Postagens populares

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO A TODOS.

Um Feliz ano novo a todos e que DEUS abençoe e ilumine todos nós nesse ano de 2013 e que todos realizem suas metas e objetivos traçados para 2013. Fiquem todos com DEUS. Amém




Dê espaço para o respeito. Se você não precisa, não ocupe.



LEI 10.098

Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.

Art. 7º Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.

Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deverão ser em número equivalente a dois por cento do total, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes.

Conheça a lei na íntegra: http://bit.ly/j0l3o8

Fotógrafo palestino que perdeu as pernas em ataque israelense segue trabalhando em Gaza.


Manifestantes pedindo a libertação de palestinos em prisões israelenses são fotografadas, na Cidade de Gaza, por Moamen Qreiqea. O fotógrafo de 25 anos perdeus as pernas em um ataque aéreo israelense em 2008, enquanto trabalhava no leste da cidade Suhaib. Foto: Salem/Reuters
Moamen Qreiqea acompanha manifestantes pedindo a libertação de palestinos em prisões israelenses, na Cidade de Gaza, maior cidade da faixa de Gaza, território Palestino ao sul de Israel Suhaib. Foto: Salem/Reuters
Fotógrafo palestino Moamen Qreiqea usa computador em academia na Cidade de Gaza. Apesar da deficiência ele segue trabalhando como fotógrafo na faixa de Gaza, onde foi atingido em 2008 por um ataque aéreo israelense que lhe tirou as pernas. Foto: Suhaib Salem/Reuters
Moamen Qreiqea é ajudado a se acomodar na cadeira de rodas ao chegar à academia com seu irmão, na Cidade de Gaza. Qreiqea, 25, perdeu as duas pernas em um ataque aéreo israelense em 2008, enquanto tirando fotos ao leste da faixa de Gaza, território palestino. Foto: Suhaib Salem/Reuters
Fotógrafo palestino Moamen Qreiqea é ajudado por seu irmão em sua casa na Cidade de Gaza. Qreiqea perdeu as duas pernas em um ataque aéreo israelense em 2008, aos 21 anos, enquanto fotografava o leste de Gaza. Ele está determinado a continuar a carreira, apesar das dificuldades. Foto: Suhaib Salem/Reuters
Moamen Qreiqea, cadeirante e fotógrafo, tira fotos de sua filha em frente à sua casa em Gaza. Qreiqea perdeu suas duas pernas após ataque aéreo israelense em 2008, enquanto tirava fotos em Gaza. Foto: Suhaib Salem/Reuters
Fonte: UOL

‘Divã do Faustão’, equívocos e o poder da televisão.


No seu “Domingão”, Fausto Silva vem apresentando um quadro intitulado “Divã do Faustão”. Ele conta com a colaboração de uma psicóloga, Betty Monteiro, e de artistas convidados que se revezam a cada semana. Os temas debatidos são, em geral, leves. Na última edição, ouvimos, por exemplo, o drama de Robson, que tem 33 anos e usa um penteado meio moicano. Por esse motivo, sofre com críticas da ex-mulher. Em seguida, Maria da Penha, de Goiânia, contou que, apesar de ter descoberto a traição do marido, não quer se separar. Conhecemos também Renilson, dispensado pela ex-mulher que quer reconquistar. A ele, Faustão dirigiu um comentário especial: “isso se chama ‘síndrome da comida caseira’, o cara vai a restaurante, mas tem saudade de comer em casa”. Nada disso ofende.

Mas o que precedeu essa sucessão de depoimentos foi muito diferente. Instada pelo apresentador, a psicóloga, segundo ele, “especializada na área de mãe”, analisou o caso do atirador da escola de Newtown. Em rede nacional, para milhares de espectadores, disse que iria explicar “resumidamente” o que é um psicopata. “É um sujeito que não consegue se colocar no lugar do outro. Não tem pena de ninguém. Não sente culpa. Não sente medo. Pode até achar que fez um bem”, explicou. Nisso, foi interrompida por Faustão que quis saber então porque Adam Lanza se matou. “Talvez por medo de assumir a responsabilidade”. Ué, ele sente medo ou não?
Mas o pior da análise na linha “conheça Freud e um pouco de neurociência num curso por correspondência” foi quando ela mencionou Asperger, fazendo uma salada misturando a síndrome com psicopatia. “Estão dizendo que ele (Lanza) tinha Asperger. É um tipo de autismo em que a pessoa faz contato e às vezes é considerada inteligente”, falou, agora abusando da ideia do que é fazer um resumo. A menção à essa condição mobilizou milhares de pais. Por diversos motivos: passada uma semana do acontecido, em Connecticut ninguém ainda conseguiu entender o que levou o garoto de 20 anos a perpetrar o massacre. Além disso, o autismo, embora muito comum e estudado, ainda é um grande mistério. E motivo de angústia para inúmeras famílias.
A psicóloga seguiu alertando os telespectadores para o que pode ser um sinal de que seus filhos, quem sabe, no futuro, cometam alguma atrocidade. Um deles é: bebê que chora muito (quem é mãe sabe que são quase todos). E frisou: “um bebê que não sorri também não é legal”. No mesmo pacote dos que choram muito, mencionou “aquela criança que acha ótimo cortar o gato para ver como é”. Outro conselho foi para prestar atenção quando algo anormal ocorre, porque “tem mãe que é cega, basta lembrar o caso da Suzane Richthofen, cuja mãe era psiquiatra”. Como assim?
A lição que fica diante dos milhares de protestos que ocupam as redes sociais desde então é que a TV, mais que todas as mídias, tem o poder de formar opiniões. Não pode tratar de temas sérios com leveza e sem fornecer informação.
Fonte: Blog Patrícia Kogut

