Criança de cinco anos sofre com epidermólise bolhosa. Enfermidade gera lesões e infecções em todo o corpo da criança.

Vanessa Alves Costa dedica seu tempo para cuidar do filho de cinco anos (Foto: Valdivan Veloso / G1)
“Desde o início foi muito complicado. Ele já nasceu sem a pele das perninhas. Fizeram os curativos, mas as lesões foram aumentando sem que os médicos soubessem o que era”, conta a mãe.
A todo o momento, segundo Vanessa, uma nova informação sobre o quadro de saúde do filho a assustava mais que a ajudava. “A coisa que mais me doía era que eu queria abraçá-lo e falavam-me que eu não podia. Eu via todos os bebês arrumadinhos e o Lucas não podia sequer vestir uma roupinha.”
Dar banho na criança era uma tarefa muito complicada para a mãe, que sofria ao ver o filho se queixar de dor quando ela trocava os curativos. Porém, a esperança de sanar a aflição do filho tomou novo rumo. Há cerca de um ano, uma mobilização pelas redes sociais mudou a rotina e a forma do tratamento.
“Muitas pessoas souberam da história pela internet e começaram a nos ajudar. Foi por meio da campanha que conseguimos médicos e o tratamento em hospitais de São Paulo (SP), onde já se cuidava de crianças com esta doença”, diz a mãe.
Vanessa afirma que com o tratamento especializado já é possível perceber as melhorias de Lucas. “O prazer que tenho agora é de poder cuidar dele e vê-lo sentir menos dor, pois agora já estamos utilizando material apropriado.”
Os dias e momentos de dedicação são recompensados pelo sorriso do pequeno Lucas. Com um brilho no olhar, ele afirma preferir os cuidados da mãe que os dos médicos. E, com um sussurro, faz a mãe se emocionar ao dizer “Eu te amo”.
Campanha nas redes sociais
O movimento na internet em prol do menino Lucas começou há cerca de um ano. Muitas pessoas aderiram à campanha e passaram a compartilhar fotos e mensagens que divulgavam o caso da criança. Em pouco tempo, a história da família já se tornou conhecida em toda cidade de Montes Claros e região.
A doença genética afeta as camadas da pele e propicia o surgimento de bolhas entre estas camadas. Segundo a dermatologista Uxcilene Melo, essas bolhas podem gerar infecções e um complicador para o paciente é que ainda não possui medicamentos específicos para a enfermidade.
“O tratamento é voltado para as infecções e outras consequências da doença, pois ainda não existe um tratamento de cura”, explica a médica.
Fonte: G1
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