
Camille Rodrigues: a musa da natação paralímpica brasileira (Foto: Washington Alves/CPB)
- Acho que as fotos que faço servem para quebrar um paradigma de que o deficiente é uma pessoa acabada que só fica em casa. Esse é o principal objetivo da minha atuação como modelo. Tenho isso mais como um hobby, embora tenha recebido muitos convites para trabalhos – afirmou Camille.
Natural de Santo Antônio de Pádua, no interior do Rio, a nadadora foi descoberta pelo mundo da moda há um ano, quando o fotógrafo Márcio Oliveira a viu nadando em seu clube, a Andef, em Niterói (RJ). Clicada em diferentes poses com diversos figurinos, a morena virou celebridade na internet.
- Meu primeiro ensaio fez muito sucesso, tanto que fui chamada para diversas entrevistas. Mas o mais legal foi ser reconhecida na rua por deficientes que vieram para mim e disseram que passaram a se sentir melhor ao verem o meu ensaio – destacou.
Vaidosa, a atleta não dispensa um salto alto nas saídas. Por conta de uma prótese especial, ela consegue usar o adereço raramente utilizado por pessoas com deficiências nos membros inferiores.
- Recebi essa prótese adaptada do meu patrocinador. Gostei muito, porque agora posso me produzir melhor – ressaltou.
Aos 21 anos, Camille mora sozinha em Niterói. Os pais ficaram em Santo Antônio de Pádua, para onde a nadadora costuma ir nas férias e folgas. Na Andef, a bela conheceu o namorado Thiago Alencar, guarda-vidas de piscina, a quem considera “super gente boa” no que diz respeito ao ciúme.
- Ele leva a minha fama numa boa – resumiu.

Nadadora soma no currículo quatro medalhas no Pan-Americano (Foto: Flávio Dilascio).
- No início, não imaginava chegar tão longe. Mas, desde que comecei a competir, há seis anos, os resultados foram aparecendo e hoje eu acredito em mim. Meu intuito é continuar crescendo na natação que a minha hora vai chegar – finalizou.
Fonte: Flávio Dilascio, G1
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