Cadeira de rodas pode ser comandada com piscar de olhos


Ao contrário das cadeiras comuns, que só resolvem o problema da mobilidade, kit promove inclusão digital e aprendizagem.Foto: Shutterstock
Uma pesquisa desenvolvida no Rio Grande do Sul pretende colocar no mercado kits de inclusão que permitem que pessoas com paralisia nos membros superiores e inferiores controlem um laptop com movimentos da cabeça, dos olhos e da boca. O Kit de Inclusão Digital para Lesões Cerebrais Severas é acoplado a uma cadeira de rodas e ajuda quem tem deficiências cognitivas a utilizar o computador para acessar a internet e realizar atividades em programas educativos.
As cadeiras de rodas comuns para tetraplegia, segundo o professor e sociólogo Gilson Lima, que coordenou a pesquisa, suprem apenas o déficit de mobilidade. O kit, por sua vez, agrega um notebook com um softwareque faz uma leitura do rosto do usuário e passa a detectar seus movimentos. Para guiar o mouse, por exemplo, basta mover a cabeça de um lado para outro. Os cliques podem ser comandados com os olhos, com a boca ou com a fixação do olhar por três segundos em determinado ponto da tela. As alternativas são disponibilizadas justamente para atender a diferentes tipos de dificuldades. “Cada pessoa cria um perfil de interação entre o robô e o comando do usuário”, detalha Lima.
Para desenvolver a tecnologia, foi realizado um estudo de caso com a estudante Fernanda Xavier, 18 anos, que nasceu com paralisia cerebral. O pesquisador relata que a menina, devido à severidade da lesão, tem dificuldades com a parte motora da fala, além da limitação dos movimentos. A partir de uma série de exames, detectou-se as áreas lesionadas, diagnóstico que serviu de base para a projeção do software. “Os exames de caso são bastante universalizáveis. Os mais graves dão acesso a uma série de situações mais leves”, destaca Lima. Para o pesquisador, a utilização do kit é bastante positiva e deve ter um potencial ainda maior em pessoas com paralisia dos membros, mas que não tenham as funções cognitivas afetadas.
Kit proporciona autonomia aos usuários
Ao comandar o laptop adaptado, o usuário tem acesso a diversas ferramentas, como programas de aprendizagem e sites como o YouTube, para assistir a vídeos online. “Inclusive tem um programa que treina para ser piloto de tela”, enumera Lima. Também existe a possibilidade de fazer ligações e de digitar em um teclado virtual, o que pode ser útil na alfabetização e na comunicação. “A partir da tecnologia, ganha-se umavida com autonomia”, descreve o pesquisador. O pesquisador ressalta que o projeto deu prioridade a softwares livres, para reduzir custos e proporcionar maior número de atividades disponíveis.
Para dar autonomia de funcionamento ao aparelho, o kit prevê a inclusão de dois circuitos. Um deles, acoplado na parte inferior da cadeira, garante carga de energia suficiente para 16 horas em alto uso, podendo chegar a dois dias em nível médio de uso. O segundo circuito monitora o nível de carga, avisando quando for preciso recarregar – a operação não dura mais do que seis horas para abastecer totalmente.
Com o kit, a cadeira funciona quase como uma classe, uma vez que é adaptada ao usuário, e possui mecanismos que ajudam a corrigir a postura. Assim, o estudante pode ir à sala de aula ou ao pátio da escola tranquilamente, sem a necessidade de se conectar por fios para utilizar o laptop. Para Lima, trata-se de um sistema de inclusão que promove uma simbiose, sem necessidade de acoplamento cirúrgico. “É uma uma cooperação entre tecnologia e corpo”, frisa. O projeto, aprovado pelo CNPq em dezembro de 2011 e trabalhado ao longo deste ano – em parceria com a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e com a empresa Ortobras, fabricante da cadeira de rodas -, deve chegar ao mercado em 2013. A estimativa é de que o custo do kit seja entre R$ 3 mil e R$ 5 mil – desconsiderando o valor da cadeira.
Fonte: Terra

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Avape avalia programa de acessibilidade no turismo lançado pelo governo federal.




Turismo acessível
O turismo brasileiro será alvo de investimentos que devem torná-lo mais inclusivo nos próximos anos. O Programa Turismo Acessível, lançado recentemente pelo governo federal injetará R$ 100 milhões de reais no setor, com o objetivo claro de facilitar a acessibilidade de pessoas com deficiência às diversas turísticas e serviços, assim como conhecer as condições atuais de infraestrutura e atendimento. O programa, anunciado na última semana, durante o 24º Festival de Turismo de Gramado (RS), é uma iniciativa do Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur e com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

"A sociedade civil e os militantes que lutam pela inclusão e acessibilidade no país terão agora motivos para comemorar, pois os destinos turísticos brasileiros poderão tornar-se acessíveis e inclusivos a todos os cidadãos", diz Cristiane, coordenadora de acessibilidade da Avape - Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência.

O projeto prevê também a ampliação de oportunidades no mercado de trabalho e um sistema online com informações relevantes sobre acessibilidade nos empreendimentos turísticos (hotéis, pousadas, recreação). No entanto, é importante ressaltar a importância de capacitação profissional para poder atender os turistas com excelência.

População representativa
De acordo com levantamento recente feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no país cerca de 45,6 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 24% da população, ou seja, cerca de um quarto dos brasileiros. O acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida no setor turístico é ainda um assunto que requer ajustes, sobretudo no que se refere à implementação de novas tecnologias para atender essa demanda, segundo Cristiane Ecker Fornazieri.

"A tecnologia é uma aliada neste sentido, mas a estrutura física é fundamental até para poder atender este público crescente. O projeto anunciado pelo governo ganhará ainda mais força quando for atrelado ao setor privado no que se refere ao financiamento de novas tecnologias para adaptação, pois sem elas, a acessibilidade não é completa", explica Cristiane.

Vale lembrar também que a medida anunciada vem atender às demandas dos grandes eventos esportivos previstos para acontecerem no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas 2016 e Paralimpíadas, onde será preciso qualificar profissionais para atender as pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, que se deslocarão de outros estados brasileiros ou vindos do mundo inteiro. "É importante que a capacitação em acessibilidade aconteça sempre, e não somente em épocas festivas ou em jogos esportivos. Esse assunto é extremamente importante e precisa ser amplamente divulgado para que se estenda a todos os setores, como serviços públicos, sistemas de transporte, área de educação, entretenimento, entre outros", assinala a especialista.

