a população. Cada cidade tem de levantar sua demanda para que o Ministério da Saúde possa saber o quanto deve liberar em recursos financeiros."

Além de oferecer tratamento reabilitacional e cadeiras de rodas, a entidade distribui próteses ortopédicas e auditivas. Em geral, os usuários têm deficiências físicas, sequelas de Acidente Vascular Encefálico, doenças degenerativas, amputações, entre outros.

União planeja concluir adaptações até 2014
Visando a qualidade de vida dos cerca de 75 mil cadeirantes do Brasil, o Ministério da Saúde pretende adaptar as cadeiras de rodas dos mais de 75 mil brasileiros até 2014. A medida terá um investimento de R$ 42,5 milhões.

Na região, segundo dados do último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), referente ao ano de 2010, há cerca de 140 mil pessoas convivendo com algum tipo de deficiência motora.

Já o fornecimento de próteses e meios auxiliares de locomoção, procedimentos de manutenção e materiais especiais somará investimento de R$ 949 milhões até o fim do mandato.

O Ministério da Saúde e a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), por meio de parceria e cooperação técnica, realizam a concessão e adaptação de cadeira de rodas a 3.891 pessoas que estão na fila de espera da instituição. Destas, 3.736 terão adaptação convencional e 155 adaptação digital.

As cadeiras adaptadas auxiliam na manutenção da postura dos pacientes, minimizam o estresse ósseo e dos tecidos moles e garantem mais conforto por causa da distribuição uniforme da área de contato.

A ação faz parte do programa Viver sem Limite, lançado em novembro pela presidente Dilma Rousseff (PT). O objetivo é beneficiar, em até dois anos, os 45 milhões de brasileiros - ou 24% da população que tem algum tipo de deficiência.

Fonte: Diário do Grande ABC

Em Madri Brasil segue invicto e lidera Torneio Internacional de futebol de 5.



Seleção brasileira segue dando show no campeonato
Foto: CPB
Em Madri
A Seleção Brasileira de Futebol de 5, atual bicampeã mundial e paralímpica, está em Madri desde a última sexta-feira (22) para a disputa do Torneio Internacional. Participam da competição, além do Brasil, as seleções da Argentina, China, Espanha, França e Inglaterra. Todas as equipes estão confirmadas nos Jogos Paralímpicos de Londres, que acontecem entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro.

O Brasil estreou no domingo (24) contra os arquirrivais argentinos, e não deu chance aos nossos vizinhos. Vitória por 2×0 com gols de Bill e Jeffinho. A segunda partida foi contra os espanhóis, donos da casa. Mais uma vez vitória por 2 x 0, gols marcados por Bill e Raimundo.

Na terça-feira (26) a Seleção entrou em campo para enfrentar os anfitriões das Paralimpíadas, a Inglaterra. Com show de Jeffinho, melhor jogador do mundo em 2010, o Brasil goleou os ingleses por 5 x 1, com três gols de Jeffinho, um de Cássio e outro de Bill, que marcou nas três partidas da Seleção até agora.

Com a campanha invicta e 100% de aproveitamento, o Brasil segue na liderança do torneio com nove pontos. Nesta quarta-feira (27), a Seleção fará seu penúltimo jogo no Torneio contra a França. A partida de encerramento será com os chineses, na quinta-feira (28). Todas as seleções jogam entre si, num sistema de pontos corridos.

Fonte: Comunicação CPB

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cerimônia Conheça os vencedores do 1º Prêmio Nacional de Acessibilidade.


Cerimônia
Na noite de quinta-feira, 14 de junho, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência sediou a entrega do 1º Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web. O Coordenador de Relações Institucionais da Secretaria, Cid Torquato, marcou presença na cerimônia, que revelou os vencedores. O Prêmio foi promovido pelo W3C Brasil, Comitê Gestor da Internet no Brasil e NIC.br.

O objetivo do evento foi promover nacionalmente a acessibilidade na web, de forma a conscientizar desenvolvedores e homenagear pessoas, empresas e ações em prol do acesso de pessoas com deficiência ao ambiente virtual.

As premiações foram dadas em três categorias principais e três subcategorias que abrangem diversas ações sobre acessibilidade. Os vencedores receberam prêmios em dinheiro, troféus e participação na solenidade e terão seus trabalhos expostos em publicação do W3C Brasil.

De acordo com Vagner Diniz, gerente geral do W3C Brasil, o percentual de sites acessíveis do governo brasileiro dobrou em um ano - na pesquisa de acessibilidade em 2010, apenas 2,5% dos sites do governo brasileiro eram acessíveis; em 2011, esse valor foi para 5%, o que ainda é muito baixo e exclui o acesso a 40 milhões de pessoas (dados do IBGE/2010). Ele destacou que o estado brasileiro que mais tem páginas digitais acessíveis é o Pará, com 30% das publicadas.

A etapa final do Prêmio Nacional foi conquistada por 23 finalistas, escolhidos por 21 jurados. Confira abaixo os campeões de acessibilidade na web:

Vencedores do Prêmio Todos@Web

Categoria Pessoas / Personalidades / Instituições
1º (empate) Marco Antonio de Queiroz (MAQ) e Hudson Augusto, este com o trabalho "Acessibilidade Digital do Governo do Estado de SP"
3° - Lugar: Secretaria de Educação a Distância - UFSCar

Categoria Projetos Web
1°- Portal da Prefeitura de Rio das Ostras
2° - Vida mais livre
3° - Hotel Fazenda Parque dos Sonhos

Categoria Projetos Web - Governo / Instituições
1° - Portal da Prefeitura de Rio das Ostras
2° - Portal da Prefeitura Municipal de João Pessoa
3° - Programa Censo-Inclusão de Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo

Categoria Projetos Web - Serviços / E-commerce
1° Hotel Fazenda Parque dos Sonhos
2° Site Acessibilidade Virtual - Informação ao alcance de todos
3° Clareou - O Primeiro Buscador de Sites Acessíveis do Brasil

Categoria Projetos Web - Entretenimento / Cultura / Educação / Blogs
1° Vida mais livre
2° Bengala Legal
3° Cartilha de Acessibilidade - Lupa Digital

Categoria Tecnologias assistivas / Aplicativos
1° Uma Solução para o Auxílio à Geração de Páginas Web Acessíveis
2° Accessibilityutil.com, uma ferramenta de colaboração de experiências em acessibilidade
3° Ferramenta CLAWS

O prêmio Todos@web é organizado pelo W3C Escritório Brasil, por determinação do Comitê Gestor da Internet, com o apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e a ABRADI - Associação Brasileira das Agências Digitais. 

