
Por Ricardo Gallo (Folha de S. Paulo)
Além de deficientes, ela deve afetar idosos e grávidas –que, na prática, costumam ser colocados nesses assentos.
GOL foi condenada a pagar R$ 62 mil por danos morais a criança com deficiência
Gol Linhas Aéreas dificulta embarque de criança de colo com paralisia cerebral
Índice de acessibilidade aponta aspectos a serem melhorados nos aeroportos
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A nova resolução da Anac, divulgada ontem, dá prazo até 12 de janeiro para que as empresas se adaptem. Ela substitui texto de 2007 e vale para voos domésticos.
Os passageiros com necessidades especiais terão de avisar a companhia 48 horas antes de o voo sair. A empresa terá que oferecer essa opção na hora da compra.
VENDER LUGAR
O novo texto desobriga as empresas de reservar as três primeiras fileiras do avião para atendimento prioritário.
A regra diz que passageiros com necessidades especiais devem ficar na “dianteira” e na “traseira”, perto das saídas da aeronave. A alegação é que, nos dois casos, as condições de segurança desses usuários são mantidas.
Essa definição vaga sobre “dianteira” e “traseira” (sem detalhar quais filas) se deveu ao fato de haver modelos diversos de avião, diz a Anac.
Esse ponto atende ao interesse das companhias aéreas. Ao ser autorizada a colocar passageiros no fundo do avião, uma empresa aérea pode vender os primeiros assentos, mais espaçosos, por preços maiores. A TAM faz isso se os lugares estão vagos. A Gol também, da segunda à sétima fileira, na ponte aérea.
Os assentos especiais deverão ficar no corredor e ter braços móveis. A lei exigirá que metade dos lugares do avião no corredor tenham braços móveis; atualmente esse índice é menor, 10%.
PROBLEMAS À VISTA
Haverá dificuldade no cumprimento de ao menos um ponto da norma: a Anac obrigou aeroportos com mais de 2 milhões de passageiros a ter um ambulift –elevador para transportar cadeirantes até o avião– até dezembro.
O problema é que só quatro dos 19 aeroportos nessa situação têm o equipamento: Cumbica, Congonhas, Galeão e Viracopos. Os demais terão que comprá-lo ou alugá-lo, sob pena de multa de até R$ 25 mil, ou pedir a extensão do prazo para a agência.
Estatal que administra 14 dos 15 aeroportos sem ambulift, a Infraero diz que discutirá que providências tomar.
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