Consultoria Avape
Com 30 anos de história, a Avape oferece consultoria para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, auxiliando e proporcionando conhecimento adequado adquiridos em 30 anos de experiência, atuando na área de terceiro setor. O serviço, que é especializado e customizado, conta com uma equipe seleta de profissionais frequentemente treinados e orientados a atuar com temas que envolvem Políticas de Inclusão, Projetos de Sensibilização, Mapeamento de Funções, Análise Ergonômica e Ambiental, Acessibilidade, Recrutamento e Seleção, Medicina, Segurança e Saúde Ocupacional, além do monitoramento e acompanhamento das pessoas incluídas.

Fonte: Trama Comunicação


Fique ligado Einstein abre oportunidade de trabalho com o projeto 'Gente Eficiente'


Fique ligado
O Hospital Israelita Albert Einstein, dentro do projeto Gente Eficiente, abriu 25 vagas para auxiliar administrativo, exclusivamente para pessoas com deficiência. Além da iniciativa, o Hospital comemorou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência incentivando todos seus colaboradores a repensar atitudes para a inclusão e resultar num mundo socialmente mais justo.

Os candidatos devem possuir o ensino fundamental completo e, após selecionados, passam um ano e meio no Centro de Aprendizagem Empresarial Piaget, parceiro contratado para formar os profissionais. Durante o período do curso, os contratados têm direito a salário e benefícios idênticos aos dos demais funcionários. Após o treinamento, os novos colaboradores são adaptados às áreas onde irão exercer suas funções.

Desde o início do Programa Gente Eficiente 543 profissionais foram capacitados, sendo possível o encaminhamento tanto para as contratações internas quanto para o mercado em geral.

Serviço:
Recrutamento de pessoas portadoras de deficiência
Idade mínima: 18 anos
Formação escolar: ensino fundamental completo
Seleção: envio de currículo para genteeficiente@einstein.br

Fonte: Comunicação Institucional - Hospital Israelita Albert Einstein

Tecnologia Estudantes criam sistema que ajuda cego a identificar qualidade da fruta


Tecnologia
Formandos do curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) desenvolveram em seus TCCs tecnologias para facilitar o dia a dia de pessoas com deficiência, como um aparelho portátil para cegos que identifica se a fruta está pronta para consumo. Outro projeto é uma versão digital de exercícios para pacientes com síndrome de Down aplicados por fisioterapeutas. Essas e mais oito ideias estiveram expostas no dia 18/12, na Elexpo, mostra de formatura dos alunos do curso de Engenharia Elétrica, que aconteceu no Ginásio de Esportes (avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 3.972 - bairro Assunção).

Com o objetivo de proporcionar aos cegos o recurso de verificar a validade e qualidade das frutas, um grupo de alunos criou um aparelho portátil que emite aviso sonoro para identificar se a fruta ainda está verde (pronta para consumo em dois dias) ou passou do ponto. Para fazer a análise, basta colocar o aparelho próximo à fruta e aguardar cerca de 10 segundos para o resultado. O protótipo, que custa de R$ 80, foi desenvolvido para identificar a qualidade de bananas, mas pode ser usado em mais opções.

Outro grupo criou um sistema interativo de apoio a fisioterapeutas para tratamento de pessoas com déficits de coordenação, reflexo, resposta, cognitivo e aprendizagem motora, frequentemente apresentados por pacientes com síndrome de Down, paralisia cerebral, doença de Parkinson ou que sofreram acidente vascular encefálico (AVE). Trata-se de um aplicativo para o sistema operacional Android com três exercícios (teste de trilha, seleção de feijão e desenho livre) aplicados nos pacientes por fisioterapeutas.

Com foco no mercado pet, que em 2011 faturou R$ 12,5 bilhões no Brasil, outros formandos criaram um alimentador automático para cães e gatos. O equipamento permite que o dono do animal selecione a quantidade desejada de ração e escolha o período de alimentação, que determinará a frequência diária do abastecimento do pote. No caso da água a programação é desnecessária. O recipiente é completado automaticamente sempre que estiver vazio.

Confira os demais projetos:
Segurança para condomínios -Projeto otimiza a segurança na entrada de condomínios por meio de ferramentas (reconhecimento de controles, facial, e enclausuramento de portões por controle automático que trava quando a pessoa não é reconhecida) que aumentam a confiabilidade do controle de acesso garantindo que o indivíduo seja morador ou visitante cadastrado. As informações são processadas em computador que retorna resultado positivo ou negativo para a entrada.

Economia de energia em máquina sopradora - A solução encontrada pelos alunos foi desligar o motor hidráulico da máquina durante o período de sopro (quando não há movimentos hidráulicos) e religar um segundo antes do reinício dos movimentos. Além da economia de energia, os alunos destacam aumento do fator de potência e também a prevenção do sobreaquecimento do óleo na linha hidráulica.

Sinalização automotiva - Acusa a presença de ambulâncias que estão próximas e indica a posição relativa dos veículos de emergência em relação ao automóvel equipado com o sistema de sinalização. O usuário é avisado da presença da ambulância por um aviso luminoso no painel do carro que indica se o outro veículo está à direita ou à esquerda.

Controle residencial por voz - Os alunos desenvolveram um sistema de controle por comandos de voz de dispositivos domiciliares - torneira, vaso sanitário, iluminação, porta, janela e ventilador. O objetivo é promover a praticidade e conforto, bem como a acessibilidade de pessoas com dificuldade de locomoção.

Luva mouse microcontrolada- É um dispositivo que evita movimentos repetitivos do mouse convencional e aumenta a interatividade do usuário de computador com a interface de manipulação do cursor. O dispositivo é desenvolvido em um formato de luva, de forma que os movimentos da mão possam controlar o ponteiro do mouse.

