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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Lei de Cotas Especialista da Avape avalia a inclusão de pessoas com deficiência

Lei de Cotas
É fato que o cenário de empregabilidade para pessoas com deficiência mudou muito de alguns anos para cá no Brasil, principalmente em virtude da Lei de Cotas (8.213/91), que neste dia 24 de julho completa 22 anos em vigor no país. No entanto, ainda é alto o número de cidadãos com este perfil desempregados. De acordo com o Censo 2010, apenas 1,6% das pessoas com deficiência no Brasil estão inseridas no mercado de trabalho formal.

O Ministério do Trabalho aponta o número de 306 mil pessoas formalmente empregadas no Brasil, mas esse índice é ainda pequeno frente ao número de pessoas com deficiências que vivem hoje no país, que já passa de 45 milhões de brasileiros. De acordo com dados levantados em 2011 pelo RAIS - Relação Anual de Informações Sociais, no caso das pessoas com deficiência Física, esse montante é da ordem de 77,7 mil, ou 44,60% do total, seguido das pessoas com deficiência Auditiva (27,9 mil ou 37,88% do total) e 9,8 mil para aqueles com deficiência Visual, ou 44,70% do total, Intelectual (Mental) (5,0 mil ou 26,46% do total) e Múltipla (1,4 mil ou 33,61%).

"Além do preconceito cultural instaurado no Brasil, outra realidade que dificulta a inclusão se deve à dificuldade de algumas empresas no que se refere à expertise de capacitação e treinamento destes profissionais, já que é muito importante orientar devidamente estes colaboradores para o exercício pleno das atividades cotidianas", avalia Marcelo Vitoriano, gerente nacional de inclusão da Avape - Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência, entidade que há 31 anos atua na reabilitação, capacitação e inclusão profissional de pessoas com deficiência.

"O Brasil tem muitos talentos ainda não aproveitados entre os cidadãos com deficiência. Mas é preciso ainda criar a cultura da inclusão efetiva, que aproveite todo o potencial do trabalhador e não se limite apenas ao cumprimento da Lei de Cotas. Se houver preocupação em capacitar e extrair o melhor deste profissional, ele certamente renderá bons resultados para a empresa, assim como acontece com qualquer pessoa", reforça Vitoriano.

Vale lembrar que a Lei de Cotas, exige que empresas com mais de cem funcionários destinem vagas de trabalho voltadas a pessoas com deficiência. Se tiver de 100 a 200 colaboradores, a exigência é de 2% das vagas, já para companhia que tenham de 201 a 500 funcionários, o mínimo exigido é de 3%. O não cumprimento da lei torna a empresa passível de recebimento de multas aplicadas pelo Ministério do Trabalho.

Ainda segundo dados do RAIS, em 2011, cerca de 325,3 mil vínculos empregatícios foram declarados no caso das pessoas com deficiência, representando 0,70% do total, sinalizando relativa estabilidade, quando comparado com o resultado registrado em 2010 (0,69%). Do total de 325,3 mil, 213,8 mil eram do gênero masculino e 111,4 mil do feminino, o que indica uma proporção de 65,74% do total de Deficientes para o Homem e de 34,26% para a Mulher.

"É necessário o investimento em estratégias de inclusão e políticas públicas bem consolidadas para ampliar o número de inclusões no mercado e, aos poucos, mudar a mentalidade da sociedade. "Temos milhões de jovens e adultos cegos, surdos, com deficiências físicas e intelectuais, ansiosos e dispostos a ingressar em um mercado que hoje vive um problema de crescimento, gerado pelo gargalo da mão-de-obra. É hora de superarmos o déficit de anos e intensificarmos táticas que possam conjugar capacitação e inserção laboral", diz Vitoriano.

Preparo e capacitação
Ao longo de seus 31 anos, a Avape já atendeu mais de 3,9 milhões de pessoas e promoveu a inclusão de mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Com expertise e metodologia própria, a entidade, em parceria com empresas via contrato, realiza treinamento para capacitação e reabilitação de pessoas com deficiência, a partir de uma metodologia própria e específica para atender a demanda.

O programa de capacitação desenvolvido pela Avape é composto basicamente por três módulos: comportamental, técnico e negócios e ajuda os profissionais a desenvolverem ou adequarem habilidades em relação a estas três áreas. Nas indústrias, o foco maior são vagas em Processos Produtivos; no Comércio, em processos de vendas e atendimento ao cliente; e em Serviços, vagas como Auxiliar Bancário.

A Avape já prestou atendimento deste tipo a mais de 50 empresas como Casas Bahia, Grupo Votorantin, Coats Corrente, C&C, Porto Seguro, NET, FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos, entre outras.

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