Legislação Seguridade aprova pena maior para crime contra criança com deficiência.



Lucena: essas condutas são mais graves do que as que ofendem crianças e adolescentes sadios
Foto: Arquivo/ Leonardo Prado
Legislação
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (13) o aumento das penas para os crimes ou infrações administrativas cometidas contra crianças e adolescentes com deficiência. Para os crimes, as penas serão aumentadas em 1/3; para as infrações, em 1/4 daquelas já previstas para os jovens. A medida consta do Projeto de Lei 660/11, da deputada Nilda Gondim (PMDB-PB).

O relator da proposta, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), defendeu a proposta e punições mais rigorosas para esse tipo de ação. "Essas condutas são mais graves do que a conduta dos que ofendem crianças e adolescentes sadios, provocando maior repulsa da sociedade, que deve ser expressa pelo tratamento penal mais grave da questão", disse.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90) lista crimes e infrações contra crianças e adolescentes e estabelece penas. Entre os crimes, estão: entregar filho a terceiro mediante recompensa (pena de reclusão de um a quatro anos e multa) e filmar cena de sexo envolvendo criança ou adolescente (pena de reclusão de quatro a oito anos e multa).

Entre as infrações administrativas, estão: deixar de comunicar às autoridades competentes suspeita de maus-tratos contra criança ou adolescente, hospedar jovem desacompanhado dos pais ou sem autorização escrita desses ou da autoridade judiciária. Em ambos os casos as penas são de multa.

Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Fonte: Agência Câmara de Notícias/ Marcello Larcher

Mais que amigo Cão ajuda pessoas com deficiência intelectual em tarefas diárias.




Foto: Reprodução EPTV
Mais que amigo
Vestir as próprias roupas ou mesmo pentear os cabelos eram tarefas difíceis, quase impossíveis, para Eliane Pereira Ruiz, de 16 anos. A história dela e de outros 110 alunos de um centro de educação para pessoas com deficiência intelectual em Ribeirão Preto (SP) começou a mudar há dois anos, com a chegada de Billy, um cão da raça golden treinado para Terapia Assistida por Animais (TAA).

Profissionais do centro relatam que os alunos têm dificuldade para expressar desejos e necessidades e ficam frustrados quando não conseguem se comunicar. Acabam desistindo de tentar compreender coisas simples, como a importância de vestir um par de meias quando a temperatura está baixa. Mas quando Billy é usado como modelo, tudo muda. "Se nós colocamos a meia no cão porque está frio, eles entendem que também devem fazer isso", explicou a fisioterapeuta Daniele Parada.

Preparado para o trabalho, o animal reage aos estímulos dos alunos, não demonstra indiferença e é carinhoso com todos. Esse comportamento do cão é, segundo Daniele, o que facilita o aprendizado dos assistidos. Para Eliane, porém, a explicação para a vontade de pentear, vestir e ajudar Billy em qualquer tarefa é bem mais simples. "Faço porque eu gosto dele".

Fonte: G1.globo

Rio+20 é a 1ª grande conferência com ampla acessibilidade, diz ONU.



Participantes do Seminário sobre Acessibilidade, no Pavilhão dos Atletas, na tarde deste sábado
Foto: Nathalia Passarinho/G1
Acessível
O diretor da área de conferência das Nações Unidas, Magnos Olafson, afirmou no sábado (16/06) que a Rio+20 entrará para a história como o primeiro grande evento da ONU com ampla acessibilidade a pessoas com deficiência física. Ele participou de seminário no Parque dos Atletas sobre acessibilidade em grandes eventos

"A Rio+20 já está se tornando marco na história das Nações Unidas. É uma conferência com uso de papel inteligente e vai ser reconhecida como a primeira conferência com acessibilidade", afirmou.

Ele elogiou a estrutura de acesso e trânsito nos locais onde ocorrem eventos relacionados à Rio+20. "Nunca esperei que fariam tanto pela acessibilidade física como fizeram na Rio+20. Não apenas a questão da estrutura, mas também o transporte", disse.

Críticas ao acesso de surdos e deficientes visuais
Ele criticou, contudo, a falta do uso "sistemático" de linguagem para surdos nas palestras, e o fato de o site do evento, construído pela ONU, não ter mecanismos de acesso a deficientes visuais. "Os websites dos eventos precisam ser totalmente acessíveis, inclusive por pessoas com deficiências visuais. Também a linguagem para surdos não está sendo usada de forma sistemática", afirmou.

Ele afirmou que os erros e acertos da Rio+20 na questão da acessibilidade servirão de teste e darão exemplo para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, grandes eventos esportivos que serão sediados no Brasil.

A secretária municipal do Rio de Janeiro para a pessoa com deficiência, Georgette Vidor, afirmou que é preciso investir em capacitação para garantir a implantação de sistemas eficientes de acessibilidade a tempo da Copa.

"O problema dos projetos é quem executa. Ou capacitamos essas pessoas com uma urgência ou não vamos conseguir transformar a cidade do Rio de Janeiro", afirmou.

Fonte: G1 Rio

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Dilma sanciona emenda que reserva 1% de ingressos a pessoas com deficiência.



Lei da Copa
A presidenta Dilma Rousseff sancionou, na noite dessa terça-feira (5), emenda apresentada pelo deputado federal Ruy Carneiro (PSDB/PB), que reserva 1% dos ingressos dos jogos do Mundial para pessoas com deficiência.