Sistema de frenagem eletromagnética microcontrolado - É um sistema destinado aos veículos de tração traseira, como caminhonetes e vans; até ônibus e caminhões de grande porte, cuja frenagem auxiliar é feita por meio de um disco metálico acoplado ao cardan. Este sistema é formado por duas partes principais: unidade de controle e de frenagem.

Medidor de rotação a partir da análise da corrente de excitação: O projeto tem o objetivo de medir a rotação de um motor de corrente contínua pela análise da forma de onda da corrente de excitação. Atualmente, quando se quer levantar a rotação de um motor, são usadas técnicas nas quais é preciso ter acesso ao eixo do mesmo (com o uso de encoders e tacômetros, por exemplo).

Fonte: Companhia de Imprensa

Rio Grande do Sul Praia Acessível proporciona cadeiras anfíbias para pessoas com deficiência.



Cadeiras proporcionam segurança para entrar no mar
Foto: Janete Jachetti
Rio Grande do Sul
Um projeto piloto voltado às pessoas com deficiência foi implantado pelo Governo do Estado, no domingo 16/12, em Capão da Canoa, no Litoral Norte. Parte integrante das ações da Operação Verão Numa Boa, o Praia Acessível disponibilizará cadeiras anfíbias para as pessoas com deficiência entrarem no mar com segurança.

O teste do equipamento foi realizado por funcionários da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades (Faders), responsável pelo projeto, em Torres, durante o lançamento da operação. Mais leves e com pneus especiais para a areia, as cinco cadeiras compradas pela Fundação serão disponibilizadas às sextas-feiras, aos sábados e aos domingos, ao longo do verão, em Capão da Canoa, e os veranistas terão a ajuda de um salva-vidas.

"Temos o programa de geração de oportunidades e a ideia foi fazer uma praia acessível dentro do Verão Numa Boa e fazermos com certeza uma praia democrática, dando oportunidades a todos", afirmou o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, que acompanhou o teste das cadeiras em Torres.

O projeto Praia Acessível contempla ainda esteiras ecológicas, feitas por um funcionário da própria Faders, para facilitar o acesso dos cadeirantes à praia. A iniciativa, explica a presidente da Fundação, Marli Conzatti, faz parte do plano RS Sem Limites, voltado às pessoas com deficiência. "Em novembro do ano passado, a presidente Dilma lançou o plano Viver Sem Limites e o Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado a aderir à proposta", destacou.

Fonte: Secretaria de comunicação do governo RS

Empresa berlinense emprega autistas como consultores de TI.


Tobias Altrock tem problemas de comunicação e se irrita facilmente. Foto: Auticon
Autistas com síndrome de Asperger são muitas vezes bem qualificados, mas não encontram emprego. No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o caso dos autistas ilustra bem um potencial pouco explorado no mercado.
Na maioria das vezes, eles possuem bons conhecimentos profissionais, podem pensar de forma lógica e analítica e têm boa capacidade de concentração – mesmo em tarefas que precisam ser repetidas várias vezes. Eles são detalhistas, precisos e têm um alto padrão de qualidade. Mas nem sempre as empresas correrem atrás de tais empregados.
Por volta de 250 mil autistas com a síndrome de Asperger vivem na Alemanha. Trata-se de uma forma mais branda do autismo, cujos portadores possuem as qualidades acima mencionadas. Apesar disso, eles são frequentemente classificados como inaptos para trabalhar pela Agência Federal do Trabalho alemã.
Somente 15% das pessoas com a síndrome de Asperger têm um trabalho normal. O motivo é que elas têm problemas para se integrar num ambiente social de trabalho. Fica difícil atender às exigências das empresas: espírito de grupo, sensibilidade em lidar com outras pessoas e habilidade de comunicação.
Tobias Altrock, 26 anos, tem autismo de Asperger. Ele largou a escola no segundo ano do ensino médio. Até o fim deste ano, ele estava à procura de uma vaga como aprendiz num programa de formação profissional de alguma empresa.
“Não foi por causa das notas”
“Eu me candidatei muitas vezes, mas nunca fui aceito. Tentei encontrar uma vaga de aprendizado profissional”, disse Altrock. “Com certeza não foi por causa das notas, isso já me foi dito várias vezes. Meu psiquiatra me explicou que ele também não me contrataria, se eu fosse convidado para uma entrevista de trabalho. Pode-se ver no meu rosto que sou diferente e que não funciono da forma como geralmente se espera no mercado de trabalho.”
