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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sobre o sistema de cotas para emprego da pessoa com deficiência

Por Sonia Dezute e José Deoclécio de Oliveira
É notório que o sistema de cotas que empregam pessoas com deficiências no mercado de trabalho não é cumprida pelos empregadores na sua totalidade. Há informações que a maioria dos empresários só empregam pessoas com deficiências leves e com qualificação profissional. A maioria dos cadeirantes, os com déficit intelectual, cegos e surdos são rejeitados. Quando as cotas não são preenchidas alega-se que não há candidatos disponíveis; um verdadeiro “jogo de empurra” que as autoridades competentes “engolem”. Existem ONGs que capacitam essas pessoas, mas na hora de empregá-las sempre são escolhidas as que têm melhores condições motoras.
Os empresários não têm preocupação nenhuma com o mínimo de investimento em pequenas adaptações nos seus espaços físicos. Está na hora de mudar esta postura, pois já foi mais que provado que a pessoa com deficiência é tão eficiente ou mais que o trabalhador comum.
Já se fala em diminuir a porcentagem das cotas porque nunca se preenche as vagas, mas não se discute que a pessoa com deficiência também tem obstáculos para vencer a gama de barreiras que permeiam suas vidas.
Quase também não se vê deficientes em altos cargos, exercendo profissões aprendidas em universidades porque a esta parcela sempre é atribuído empregos  fora de suas áreas de formação. Aqueles que conseguem alguma notoriedade, geralmente já vêm de famílias abastadas e não passam pelas dificuldades que a pobreza impõe; não cuidam de afazeres domésticos ou nunca entraram num coletivo tendo que andar por calçadas esburacadas sem espaço. O deficiente que luta pela sobrevivência não tem cuidador e muitas vezes é obrigado a cuidar dos próprios filhos ou de seus pais já idosos e debilitados. Não há glamour no meio da classe mais pobre e ninguém vai vê-lo nas telas e no meio político, a menos que façam parte de uma classe privilegiada que recebem um “empurrãozinho” vindo de seu próprio meio.
As entidades que “formam” profissionais com deficiência proporcionam cursos de capacitação bastante limitados em relação à capacidade de cada um. Algumas entidades acabam ficando com parte dos salários deste trabalhador porque se intitulam ser de caráter filantrópico. O que falta é maior fiscalização sobre os empregadores que apenas fingem contratar. Faltam investimentos na formação desta parcela da sociedade de acordo com sua necessidade e de sua capacidade.
Veja:

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