Pelo texto de Ruy Carneiro, os entes federados e a FIFA poderão celebrar acordos para viabilizar o acesso e a venda de ingressos para pessoas portadoras de deficiência, sendo assegurado, pelo menos, 1% da lotação do estádio.

Ruy Carneiro comemorou: "As pessoas com deficiência merecem ser tratadas de maneira especial, com respeito e atenção e, principalmente, nesses casos, com comodidade para que possam ter acesso a esse evento mundial", conclui.

O texto diz ainda que serão reservados lugares específicos para pessoas com deficiência, inclusive acompanhante, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Na prática, ao não incluir os acompanhantes no cálculo de 1% dos deficientes, esta reserva pode chegar até 2% dos ingressos.

Fonte: Ascom/FUNAD

Educação inclusiva Seed concorre a prêmio do MEC com trabalho de educação.




Foto: José Santana Filho/Seed
Educação inclusiva
O trabalho de inclusão de alunos com deficiências audiovisuais no ensino superior realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) está entre os 10 finalistas do II Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas concedido pelo Ministério da Educação (MEC). A notícia foi revelada durante encontro entre a representante do MEC, Sandra Zanetti Moreira, e a secretária adjunta de Educação, professora Hortência Araújo, no final da tarde da última segunda-feira, 4/06, na sede da Seed.

De acordo com Sandra Zanetti Moreira, coordenadora geral de Políticas de Inclusão nos Sistemas de Ensino do MEC, 800 relatos de experiências foram inscritos no prêmio em duas categorias: relatos de secretarias de educação e de escolas públicas. Apenas 10 experiências de cada grupo foram selecionadas por uma equipe de profissionais da área.

"O objetivo é premiar trabalhos exitosos em educação especial. Os relatos, que foram enviados de todo o país, passaram por uma equipe avaliadora. Durante a avaliação, as experiências foram submetidas a alguns critérios, dentre eles ser inovadoras e estar de acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU 2007. Apenas as que foram aprovadas sem ressalvas passaram para a segunda fase. E a experiência da Seed está entre elas", explica Sandra.

Conforme Zanetti, as instituições selecionadas têm recebido visitas técnicas de representantes do MEC, que verificam in loco a concretização do trabalho inclusivo. Na noite de ontem a equipe do MEC visitou pólos do Pré-Universitário em Aracaju para verificar o trabalho que a Educação vem desenvolvendo junto aos alunos com necessidades especiais.

"Somente com o parecer dessas visitas técnicas será possível premiar o primeiro, segundo e terceiro lugares de cada categoria. O anúncio dos vencedores será feito durante o VII Seminário de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que acontecerá entre os dias 02 e 04 de julho em Brasília", afirma.

Para Hortência Araújo, secretária adjunta de Educação, a indicação ao prêmio já representa uma vitória. "Ter um dos dez trabalhos selecionados entre centenas de inscritos representa uma conquista para a educação de Sergipe, um sinal de que estamos no caminho certo, e um incentivo para continuarmos nessa mesma trajetória. A educação inclusiva passou, por muitos anos, despercebida, mas hoje faz parte da nossa realidade e merece sempre nossos esforços e atenção", declara a professora Hortência.

Educação Inclusiva
O relato de experiência inscrito pela Seed na premiação foi intitulado "Tornando Sonhos Possíveis", e narra o trabalho desenvolvido pela secretaria desde 2009 visando à aprovação de alunos com deficiência audiovisual em concursos vestibulares. O trabalho é desenvolvido pela Divisão de Educação Especial (Dieesp) e tem como premissa oferecer os recursos necessários para que este grupo de estudantes concorra, com igualdade, às vagas em instituições de ensino superior.

"As ações acontecem, basicamente, durante as aulas do Pré-Universitário, que contemplam tanto alunos do ensino médio regular quanto egressos. Nós percebemos que os alunos com deficiência audiovisual costumam abandonar os estudos no ensino médio e sequer tentam uma vaga na universidade. Nosso objetivo é, aos poucos, mudar essa realidade", afirma a diretora da Dieesp, Maria Aparecida Nazério.

As aulas do Pré-Universitário contam com intérpretes de libras (língua brasileira de sinais) e material didático adaptado, garantindo o direito à educação a alunos com necessidades diferenciadas. "A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todas as outras. É a garantia da continuidade dos estudos desses alunos. Os resultados nos mostram que eles são absolutamente capazes, desde que tenham acesso às ferramentas necessárias.

Apenas no vestibular 2012 da Universidade Federal de Sergipe, foram aprovados 37 alunos com deficiência oriundos da rede estadual. Existe um deficiente visual cursando direito, e alunos deficientes em pedagogia, fisioterapia, odontologia, ou seja, em cursos concorridos, provenientes da rede estadual", vibra Aparecida.

A coordenadora geral do curso Pré-Universitário oferecido pelo Governo do Estado, Gabriele Zelice, explica que a preocupação com alunos deficientes começa no ato da inscrição. "No momento em que eles realizam a inscrição do processo seletivo do Pré-Universtiário, informam se são deficiente, qual o tipo de deficiência e que tipo de atendimento irão precisar. Esses dados definem como deveremos trabalhar para melhor atender a esses alunos", explica Zelice.

Fonte: Ascom Seed/SE

Distúrbios Equoterapia auxilia no tratamento de um dos sintomas da Prader-Willi.



Distúrbios
A equoterapia é uma atividade que atua na parte física e emocional de todos que a praticam, a fim de conseguir resultados mais rápidos no tratamento dos distúrbios alimentares. Em geral, pessoas com esta patologia apresentam ansiedade, insegurança, não aceitação, baixa autoestima, que acabam sendo depositadas na alimentação. E o quadro se torna ainda pior com as mudanças corporais, pois há um aumento destes sentimentos.