No entanto, no início de novembro, Altrock ganhou finalmente uma oportunidade na vida profissional. Ele foi empregado como consultor júnior na Auticon, uma firma de assessoria em Berlim – e com salário normal de mercado. A Auticon disponibiliza trabalhadores com síndrome de Asperger como consultores de TI (Tecnologia de Informação) para empresas.
A firma foi fundada há cerca de um ano por Dirk Müller-Remus, que deixou para trás seu cargo de executivo numa empresa de tecnologia médica. “A mudança foi ocasionada pelo fato de eu ter um filho com síndrome de Asperger”, disse. Segundo Müller-Remus, seu filho quase não é capaz de dar conta de sua vida cotidiana, mas possui enormes talentos e qualidades.
Para Müller-Remus, era difícil imaginar que seu filho poderia exercer uma profissão normal. “Daí tive a ideia de fundar uma empresa que se baseasse nos pontos fortes de autistas.”
Bons na gestão de qualidade
Os pontos fortes de muitos autistas com síndrome de Asperger estão principalmente na área de gestão de qualidade, diz Müller-Remus. Na maioria das vezes, eles podem pensar de forma bastante estruturada, analítica e lógica. E como há uma grande demanda por testadores de software, sua firma se especializou em treinar portadores da síndrome de Asperger nessa área e disponibilizá-los para empresas.
Para tal, a Auticon se baseia no conhecimento profissional que o candidato já possui. Muitos dos autistas com síndrome de Asperger aprendem temas da Tecnologia de Informação de forma autodidata. “Desde que tenho oito anos de idade, eu me interesso por questões de informática, por programação, hardware, software e lógica em geral. Tudo o que está ligado a algoritmos e lógica, esse é o meu talento, é o que eu posso fazer muito bem”, disse Altrock.
Para que um ambiente normal de trabalho não seja obstáculo para um consultor de TI, a Auticon lhes disponibiliza os chamados treinadores de trabalho, como Elke Seng. Num estágio inicial, ela identifica qual ambiente se adapta a cada funcionário, qual o tipo certo de iluminação, que tipo de barulho deve ser evitado, onde deve se localizar a mesa de trabalho, se a temperatura deve ser mais quente ou mais fria.
Quando, então, o consultor é inserido em alguma empresa, ela é responsável pela concepção adequada do local de trabalho e conversa com outros funcionários e com os chefes sobre as características do autismo de Asperger. “Muitos têm medo de autistas e pensam que eles podem fazer algo errado ou quebrar alguma coisa”, disse Seng. Segundo Müller-Remus, é preciso simplesmente “informar as firmas, bem e abertamente, que está chegando alguém que é diferente e de que forma ele é diferente”.
Expansão planejada
Em Berlim, até o momento, a Auticon já empregou seis consultores. Até o fim do ano, esse número deverá se elevar para 12. Também em Munique encontra-se em planejamento uma nova filial que deverá empregar, no início do próximo ano, seis autistas com síndrome de Asperger.
E graças a uma cooperação com a firma de telefonia móvel Vodafone, quatro postos de trabalho para portadores da síndrome de Asperger irão surgir numa nova filial que está sendo montada em Düsseldorf. Enquanto em outros países já existem empresas similares, na Alemanha, a Auticon é a primeira a treinar autistas com síndrome de Asperger para empresas.
O filho de Müller-Remus ainda não pôde se beneficiar da empresa de seu pai, pois seus talentos estão na área musical. Segundo levantamentos estatísticos, somente 15% dos autistas com síndrome de Asperger se interessam pela área de TI, disse Müller-Remus.
Por esse motivo, ele considera expandir gradualmente o portfólio de serviços da Auticon em torno do tema da gestão de qualidade. De modo que, no futuro, também possam ser empregados funcionários que tenham, por exemplo, seus pontos fortes nas áreas de idiomas e música.
Vantagens econômicas
Para a economia alemã, significa o aproveitamento de um grande potencial inexplorado; para o Estado, uma carga menor de assistência social. Mas e para os afetados?
“Eu ouvi e li biografias muito tristes e muito chocantes”, explicou Elke Seng. “Para muitos, e isso eles mesmos dizem, trata-se da última ou única oportunidade que tiveram no mercado de trabalho.”
Na Auticon, disse Seng, o potencial de tais empregados pode florescer num espaço mais curto de tempo. “Outro dia, um dos novos funcionários me disse: ‘Sra. Seng, na verdade eu tinha uma consulta com o psiquiatra, mas desde que eu comecei a trabalhar aqui, eu não preciso mais ir, porque estou me sentindo muito bem’.”
Autora: Insa Wrede (ca)
Revisão: Francis França

