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terça-feira, 26 de março de 2013

Avanço Aumenta expectativa de vida de pessoas com Síndrome de Down


Avanço
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui hoje 300 mil pessoas com Síndrome de Down. No passado, sua expectativa de vida era, em média, de 20 anos. Em virtude do avanço dos tratamentos médicos, existem hoje casos de indivíduos que chegam e ultrapassam os 60 anos.

De acordo a Dra. Sandra Cristina Fonseca Pires, professora instrutora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, uma das principais causas da morte precoce era a cardiopatia, disfunção no coração que acomete 60% dos nascidos com Síndrome de Down. "Antigamente, as crianças ficavam dependentes de remédios e acabavam tendo uma expectativa de vida muito baixa, pois não existia estrutura médica capaz de reverter o quadro cardiopático. Hoje, a operação para corrigir esse problema acontece nos primeiros anos de vida", diz.

A Síndrome de Down é uma alteração genética resultante da presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso, também é conhecida como trissomia 21. A maioria das pessoas com o problema apresenta a denominada trissomia 21 simples, o que significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais. Este fenômeno é conhecido trissomia simples ou não-disjunção. Existem mecanismos que levam à ocorrência da trissomia do cromossomo 21: mosaicismo, que ocorre quando a trissomia está presente somente em algumas células e, por translocação, quando o cromossomo 21 está unido a outro cromossomo.

Segundo a doutora, pessoas com Síndrome de Down devem ter o acompanhamento de um médico clínico, endocrinologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e terapia ocupacional. "O psicólogo também é importante, principalmente, para ajudar o paciente na passagem para a adolescência e posteriormente para a fase adulta", afirma.

A professora explica que pessoas com Síndrome de Down podem ter filhos, porém, há uma preocupação entre os especialistas uma vez que o déficit cognitivo da pessoa com Síndrome de Down pode interferir nesse processo. "Não existe a compreensão clara das situações, pois, pelo prejuízo intelectual, eles podem não apresentar a maturidade necessária para terem um relacionamento sexual com os seus devidos cuidados, nem a percepção clara das responsabilidades de se gerar um filho", analisa.
A especialista destaca que, quando um dos membros do casal apresenta o problema, existem 50% de chances de a criança nascer com a Síndrome. Já se o pai e a mãe tiverem a alteração, as probabilidades chegam a 80%.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, a Dra. Sandra informa que as empresas estão abrindo espaços para eles e há relatos de pessoas que chegaram a cursar faculdade. "Há muitas oportunidades profissionais em cargos auxiliares, por exemplo, porém com algumas restrições nas atividades a serem exercidas", conclui.

Sobre a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo: Tradicional instituição de Medicina, criada em 1963, completará 50 anos em 2013. Atualmente, também oferece graduação em Enfermagem e Fonoaudiologia, além de diversos cursos de especialização, mestrado e doutorado, na Pós-Graduação. Em sua infraestrutura, apresenta importantes laboratórios como de Anatomia, Imunologia, Microbiologia, Farmacologia, Bioquímica, Técnica Cirúrgica, Fisiologia, Biologia Molecular, Cirurgia Experimental, Centro de Simuladores, além de ambulatórios, enfermarias e Centros Cirúrgicos do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo, conveniado com a Faculdade. Visite o site:www.fcmsantacasasp.edu.br.

Fonte: Fran Press Assessoria de Imprensa

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