"Os exercícios em cima do cavalo vão atuar no controle e, em alguns casos, normalização desses sintomas, fazendo com que o praticante comece a se gostar mais e não deixe de se alimentar corretamente devido aos problemas emocionais", explica a fisioterapeuta Letícia Junqueira.

Entre os principais distúrbios alimentares está a anorexia, a bulimia, o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) por alimentos, transtorno de ruminação e a síndrome de Prader-Willi.

O praticante P.M., de 5 anos, tem a síndrome de Prader-Willi e faz equoterapia há quase um ano. Entre os sintomas da doença está a necessidade involuntária de comer constantemente - o que normalmente gera outros problemas de saúde, como obesidade e problemas cardíacos -, retardo mental e transtornos de aprendizagem.

"Desde que iniciou a terapia com cavalos, P.M., que antes não se relacionava com outras crianças, evoluiu bastante na parte comportamental, está mais calmo e passou a ir à escola. Em um mês de tratamento, ele perdeu 8 quilos e diminuiu acentuadamente a compulsão alimentar e, com a Equoterapia, tem conseguido manter seu peso", conta a fisioterapeuta.

No momento em que o praticante se relaciona com o cavalo e realiza os exercícios propostos, há um aumento no nível de serotonina, neurotransmissor responsável pela felicidade, que faz com que a pessoa melhore a autoestima, se aceite e passe a se valorizar mais, ajudando na diminuição dos distúrbios alimentares.

Os resultados variam conforme o estado psicológico do praticante e do tipo de distúrbio que ele possui. Em quadros iniciais, é possível obter melhoras em apenas dez sessões. Já em casos mais graves, o tempo pode ser maior.

Serviço:
Jockey Club de São Paulo.
Av. Lineu de Paula Machado, 1263 - Jd. Evereste
Horário: terça a sexta das 13h às 17h

Fonte: Espaço Letícia Junqueira

Mães em cena Espetáculo teatral reúne estórias e talentos de Mães de crianças com deficiência.




Foto: Sigmapress

Mães em Cena

Mães de jovens e adultos com deficiência congênita ou adquirida entram em cena e sobem ao palco para contar as lutas, conquistas, alegrias e dificuldades do cotidiano de quem teve que abrir mão da própria história para se dedicar aos cuidados dos filhos. É sob esse prisma que se desenrola o enredo do espetáculo teatral "Mães em Cena", produzido e dirigido pela bailarina, coreógrafa e pedagoga Keyla Ferrari, diretora do Centro de Dança Integrado (CEDAI). 
Composto por trechos de poesias, danças e relatos vivenciados pelas próprias mães, o espetáculo aborda de forma sensível os conflitos das mulheres, que são mães de jovens com deficiência, em uma experiência que une palco e vida real. "São mulheres muito especiais que descobriram na dança uma nova maneira de se expressar, de estar em cena como artista e mulher. O espetáculo foi montado com o todo carinho do mundo e isso é muito perceptível aos olhos do espectador, que se emociona em diversas passagens da peça", conta Keyla. O "Mães em Cena" também tem a participação do ator e mímico Sílvio Leme e do poeta e diretor da Humaniza, Vicente Pironti.

Sobre o CEDAI
O projeto de inclusão social, desenvolvido por Keyla, já existe há 15 anos, porém, como organização efetiva, há nove anos e é visto como uma nova maneira de olhar e contemplar as linguagens corporais e estéticas da dança. Atualmente, como Ponto de Cultura do Estado de São Paulo, possui quatro espetáculos itinerantes em parceria com a empresa de desenvolvimento social Humaniza. São eles: Somos Um, Flor é Espelho, Alma Bailarina e Mães em Cena, que contemplam públicos de todas as idades e classes sociais. Seu elenco é composto por artistas profissionais, mães, pais e bailarinos com e sem deficiência.

Atualmente o CEDAI atende cerca de 70 alunos de várias faixas etárias e de diferentes potencialidades artísticas e rítmicas. Há espaço, inclusive, para as pessoas que não mexem um músculo sequer do pescoço para baixo. "A condição aparente das pessoas com algum tipo de deficiência limita o nosso olhar. Estar numa cadeira de rodas, por exemplo, não significa que aquela pessoa está impedida de dançar", diz a bailarina, que nos ensaios dança com seus alunos.
Contato:             (19) 30327994      . E-mail: keylafe@gmail.com

Fonte: Sigmapress 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Alunos do IME criam aplicativo para pessoas com deficiência visual.



Informações sobre determinadas localidades são transmitidas em áudio
Foto: montagem de Igor de Carvalho Maia/ USP Imagens
Celulares
Três alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP desenvolveram o aplicativo para celulares Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade. O trabalho rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, do último ano em Bacharelado em Ciência da Computação, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.

O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio. Por exemplo, pode-se enviar a informação "aqui há um orelhão" para o sistema, que registra a localidade. Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente. O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto. Veja aqui um vídeo demonstrativo do aplicativo

projeto, que começou a ser desenvolvido em novembro de 2011, foi orientado pelo professor Marco Aurélio Gerosa, do IME, e também recebeu a colaboração do professor Artur Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que alertou para a dificuldade de mobilidade urbana no grupo de deficientes visuais e sugeriu o desenvolvimento de sistemas móveis conjugando informações em áudio georeferenciadas. O aplicativo é gratuito para os usuários, que só precisam baixá-lo em seu aparelho. Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.
Alunos do IME, na cerimônia de premiação da Imagine Cup

Segundo Gabriel Reganati, um dos membros da equipe Wonders, o sistema ainda precisa ser aprimorado. Thiago Silva, também da equipe, conta que o sistema já funciona, mas hoje possui um servidor limitado. Desse modo, um maior número de usuários poderia sobrecarregá-lo e ele sairia do ar. Por causa disso, os estudantes estão aperfeiçoando o aplicativo e pretendem colocá-lo para download até o fim do ano. Os idealizadores do Smart Audio City Guide pensam em financiar o projeto com incentivo de empresas vinculadas a ONGs da área, além da publicidade por meio da informação (isto é, poderiam recomendar estabelecimentos mais acessíveis para o público-alvo do aplicativo).