Fonte: DW

Discriminação existe, diz mãe do primeiro aluno com Down da UFG.


Apaixonado por mapas, Kallil decidiu fazer o vestibular para geografia no ano passado, após concluir o ensino médio em uma escola privada de Jataí. Foto: Arquivo Pessoal
Angela Chagas
Em fevereiro deste ano, o Terra contou a história de um jovem que, aos 21 anos, tornou-se o primeiro estudante com Síndrome de Down aprovado no vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG). Passados 10 meses, o fato inédito transformou-se em um exemplo de superação para professores e alunos da instituição. Kallil Tavares está no segundo semestre do curso de geografia no campus de Jataí (GO) e contou, em entrevista por telefone, que está “feliz e com muitos amigos”.
A pedagoga Eunice Tavares Silveira Lima, mãe de Kallil, concorda que ele foi bem recebido tanto pelos professores quanto pelos colegas. “Claro que a discriminação existe em todos os lugares, na universidade não é diferente. Algumas pessoas ficam olhando de lado, não se manifestam, mas, em compensação, tem muitos amigos especiais, que participam, ajudam”.
Apaixonado por mapas, Kallil decidiu fazer o vestibular para geografia no ano passado, após concluir o ensino médio em uma escola privada de Jataí. Incentivado pela mãe, ele conseguiu a aprovação, sem correção diferenciada – concorreu em condições iguais a todos os demais candidatos.
No primeiro semestre, Kallil conseguiu aprovação em cinco das oito disciplinas. “Em maio eu percebi que ele estava tendo dificuldades em algumas aulas mais teóricas, então resolvemos trancar uma disciplina. Em outras duas ele acabou reprovando”, afirma a mãe. Apesar disso, Eunice se diz “surpresa” com o desempenho do filho na faculdade. “A universidade é outro ritmo, bem mais corrido. São muitos textos, conteúdos mais complexos do que ele estava acostumado na escola. Mas estamos muito felizes por ele estar conseguindo acompanhar”, afirma ao ressaltar que o filho não tem nenhum tipo de privilégio nas avaliações. “Ele faz a mesma prova que todos os outros”.
Questionado sobre o que mais gosta na universidade, Kallil não vacila em afirmar: “astronomia, geologia e dos mapas”. Segundo a mãe, as aulas práticas despertam mais interesse do filho. “É mais fácil para ele quando consegue aprender com algo concreto, como vídeos e imagens. Em geologia, por exemplo, ele participou de uma aula de campo e voltou para casa cheio de rochas que coletou”, conta.
No começo do curso, Kallil teve auxílio de uma monitora, uma colega de curso que auxiliava o jovem na leitura dos textos e explicava os conteúdos passados pelos professores. No entanto, no segundo semestre ela acabou desistindo da bolsa paga pela universidade e agora a UFG tenta conseguir outro monitor. A mãe espera que o problema seja resolvido logo, já que sem a monitoria fica mais difícil garantir o aprendizado.
De acordo com o professor da Faculdade de Educação e coordenador do Núcleo de Acessibilidade da UFG, Ricardo Teixeira, a faculdade de geografia está empenhada em conseguir, o mais breve possível, um novo monitor para Kallil. Para Ricardo, a história de superação do estudante é um exemplo para a universidade, que tenta incluir cada vez mais alunos com deficiências físicas e intelectuais.
Neste ano, outro jovem com Síndrome de Down ingressou na UFG, mas não pelo vestibular. O estudante do curso de matemática, cujo nome a universidade não divulga a pedido da família, conseguiu a aprovação pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Há quatro anos tínhamos apenas 10 alunos com algum tipo de deficiência na UFG, hoje são mais de 100. Esse movimento a gente espera aumentar ainda mais, com exemplos como o do Kallil”, diz o professor.
De acordo com ele, não houve resistência por parte dos professores em dar aula para um aluno com Down. “Essa resistência ao novo é algo comum, mas surpreendentemente não enfrentamos isso com os professores da geografia. Não houve nenhuma rejeição e todos tentam se empenhar ao máximo para garantir que ele tenha um bom aproveitamento”, afirma. No entanto, Teixeira lembra que a estrutura física e o acompanhamento oferecido aos alunos com alguma deficiência ainda precisa melhorar. “Isso é algo que estamos em constante construção”.
Para Eunice, contudo, a família não cria expectativas e não pressiona o jovem para ser aprovado e concluir logo o curso. “Se for em quatro ou em 10 anos, tanto faz. O importante é que ele se sinta feliz”.
Planos para o futuro
Na conversa com o Terra, Kallil disse que seu sonho é ser professor de geografia. Ele ainda tem uma longa jornada pela frente, já que as aulas do segundo semestre começaram faz pouco por causa da greve dos professores. Mas determinação e vontade de vencer não faltam, mesmo que alguns ainda duvidem.
“A sociedade tem dito historicamente para essas pessoas (com Síndrome de Down) que elas não são capazes, mas essas pessoas estão mostrando que sim, que são capazes. O exemplo do Kallil é muito importante para termos consciência que qualquer pessoa que tenha oportunidade, que é estimulada, consegue”, afirma o professor da UFG.
Eunice sempre acreditou que o seu menino era capaz de chegar a universidade e de alcançar muito mais. Mas hoje ela diz que a maior alegria da vida é ver o sorriso no rosto do filho todos os dias enquanto se prepara para a aula. “Ele está feliz, não tem nada melhor para uma mãe que ver um filho feliz”.
Fonte: Terra

Mulher de Travolta culpa produtos com agrotóxicos de piorarem autismo do filho.


ravolta e família
Quatro anos após a tragédia, Preston falou sobre o sofrimento da família.

Kelly Preston, mulher de John Travolta, falou sobre seu filho Jett, morto em janeiro de 2009 aos 16 anos, durante o programa de TV “The Doctors”.
Jett, o primeiro filho do casal, morreu de uma convulsão enquanto a família estava de férias nas Bahamas. Travolta confirmou depois da morte que Jett era autista.

Quatro anos após a tragédia, Preston falou sobre o sofrimento da família. “Não acredite em um monte de coisas que você lê”, disse. A atriz afirma que além do autismo, Jett sofria da síndrome de Kawasaki [vasculite que pode provocar aneurismas].
Cientologistas, Travolta e a mulher acreditam no desuso de medicamentos e na alimentação orgânica. Preston foi ao programa para defender a diminuição da ingestão de alimentos que contenham pesticidas e produtos químicos. A atriz acredita que produtos com agrotóxicos colaboram para o aumento da taxa de autismo em crianças.
Os antibióticos “deram aftas a [Jet]”, disse ela, por conta de uma infecção de Candida, que alguns estudos relacionam com os sintomas de autismo.
Fonte: Comunidade News

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pessoas com deficiência e suas necessidades vitais: Orientações sentimentais, amor e sexo.


