
Segundo o diretor do hotel Villa Bella, Roger Baqui, o projeto que começou ainda em 1987 culminou em um estabelecimento pioneiro no país. “Entendi que era necessário garantir a acessibilidade, e convenci arquitetos e engenheiros a darem início ao projeto. Em 2004 o hotel se tornou 100% acessível”, diz o diretor do estabelecimento.
O primeiro andar do hotel é todo adaptado para cadeirantes, e também atende as necessidades de deficientes visuais e auditivos, com equipamentos especiais, como um telefone que converte voz em texto e vice-versa, além de material em braile.

Hotel dispõe de talheres e cardápio em braile, além de rampas para cadeirantes (Fotos: Felipe Truda/G1)
Os quartos do primeiro piso possuem espaços mais amplos, armários baixos e banheiros adaptados, bem como os da recepção. Os preços das diárias variam entre R$ 293 e R$ 1.370. No quarto andar, fica a suíte mais cara – também adaptada para cadeirantes.
A preocupação com acessibilidade também está presente em áreas de recreação, com uma cadeira que leva o hóspede para dentro da piscina e uma barra para a locomoção na água, e nos restaurantes, com cardápios e talheres com inscrições em braile. Recentemente o estabelecimento investiu na compra de uma van adaptada para o transporte dos cadeirantes.
Proprietário da agência paulista Turismo Adaptado, voltada para o público com necessidades especiais, Ricardo Shimosakai elogia a iniciativa. Cadeirante desde 2001, ele afirma que o hotel se destaca ao fornecer 10% das acomodações adaptadas.
“O recomendado é que os hotéis tenham 5% das acomodações adaptadas, mas se listarmos todos os hotéis do Brasil que possuem isto, teremos um livrinho muito pequeno. Dentro desta ideia o Villa Bella é um bom hotel, um dos melhores do país”, afirma o turismólogo.
Para ele, no entanto, ainda faltam alguns detalhes para o hotel ser considerado totalmente acessível, como mais facilidades para deficientes visuais. “Se eu fecho os olhos, não consigo pegar um guardanapo ou ir ao frigobar”, exemplifica.
Além disso, Shimosakai sente falta de mais opções para cadeirantes. “E se eu quiser ficar em um quarto standard?”, questiona. Ainda assim, ele afirma que o hotel está no caminho certo e poderia servir de exemplo para outros estabelecimentos do gênero no país.

Hotel tem banheiros adaptados em quartos e na recepção (Foto: Divulgação/Villa Bella)
Fonte: Portal G1
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