Imagine Cup
Das 81 equipes do Brasil inscritas no concurso, cinco se classificaram para a final, que aconteceu em Brasília, no dia 3 de maio. Os estudantes do IME contam que não esperavam ficar entre os finalistas, inclusive por causa do pouco tempo desenvolvendo seu projeto. Para Reganati, "a premiação foi um reconhecimento enorme do nosso trabalho, pudemos conhecer muita gente". Renata Claro concorda: "Tivemos um crescimento profissional muito grande por causa do prêmio. Além disso, o concurso nos deu uma boa visibilidade. Ficamos muito felizes, porque todos os projetos eram muito bons", diz.

Fonte: Agência USP de Notícias

Copa for all Acessibilidade na Copa 2014 e Olimpíadas 2016 será discutida em evento.


Copa for All
A exatos dois anos do início da Copa do Mundo de 2014, especialistas debatem pela primeira vez os projetos de acessibilidade no evento Copa for All, que será realizado de 11 a 13 de junho em São Paulo. Inscrições para participação são gratuitas.

O Brasil está prestes a realizar dois dos maiores eventos esportivos do planeta. Doze estádios estão sendo construídos para a Copa de 2014. Aeroportos e portos, reformados. Centenas de hotéis implantados e reformados. Obras de mobilidade urbana se espalham pelas cidades. São mais de R$ 20 bilhões em obras de infraestrutura e de telecomunicações. Mas será que as novas construções serão acessíveis a todos os públicos?
O Brasil possui mais de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. São pessoas com dificuldades de locomoção, auditiva, visual, entre outras. O que está sendo planejando para atender esse público e os milhares de turistas que precisarão de uma atenção especial durante a Copa do Mundo? Quais os planos brasileiros nas áreas de tecnologia e inovação voltados à pessoa com deficiência?

Para debater essas e outras questões, exatamente a dois anos da Copa de 2014, será promovido o Copa for All, primeiro debate brasileiro com foco na acessibilidade da Copa 2014 e Olimpíadas 2016. "Escolhemos o tema porque ainda não conhecemos os projetos de acessibilidade relacionados às arenas, aos hotéis, aos aeroportos e outros equipamentos que estão sendo preparados para os megaeventos", destaca Rodrigo Prada, um dos organizadores do encontro.

Prada lembra que na Copa 2010 alguns estádios construídos para o Mundial da África do Sul não foram projetados para atender requisitos de acessibilidade e o que se viu foi um grande desrespeito aos portadores de necessidades especiais. "A Fifa reforça as orientações quanto à segurança nos estádios, como procedimentos e equipamentos para evacuação do local em caso de emergência. Porém, a entidade que organiza o Mundial não especifica, por exemplo, qual o número de lugares destinados a pessoas com deficiência, deixando a critério da legislação do país esta definição".

De acordo com o turismólogo e cadeirante Ricardo Shimosakai, um dos palestrantes do evento, o essencial para pessoas com deficiência física em um estádio de futebol são rampas ou elevadores, dependendo da estrutura arquitetônica, instalações sanitárias, circulação com rotas acessíveis e sinalização adequada, além do espaço onde a pessoa com deficiência física assistirá ao jogo.

Um serviço de apoio é recomendado pela FIFA, para que todas as pessoas com deficiência possam ser atendidas. Mapas táteis do estádio, sinalização em Braille e pisos táteis são itens importantes para quem tem deficiência visual. Para atendimento de pessoas com deficiência auditiva, é importante contar com profissionais treinados para interpretar a Língua Brasileira de Sinais (Libras), que apesar de ser utilizada somente no Brasil possui semelhanças com outras línguas estrangeiras de sinais.

Além dos estádios, toda a infraestrutura das cidades também deve ser pensada sob a ótica da acessibilidade. Pois o evento influenciará outras áreas como a de transportes aéreo e rodoviário, hotelaria, informação, além da visitação turística nos pontos importante de cada cidade-sede.

O evento Copa for All acontece no auditório da Vivo em São Paulo de 11 a 13 de junho e contará com a presença de arquitetos projetistas das arenas, especialistas em mobilidade urbana e aeroportos, profissionais da área jurídica e autoridades públicas e lideranças políticas como o deputado Romário, grande incentivador de uma Copa do Mundo acessível a todos. Para abertura do encontro, uma apresentação do humorista Geraldo Magela (Ceguinho) sobre as dificuldades de um turista cego no país da Copa do Mundo.

As inscrições são gratuitas, porém limitadas e poderão ser realizadas no www.copaforall.com.br ou por telefone:            11 3337-5633      .

Copa for all
Data: 11 a 13 de junho
Local: Teatro Vivo (Chucri Zaidan, 860 - Brooklin, São Paulo)
Programação
Dia 11 de junho de 2012
20h30
Abertura com autoridades presentes
Geraldo Magela - Apresentação bem-humorada sobre a preparação do país para o Mundial de 2014
Dia 12 de junho de 2012
09h30 às 12h00
Mesa 1 - Acessibilidade nas novas Arenas: Como os projetos são desenvolvidos para atender todos os públicos.
13h30 às 15h
Mesa 2 - Mobilidade Urbana: Como as pessoas com deficiência serão atendidas durante os megaeventos e depois da Copa.
16h35 às 18h00
Mesa 3 - Leis, direitos e deveres: marcos legais e execução de projetos voltados para pessoas deficiência.
Dia 13 de junho 2012
9h30 às 12h30
Mesa 1 - Turismo e Hotelaria: Como atender o público com necessidades especiais
13h45 às 16h15
Mesa 2 - Inovações tecnológicas

Fonte: Mandarim Comunicação

Todos@Web Projeto sobre acessibilidade realizado pela USP e pela UFG é um dos finalistas no prêmio.


