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quinta-feira, 5 de abril de 2012

TECNOLOGIA: Programa de leitura para celular é criado para facilitar a vida de pessoas com deficiência visual.



Tecnologia
A Bahia possui cerca de 2.800 deficientes visuais, segundo os dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um software para celulares, o Scanner Leitor Portátil (SLEP), criado pela NnSolutions, sediada em Salvador, está melhorando a qualidade de vida desses cidadãos, possibilitando mais autonomia, segurança e independência nas suas ações cotidianas.

O programa é instalado em um aparelho e faz a conversão do texto em áudio. Para isso, basta o usuário posicionar o telefone em frente ao papel desejado a uma distância de aproximadamente 30 centímetros e tirar uma foto."Nós, deficientes visuais podemos ter muito mais independência, ler documentos, livros, bulas, identificar os valores das contas que chegam em nossa casa, ou mesmo em um restaurante", afirma Reginaldo Nonato.

Para o diretor da Associação Baiana de Cegos, Everaldo Neris, o programa melhora a qualidade de vida dos deficientes. "Pode ser instalado em um telefone, que nós já possuímos, facilitando o transporte e nos possibilitando a leitura de um cartaz, um panfleto dado no ônibus, ou mesmo um aviso no mural do condomínio".

Inclusão social
Para desenvolver o SLEP, a NnSolutions contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), por meio de um edital do Programa de Apoio à Pesquisa na Empresa (Pappe) - Subvenção Econômica. Para este projeto, a Fapesb, junto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), disponibilizou cerca de R$ 485 mil não reembolsáveis.

O SLEP está sendo comercializado desde o final do ano passado e custa em média R$ 900,00. "Pensando em uma forma de inclusão social para os portadores de deficiência visual no Brasil, criamos o software que faz a leitura destes dados por viva-voz para o usuário", afirma o gerente da empresa Vitor Teixeira. Segundo ele, o sistema só foi possível com a ajuda da fundação, por meio do edital. "O valor do sistema, se comparado a um scaner de mesa, que custa mais de R$ 20 mil, não chega a ser tão alto", disse.

De acordo com o coordenador da área de competitividade empresarial da Fapesb, Alzir Mahl, somente no ano passado, foram disponibilizados mais de R$ 17 milhões para projetos, dos quais R$ 8 milhões foram liberados pelo Governo do Estado. "A Fapesb tem o objetivo de estimular e apoiar o desenvolvimento das atividades científicas e tecnológicas do estado. Desde 2007, a fundação já firmou mais de 90 contratos com empresas de grande, médio e pequeno porte", informou Alzir.

Fonte: Alagoinhas Noticias

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