Até os 13 ou 14 anos, a criança com deficiência certamente terá uma vida normalizada, com brincadeiras e tudo que sua infância poderá lhe oferecer. Mesmo porque, ela não ligará se algum amigo lhe fizer uma piada, chamar-lhe de nomes pejorativos (aleijadinho, ceguinho, etc.) e brincará, mesmo se for do seu jeito. Ela tem quem pense, cuide e se responsabilize por si. Nunca é demais lembrar um pouco da Psicologia do Desenvolvimento. Na adolescência ocorrem as modificações fisiológicas, o amadurecimento sexual, transformações corporais, tanto no moço, quanto na moça. As funções afetivas voltam a preponderar mais ativamente numa construção de identidade que passa a ocupar o primeiro plano. Surgem as ambivalências de atitudes nas experiências e necessidades novas, embora ainda confusas; desejos de posse, atração pelo sexo oposto, procurando um ideal para completar a sua pessoa. Conhece novas formas de amar e desejar alguém além dos laços familiares. Necessidades de conquistas, aventuras, independência, ultrapassar a vida cotidiana, surpreender-se, unir-se a outros jovens com os mesmos ideais. Ter amigos para suas confidências, enquanto cartas de amor em seu caderno misturam-se com as lições escolares.
Fase marcada por rupturas, inquietudes, ambivalências de atitudes e sentimentos, o jovem passa a se opor aos hábitos da vida e costumes traduzidos na busca da consciência de si, na integração do novo esquema corporal e na apropriação de sua identidade adulta. Desperta-se sua consciência social e política. Um descontentamento e o desejo de transformação, o famoso “Querer mudar o mundo!”. Emite altas críticas ao modelo hipócrita dos valores ditos burgueses.  Ao mesmo tempo, o jovem passa a ter dúvidas metafísicas e científicas, traçando muitos questionamentos.
Para quem não tem algum tipo de deficiência, ao entrar na idade da puberdade poderão surgir problemas e começam a se formar “grilos” de transa com seu corpo. Para quem tem uma deficiência, a adolescência pode ser um pouco mais crítica.
Problemas surgirão porque a sociedade, em geral, impõe certos valores socioculturais, nos quais os homens têm que ser musculosos e viris e as mulheres têm que possuir curvas mais acentuadas em seus corpos. Para a sociedade, os corpos das pessoas têm de estar em perfeitas condições (física e intelectual) para responder a essas solicitações socioculturais. Na adolescência, a pessoa passará a ser “gente grande”, respondendo às responsabilidades de sua idade. Se seu corpo apresentar algo que se desvie do normal, encontrará problemas para se integrar na sociedade e exprimir os seus desejos sexuais. Sendo assim, é levado a segundo ou até a terceiro plano.
Hoje, o mundo está todo voltado aos seres perfeitos. Ao ligarmos a televisão, homens e mulheres exibem seus belos corpos e, nas revistas masculinas (que hoje são muitas no mercado), mulheres (verdadeiras gatas) expõem sua nudez provocante, excitando a sexualidade de todos. Os meios de comunicação ditam os modelos a seguir, o perfeito, o ideal, o que devemos fazer para sermos aceitos no grupo, no clube, pelos colegas, pelas mulheres, pelo namorado. É verdade que ninguém consegue ser totalmente livre de pressões e influências culturais. A ideia de perfeição mostrada pelos meios de comunicação e pela publicidade é falsa. Trocando em miúdos, todo esse “sex-shop” dos meios de comunicação despertam o extinto sexual do jovem com deficiência e, muitas vezes, colabora para que se angustie em face de seu problema.
Pode acontecer que uma pessoa sem deficiência se interesse por outra que possui alguma deficiência, seja ela física, mental, auditiva, visual ou múltipla. Via de regra, enfrentará problemas em sua família e com alguns de seus amigos. Só que a pessoa com deficiência também sofrerá problemas familiares, uma vez que seus pais podem não aceitar, de início, que alguém que sempre esteve aos seus cuidados esteja apaixonado(a) por seu(sua) filho(a) podendo, num futuro, naturalmente distanciar-se do convívio familiar diário, visando levar uma vida de casal de namorados, sair, passear, divertir-se. Muitos relacionamentos não deram certo por esses motivos.
Do mesmo modo, pode haver uma resistência de aceitação muito grande por parte da família da pessoa sem deficiência, ocorrendo boicotes ao relacionamento de forma sutil ou até mesmo evidente. Segundo li num artigo do psicólogo Fabiano Puhlmann (e tomo a liberdade de aqui reproduzir livremente), “imagine aquela mulher com deficiência física severa, com certo grau de dependência geral dos pais, os quais não se colocam diretamente contra o namoro, mas inventam regras impossíveis de ser cumpridas, como proibição do namoro em casa, falta de colaboração no transporte, chegando até a chantagens financeiras. (…). Algumas vezes acontece o oposto, a mulher que se envolve com um portador de deficiência física e percebe com espanto que, ao contrário de seus outros namorados, este é tratado com total e irrestrita aceitação, chegando até ao exagero, a família adota o novo membro sem restrição, tornando-o, com o tempo, um pseudofilho… Nestes casos, a relação também fica comprometida, o casal vai se tornando meio-irmão”.
Os que conseguem romper essas dificuldades iniciais provam à família e aos amigos que são capazes de amar e de serem amados e, aos familiares, provam que o relacionamento está fazendo bem aos filhos que eles tanto amam.
Um relacionamento amoroso pode acontecer entre pessoas com deficiência: casais de cegos muito felizes, casais de surdos. Atualmente, estão realizando casamentos entre pessoas com deficiência mental, com síndrome de Down, as quais passam a morar sozinhos, contando com o acompanhamento próximo de familiares.
As pessoas com deficiências mentais
Houve época que a sexualidade era assunto proibido para pessoas com deficiência, tanto por parte dos pais, como dos profissionais que lidavam com elas e que quase nunca estavam preparados para tratar do assunto. Um fato ignorado ou pelo menos não aceito por esses pais, é que seus filhos possuem sexualidade. Para muitos, a criança com uma sequela e limitações não terá tais manifestações. E é aí que muitos se enganam. Reprimir essa sexualidade não faz com que ela desapareça, mas tal repressão pode colaborar para aumentar sua angústia ou agressividade, alterando o equilíbrio emocional desses jovens, diminuindo suas possibilidades de um desenvolvimento melhor. Já há pesquisas comprovando que essas pessoas anseiam por uma relação afetiva, sendo capazes de aprender a lidar com sua própria sexualidade, um fator importante para o desenvolvimento da personalidade. Dependendo do grau de sua deficiência, compreendem e adquirem parâmetros para discernir o que é adequado ou não, o que é privado ou público, o que se tem permissão de tocar em partes íntimas e, ainda, entender as consequências do ato sexual.