Todos@Web
O projeto AccessibilityUtil, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), está entre os quatro finalistas do Todos@Web - Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web, na categoria Tecnologias/Aplicativos. O resultado da premiação será divulgado no dia 14 de junho, em cerimônia realizada em São Paulo.

O projeto AccessibilityUtil é desenvolvido por Thiagon Jabur Bittar, doutorando em Ciências de Computação e Matemática Computacional pelo ICMC e projeto da UFG; pela professora Renata Pontin de Mattos Fortes; e pelo mestrando Leandro Agostini do Amaral.

O objetivo do projeto é ser uma fonte de práticas de acessibilidade a partir de experiências de desenvolvedores, mediante colaboração dos mesmos num ambiente web, relacionando com as diretrizes de acessibilidade do consórcio regulamentador da rede, o W3C. O sistema funciona como uma rede social, recebendo experiências práticas e comentários gerais de desenvolvedores. Os usuários cadastrados podem visualizar, adicionar e avaliar artefatos, completando os critérios de acessibilidade para um deles a partir de uma metodologia colaborativa.

Mais informações: site http://www.accessibilityutil.com/

Fonte: Agência USP de Notícias 

Prevenção MPF quer incluir diagnóstico de mais cinco doenças no teste do pezinho.


Prevenção
Uma gotinha de sangue, retirada do calcanhar do recém-nascido, permite o diagnóstico de até 46 doenças. Hoje, no entanto, o sistema público de saúde garante o teste para apenas quatro grupos de doenças. O Ministério Público Federal quer incluir o diagnóstico de outras cinco doenças na Triagem Neonatal, ampliando a proteção às crianças nascidas no Estado de São Paulo.

A ação civil pública pede à Justiça Federal que obrigue a União e o Estado de São Paulo a incluírem na Triagem Neonatal realizada em hospitais públicos, no prazo máximo de 90 dias, o diagnóstico de Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência de Biotinidase, Toxoplasmose Congênita, Deficiência de G6PD e Galactosemia.

O procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana e o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jefferson Aparecido Dias, autores da ação, pedem também que seja garantido o atendimento médico interdisciplinar, medicamentos e eventuais cirurgias corretivas para as crianças diagnosticadas com alguma das doenças mencionadas.

"Concedida a liminar, milhares de recém-nascidos serão beneficiados. Não concedida, mantém-se o dinheiro nos cofres públicos", afirma a ação. "Entre, portanto, a vida (incluindo a garantia de uma vida melhor) e o dinheiro, certamente a primeira vale mais e o MPF não tem qualquer dúvida de que a liminar pleiteada é justa e legítima, além de legalmente cabível e necessária", afirmam os procuradores na ação.

Hoje, seis de junho, é o Dia Nacional de Triagem Neonatal, ou teste do pezinho, como é mais conhecido. O teste é regulamentado pelo Ministério da Saúde desde 1992. Mas o diagnóstico gratuito dos quatro grupos de doenças - fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doenças falciformes e outras hemoglobinopatias e fibrose cística - no Estado de São Paulo só foi garantido graças a uma ação do MPF, julgada procedente pela Justiça Federal no ano passado.

Agora, o MPF quer que o teste seja ampliado, para a identificação precoce de outras doenças que, ao serem precocemente descobertas, podem ser tratadas. Esses exames já são oferecidos na rede privada de saúde e em alguns estados, como Goiás e Santa Catarina. "Como a maioria das pessoas não tem condições financeiras para arcar com os custos, estão privadas da possibilidade de uma melhor qualidade de vida", lamentam os procuradores. "A omissão do Ministério da Saúde e do Estado de São Paulo coloca em risco a vida e a integridade física de crianças e adolescentes".

No ano passado, o MPF recomendou ao Ministério da Saúde que adotasse medidas administrativas para a inclusão do diagnóstico de novas doenças no teste do pezinho. Recebeu, como resposta, a informação de que "não há atualmente solicitação de incorporação do teste de triagem neonatal ampliada em tramitação na Comissão de Incorporação de Tecnologias - Citec".

Na opinião dos procuradores, as manifestações do Ministério da Saúde indicam uma preocupação com o impacto financeiro da inclusão de novos exames "Os custos com a realização de exames de diagnóstico serão compensados com a redução das complicações que as doenças acarretam a longo prazo, reduzindo gastos com medicação, tratamento e hospitalização", afirmam.

A título de exemplo, a ação informa que o sistema público de saúde gasta, em média, R$ 24,6 mil com cada criança diagnosticada tardiamente com galactosemia.

GENITÁLIA AMBÍGUA - Além disso, "os especialistas consultados ao longo do inquérito civil público foram categóricos ao afirmar que o diagnóstico precoce traz inúmeras vantagens, que não se limitam à saúde física das crianças. Basta observar que crianças do sexo feminino, portadoras de Hiperplasia Adrenal Congênita, rotineiramente são registrados como meninos, pois, na forma clássica da doença, apresentam genitália ambígua".

Segundo estudos da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - Apae-SP , o diagnóstico tardio das doenças que o MPF quer ver incluídas no teste do pezinho pode causar sequelas irreversíveis. O ideal, segundo os especialistas, é que o diagnóstico seja feito, no máximo, até o 15º dia de vida.

Todas as doenças indicadas pelo MPF cumprem os requisitos exigidos para serem inseridas no Programa de Triagem Neonatal, entre as quais: fácil detecção; testes economicamente viáveis; sintomas podem ser amenizados ou eliminados mediante tratamento.

DIAGNÓSTICO TARDIO - As cinco doenças cujo diagnóstico o MPF quer ver incluído no teste do pezinho tem em comum o fato de terem consequências graves caso não sejam identificadas rapidamente. O diagnóstico tardio pode resultar em danos neurológicos e, em casos extremos, a morte das crianças atingidas. Identificadas nos primeiros dias de vida do recém-nascido, podem ser controladas ou eliminadas.

