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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Manifesto pelas Acessibilidades no dia 7 de julho no Rio de Janeiro; Participe!!

De brasileira COM deficiência, para os brasileiros COM e SEM deficiência.
O povo – unido – saiu às ruas objetivando restaurar a dignidade, cidadania, o amor ao Brasil, etc. No entretanto, não ouvimos UMA só voz a levantar a “bandeira” das acessibilidades. Isso porque, por um equívoco, o verbete acessibilidade ficou vinculado à pessoa COM deficiência.
Verdadeiramente CIDADE ACESSÍVEL É PARA TODOS, pelo que urge a conscientização do corpo social para esse vital detalhe, que fará toda a diferença.
Em palestras costumo dizer aos jovens que: – Se você não for atropelado precocemente pela morte, será um idoso; sendo assim, precisará de uma cidade acessível; Então, vamos dar as mãos para exigir dos governantes esses genuínos DIREITOS HUMANOS.
A sociedade, em 2013 – ainda tem pela pessoa com deficiência um olhar assistencialista, o que não se pode mais admitir.
Daí é que sofremos com o fenômeno da INVISIBILIDADE. Quando se fala em acessibilidade logo o semelhante diz: – Não sou deficiente; não tenho deficiente na família; não conheço ninguém deficiente, pelo que esse assunto não me interessa. Ledo engano!
Por ilustração, uma rampa atende ao idoso; mamãe que leva o seu bebê no carrinho; a dona de casa que traz suas compras num carrinho de feira pesado; ao trabalhador que carrega suas encomendas sobre rodas; aos recém operados; a todos os que passam por uma limitação física temporária; aos cadeirantes, bengalantes, muletantes, etc.
Um ônibus, por exemplo, com elevador atende ao idoso que já não tem forças para subir degraus altos; as crianças; as gestantes; aos humanos que passam por limitação física temporária; aos deficientes em geral, etc. Já pensaram que benção se também elevassem o carrinho do bebê, como se vê na Austrália? Imaginem um sistema sonoro informando os pontos de paradas e turísticos em português e inglês, atendendo aos deficientes visuais, pessoas com dificuldades cognitivas, analfabetos e turistas ao mesmo tempo? Maravilha, hein?
Um site acessível não só atende aos deficientes visuais, mas aos que ainda usam a Internet discada e/ou com baixa velocidade; aos que não têm muita intimidade com a navegação; aos empresários que vendem produtos virtualmente, etc.
Os amigos que residem na RJ já perceberam que a Câmara dos Vereadores é totalmente INAcessível? Nem o vão das portas atendem as necessidades dos obesos! Essa Casa é do povo? Mas os Srs. Vereadores foram eleitos por nós! Nenhum entrou pela janela, pelo que temos que ter mais responsabilidade nas urnas. Renovação já!
Dentre as modalidades de acessibilidade julgo que a mais importante/relevante é a ATITUDINAL. Necessitamos, com urgência, mudar os nossos maus hábitos que estão arraigados em nossos cérebros desde o início da civilização. Imaginem um professor ensinando seus alunos sobre o tema opção sexual, se ele já vem com ideias PREconcebidas? Óbvio que a informação chega viciada/errada. O mestre tem que ser o moderador do conhecimento e não um imperador que dita o que devemos ou não ter como correto, concordam? A conclusão do certo ou errado cabe a cada qual, de sorte que o que precisamos para um Brasil igualitário em oportunidades é – tão-só – do conhecimento em sua essência. Basta de andarmos engessados! Viram como a acessibilidade atitudinal vem antes das demais?
Em 2012, foi a “Cidade Maravilhosa” agraciada pela UNESCO, através de seu Comitê do Patrimônio Mundial, com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Mas, como esse desastre ocorreu se nem calçadas acessíveis os cariocas têm para andar? Ainda se fosse premiada pelo patrimônio natural, tudo bem! O pior cego é o que não quer ver.
“Somos todos anjos de uma asa só; precisamos nos abraçar para poder voar”. (autor desconhecido)
Assim convidamos a todos os humanos – COM e SEM deficiência – para que somem ao manifesto pelas ACESSIBILIDADES, que será realizado no 7/julho, às 11:00h., sendo o ponto de encontro a frente do hotel Copacabana Palace (esquina da Rua Rodolfo Dantas c/ Av: Atlântica – Posto 2)
O percurso será do Posto 2 ao 6. O local foi escolhido levando-se em conta a facilidade de transporte, sendo a Av: Atlântica confortável para as pessoas com deficiência, idosos, com limitações físicas temporárias, crianças, etc.
“Vem pra rua você também”! Sugerimos roupas das cores da nossa bandeira, para que não misturemos Partidos Políticos e/ou quaisquer instituições.
O movimento é do CIDADÃO e por maior bem-estar para todos.
Carinhosamente.
DEBORAH PRATES

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