Os desejos e manifestações sexuais nascem naturalmente com as pessoas, quer tenham deficiências ou não. Tais satisfações são naturais como comer quando se tem fome, beber quando se tem sede ou ir ao banheiro quando se tem vontade. Por meio da sexualidade há a expressão de sua afetividade, capacidade de estar em contato consigo e com os outros na construção de sua autoestima e autoconfiança.
A masturbação dessas pessoas é algo inevitável. Não há uma idade certa para o início, pois até alguns bebês já foram vistos se masturbando. A masturbação talvez seja a única forma de aliviar suas tensões sexuais. E, se punido por isso, poderá complicar a situação emocional para essas pessoas.
Certamente, a criança/jovem com deficiência mental de maiores graus não terá relações sexuais com outros parceiros. É possível que a masturbação ocorra mais vezes que os demais. Isso porque se tem bem menos atividades e tenta ocupar o tempo com algo que lhes satisfaçam. Se sua rotina for aumentada com outras atividades (TV, jogos, passeios), seu interesse sexual certamente diminuirá.
Namoro e orientação sexual
Entre as pessoas com deficiência mental é comum elas confundirem amizades com namoro, mas quando ele realmente ocorre, o desejo sexual nem sempre pode estar presente na relação. Mesmo assim, via de regra, haverá dificuldades de aceitação dos familiares, bem como os riscos que terão de assumir. A gravidez é uma dessas preocupações, esbarrando no nível de independência dessas pessoas. Se essa gravidez ocorrer, dependerá da vontade e condição da família em assumir a supervisão das atividades do casal e da criança, provavelmente para sempre.
Alguns profissionais e/ou instituições especializadas que lidam com clientela com deficiência mental também cometem o erro ao considerá-los assexuados, sem nenhum autocontrole ou capacidade mínima de entendimento ético e social. Culturalmente, ainda pessoas com deficiência mental são vistas como eternas crianças, merecedoras de piedade, que devem ser tratadas com benevolência e de forma paternalista. Nas instituições, os profissionais reclamam pela falta de normas claras sobre quais atividades sexuais podem e devem ser permitidas. A orientação sexual, quando existe, não vai ao encontro das necessidades reais dessa clientela. Esses preconceitos e tabus dificultam um pouco a inclusão de atividades para a educação sexual nas instituições e/ou entre os familiares.
Meninos precisam ser informados por ocasião da adolescência sobre a ejaculação, assim como meninas necessitam de orientação sobre como lidar com a menstruação, ambos precisam ser informados sobre as mudanças pelas quais estão passando. Mesmo tendo um nível diferenciado na capacidade de aprendizado, na independência, estabilidade emocional e habilidade social, podemos e devemos incluir a orientação sexual na educação geral das pessoas com deficiências mentais, integradas à estimulação sensório-motora, intelectual e das capacidades adaptativas ao meio social, de modo natural. As últimas décadas mostram-nos uma melhoria contínua dos cuidados à saúde e à inclusão social que essa clientela vem alcançando, uma vez que são capazes de viver integrados na comunidade e, portanto, expostos a riscos, liberdades e responsabilidades.
É comum surgir ambiguidades de conduta e de orientação entre os pais e profissionais, com conflitos, atitudes incoerentes, frustração, angústia. Caberá em nossas intervenções enquanto psicólogos, orientar pais e os profissionais que assistem pessoas com deficiência mental que a vivência sexual deles, quando bem-conduzida, melhora o desenvolvimento e equilíbrio afetivo, incrementa a capacidade de estabelecer contatos interpessoais, fortalece a autoestima e contribui para a inclusão social.
Outros aspectos
Uma coisa é certa: Para as pessoas “ditas normais” existem dificuldades em relação ao sexo, tais como timidez, medo da concepção, tabus herdados, dependências diversas. Certamente, todas essas dificuldades para uma pessoa (aqui o caso é o jovem) com deficiência aumentam ainda mais. Porém, apesar dos preconceitos impostos, são rapazes e moças que amam, namoram e casam. E, na maioria dos casos, podem gerar filhos, criá-los e educá-los. Há riscos e dificuldades inesperadas, mas são barreiras que eles têm condições de discutir e resolver.
As soluções para os problemas dessa natureza surgirão com uma boa inclusão social. Quanto mais amigos e participação nas atividades jovens, mais chances haverá em relação ao amor ou até mesmo ao sexo. Isto porque se eles(as) participam de um grupo e de suas atividades, serão sempre vistos pelas suas qualidades de pessoa normal e nunca com os preconceitos iniciais de quem os veem pela primeira vez.
É válido, aqui, abrir espaço para uma séria denúncia: o mau uso da sexualidade!
Há, atualmente, muitos casos de pessoas com deficiência que, por falta de orientação e acompanhamento (ou até mesmo rejeição), tornam-se homossexuais, prostitutas e viciados em drogas. Porém, esse problema não é bem deles: é consequência da nossa incapacidade social e das ideologias socioculturais.
Outro problema é em relação ao comportamento negativo dos pais. Antes da existência dos motéis, os pais, num gesto de machismo, ao ver o filho “normal” entrar na puberdade, encaminhava-o às prostitutas. O mesmo está acontecendo hoje em dia com pais de jovens com deficiências mentais, embora exista a resistência das mães. Em São Paulo, já existem algumas casas de massagem com moças “preparadas” para manter relações com esses jovens. Há consequências terríveis: esses rapazes não estão preparados para esta experiência, concentra-se no prazer e querem repeti-lo todos os dias.
Uma vez num Congresso em São Paulo, um pai de um rapaz com paralisia cerebral contou-nos que contratava moças e servia de motorista para levá-los a um motel. Isto, ao meu modo de ver, tem dois lados: o positivo em que ele reconhece que o filho também é um homem e tem suas necessidades e desejos – e talvez não se satisfaça mais com uma simples masturbação – e, pelo lado negativo, ele estava facilitando a vida do filho sem dar-lhe direito a ir à luta por si mesmo.
Mas como ir à luta? Ele deveria incluir mais o filho entre as meninas de sua idade. Por exemplo, pegando amigos(as) do garoto, levá-los ao cinema, lanchonetes, convidando-os para frequentar sua casa e deixando-os sempre à vontade num papo descontraído. As moças iriam passar a vê-lo como outro rapaz qualquer, podendo depois até ter algo mais sério, o que ocorreria naturalmente e seria até mais gostoso. Ela (no caso já como parceira dele) naturalmente iria ajudá-lo a descobrir o melhor modo de se relacionar, buscando melhor prazer para ambos.
Emilio Figueira Jornalista, psicólogo, pós-graduado em Educação Inclusiva e doutorado em Psicanálise. Autor de mais de quarenta artigos científicos nesta área e de vinte livros, dentre os quais destaca-se “Caminhando em Silêncio – Uma introdução à trajetória da pessoa com deficiência na história do Brasil”.