A Hiperplasia Adrenal Congênita pode provocar excesso de hormônio testosterona, que causa a masculinização do órgão sexual feminino, levando até mesmo a erros no registro de nascimento. Em meninos, pode levar, a partir dos dois anos de idade, ao hiperandrogenismo, inclusive com puberdade precoce. Em ambos os sexos, a puberdade precoce pode dificultar o crescimento, fazendo com que os portadores da doença atinjam, no máximo, a altura de 1,35 m.

Na sua forma mais grave - que, segundo dados do Estado de Goiás, atinge 75% dos portadores da doença - pode levar bebês entre 15 e 20 dias de vida a um quadro de desidratação grave, que pode causar a morte. "Os medicamentos utilizados no tratamento são de baixo custo, enquanto a ausência de diagnóstico frequentemente onera imensamente o poder público", aponta a ação. Em Goiânia, onde o exame é obrigatório no sistema público de saúde, a incidência da doença é de um caso para cada sete mil nascidos vivos.

A Deficiência de Biotinidase tem entre seus sintomas mais comuns as convulsões, problemas respiratórios, letargia, atrofia óptica, retardo mental, perda auditiva e, em casos graves, pode levar à morte. "O tratamento precoce é determinante, uma vez que a simples administração oral de doses de biotina possibilita o pleno desenvolvimento mental e motor, desde que o tratamento seja iniciado antes do aparecimento dos sintomas", informa a ação. "A demora no diagnóstico, entretanto, é irreversível e o tratamento pode apenas amenizar os sintomas neurológicos".

A Toxoplasmose Congênita é uma infecção causada por um parasita e é assintomática em 85% dos portadores adultos. Quando a mulher adquire a doença na gestação, pode transmiti-la ao feto. Segundo a Apae-SP, somente 15% das crianças infectadas apresentarão sintomas neonatais e desenvolverão infecção generalizada. Nos demais casos, as crianças parecem saudáveis ao nascer, mas podem desenvolver sintomas neurológicos.

"A longo prazo, a infecção poderá levar a danos cerebrais graves, como retardo mental, paralisia cerebral, convulsões, cegueira e surdez", informa a ação. Segundo a Apae-SP, a taxa de incidência da doença no país é de um para cada 3.000 nascidos vivos.

A Deficiência de Glicose-6 Fosfato Desidrogenase pode causar icterícia neonatal ou anemia hemolítica e, em casos extremos, dano neurológico permanente e até a morte se os portadores ingerirem alguns alimentos, como feijão de fava ou medicamentos, como antibióticos, analgésicos e sulfonas. Embora não exista tratamento específico, o diagnóstico precoce impede o aparecimento dos sintomas, pois impedirá que o portador faça a ingestão de medicamentos e alimentos hemolíticos.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a estimativa é de que a doença atinja 7% da população, principalmente pessoas de origem mediterrânea, asiática e provenientes da África Equatorial.

A Galactosemia pode provocar insuficiência hepática, cataratas, sinais de hipertensão intracraniana, edema cerebral, letargia, retardo mental e, em casos graves, a morte. "Em que pese a restrição dietética não inibir o surgimento de sintomas a longo prazo, como as manifestações neurológicas tardias e a disfunção ovariana precoce, o tratamento baseado na supressão total de lactose inibe o desenvolvimento de todos os demais sintomas", informa a ação. "O diagnóstico precoce possibilita aos pacientes melhorias consideráveis na qualidade de vida e grandes benefícios econômicos ao poder público".

Leia a íntegra da Ação Civil Pública nº 0010114-89.2012.4.03.6100, distribuída à 8ª Vara Federal Cível
http://www.prsp.mpf.gov.br/sala-de-imprensa/pdfs-das-noticias/SP_acp_teste_pezinho.pdf/ 

Fonte: Ministério Público Federal/Procuradoria da República no Estado de S. Paulo

terça-feira, 5 de junho de 2012

Na each, moda adaptada estimula inclusão de pessoas com deficiência.



Ex-alunas da EACH conquistaram o quarto lugar em concurso internacional
Foto: Divulgação
Autoestima
Infraestrutura adequada e inserção no mercado de trabalho são pontos fundamentais para a integração das pessoas com deficiência na socidedade. Mas não garantem uma inclusão total é preciso também valorizar a autoestima deste grupo.

A vontade de contribuir para esta causa estimulou Inayê Jorge Gomes de Brito e Julia Harumi Sato, formadas em 2010 pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, a desenvolverem uma grife de roupas dedicada às pessoas com deficiência. Ao conquistar a quarta colocação no concurso Bezgraniz Couture Award 2012, realizado no mês de maio em Moscou, na Rússia, elas demostraram como algo tão simples como roupas adaptadas e bonitas podem fazer uma grande diferença.

Com as políticas de inclusão atuais e o aumento de trabalhadores com deficiência no mercado, sentimos uma necessidade de mudança da visão da sociedade em relação ao acesso, seja pela estrutura, arquitetura, oferecimento de serviços ou pela moda, afirmam as alunas.

Moda inclusiva
Ainda muito incipiente, a moda inclusiva ganhou maior visibilidade com o Concurso Moda Inclusiva realizado há quatro anos pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, o primeiro desse tipo no Brasil.

A moda chamada de inclusiva surge da necessidade de atender pessoas que têm algum problema de locomoção ou de visão e precisam de outras opções de vestuário para poder ter uma vida normal, afirma Cládia Vicentini, professora do curso de moda da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

Segundo ela, o princípio é basicamente o mesmo, mas reserva particularidades no processo de criação, como aponta. "Um cadeirante, por exemplo, tem uma limitação de movimento. Ele precisa de outras possibilidades: uma modelagem ou fechamento diferente, tecidos ou acabamentos confortáveis."

Porém, ela destaca que o modo como um deficiente visual ou uma pessoa na cadeira de rodas encara o mundo é totalmente diferente da nossa forma de enxergá-lo, o que exige do estilista uma inserção no universo da pessoa, um se colocar no lugar dela. No processo criativo isso faz muita diferença. O repertório para criar é outro. Serão usadas as mesmas tendências de moda, mas talvez não os mesmos tecidos, não todos os volumes e as formas.

Cláudia conta que chegou a dar aulas de percepção tátil em uma universidade para estimular essa inserção. Eu colocava vendas dos olhos dos alunos e eles andavam pelos corredores da faculdade. Muitos sentiam um desconforto, um estranhamento. É essa sensação que é preciso para criar as roupas: como essa pessoa percebe o mundo Para ela, o próprio termo moda inclusiva já estaria indicando que essas pessoas não estão inseridas na sociedade. Essa realidade tem que fazer parte do cotidiano, aponta.

Ex-Alunas
Para Júlia, a ideia de pensar a arte na visão de uma pessoa cega vem desde o ensino médio. Fui movida pela curiosidade e descobri uma forma nova de ver o mundo. Entendi a importância da arte no dia-dia dessas pessoas. Já Inayê começou a desenvolver trabalhos na faculdade e viu no concurso de São Paulo a oportunidade de fazer algo que gostava contribuindo, ao mesmo tempo, para desenvolver o conceito de igualdade social na moda.

Quando as alunas perceberam que tinham projetos em comum na área, resolveram se unir e criaram a marca Lira de Moda Inclusiva. Segundo elas, a marca trabalha com a ideia da roupa adaptada como aquela que possui detalhes e soluções que contribuem de alguma forma para o desenvolvimento e independência da pessoa que a usa.

Para desenvolver as peças, seguimos o conceito de design universal, ou seja, as roupas possuem adaptações importantes, mas que são imperceptíveis e, além de incluírem essa parcela de consumidores no mundo da moda, também não excluem, pois podem ser utilizadas por mulheres sem deficiência, afirmam.

A marca representou o Brasil e conquistou o quatro lugar na segunda edição do Bezgraniz Couture Award 2012, concurso de moda inclusiva realizado na Rússia. A coleção que garantiu lugar na final foi inspirada em aves brasileiras.

Elas contam que o curso de Têxtil e Moda foi fundamental para o sucesso, oferecendo uma visão ampla do mercado combinada com o fato de cursarem uma universidade pública e pensarem mais em questões sociais. Todos estes anos pesquisando e nos dedicando a projetos de moda inclusiva resultaram em uma das melhores coleções do concurso. Foi um orgulho muito grande representar nosso país entre profissionais de peso e casas de moda já consolidadas no mercado, completam.

Atualmente, Julia faz um curso de aperfeiçoamento em moda na Central Saint Martins em Londres e Inayê, mestrado de Indústria Criativa com foco em Moda Inclusiva na Universidade Russa da Amizade dos Povos (RUDN). Para os próximos anos, elas planejam continuar com projetos na área, além de atuar em consultoria para ajudar marcas já existentes e a se adaptarem para atender o público deficiente.

Fonte: USP

Tecnologia USP terá banco de células-tronco de pacientes com doenças raras!


Tecnologia
Um software que está sendo implantado no Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) vai possibilitar o armazenamento de dados clínicos e informações genômicas e de testes moleculares realizados em diversos pacientes atendidos pelo centro, que está ligado ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Desde que foi fundado em 2000 como um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp, o CEGH já atendeu cerca de 80 mil pessoas pertencentes a famílias afetadas por doenças genéticas.

O programa permitirá ao CEGH criar um dos maiores banco de dados de doenças genéticas raras da população brasileira relacionadas, particularmente, a doenças neuromusculares, malformações congênitas, de déficit cognitivo, obesidade de causa genética e autismo. Também possibilitará o surgimento de bancos de dados de células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras do Brasil, já contendo mais de 300 amostras.

O desafio para o desenvolvimento e implementação do sistema computacional, desenvolvido ao longo de cinco anos por pesquisadores do Grupo de Modelagem de Banco de Dados, Transações e Análise de Dados (Data Group), do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e do Centro de Bioinformática da Universidade de São Paulo (USP), foram descritos em um artigo publicado na BMC Genomics. "O software facilitará o acompanhamento e a seleção de pacientes para as pesquisas sobre doenças genéticas que realizamos", disse Maria Rita dos Santos e Passos-Bueno, pesquisadora do CEGH e uma das autoras do artigo.

De acordo com a pesquisadora, um dos principais objetivos do programa, baseado na plataforma de software livre, é controlar o fluxo de exames clínicos e moleculares dos pacientes realizados pelo CEGH, que são bastante diversificados e parametrizados.

Realizados de acordo com um ciclo, - iniciado com a coleta de amostras do sangue do paciente e de seus familiares para extração e análise do DNA para elaboração do laudo da doença genética -, os exames são feitos em diferentes etapas e demandam insumos específicos. Além disso, têm de ser realizados em baterias de 10 a 30 exames de cada vez, por exemplo, porque o custo de se fazer um único exame por vez é muito alto. Para possibilitar o controle desse fluxo de exames, o novo sistema tem páginas de acesso restrito por áreas, nas quais os profissionais responsáveis cadastram informações.

Na página de consulta dos pacientes, por exemplo, o médico ou geneticista pode solicitar a coleta de sangue para realização dos exames. Após o material ser colhido, o grupo de técnicos responsáveis pela elaboração dos exames é informado de que pode realizá-los, e deve cadastrar na respectiva página de sua área quando começaram e finalizaram o processo. Por meio do registro das informações, o médico ou geneticista pode acompanhar em que estado está o exame e quando terão que preparar o relatório final, com o laudo do paciente que estão acompanhando.

"O software cobre um ciclo que começa com a coleta do material do paciente até a expedição do resultado do laudo, e tem como objetivo apoiar a decisão dos pesquisadores do CEGH em relação à escolha de pacientes, por exemplo, para um acompanhamento mais próximo", disse João Eduardo Ferreira, professor do IME e coordenador do Data Group.

Com informações da Agência Fapesp
Fonte: Terra